O anti-semitismo latente na doutrina de Karl Marx


Recentemente andei a ler o Capital em banda desenhada; lembrei-me dos tempos de infância em que lia os desenhos animados do Pato Donald e dos seus sobrinhos, e do seu tio avarento, no entanto algo interessado na família que sustentava. O pato era um pato porreiro, desastrado, um falhado, que cuidava de três astutas crianças. Teve muitos empregos, trabalhava com afinco, mas o azar batia-lhe sempre à porta, muito pouco sucesso tinha este afamado pato. Não deixava de ser um pato porreiro, boa pessoa, interessado pela família que sustentava. Não é qualquer pessoa que aperfilha três crianças, mesmo sendo sobrinhas. E quem seriam os pais da criançada? Já o outro tio, o pato avarento, que guardava cuidadosamente todas as moedas num cubo forte, e nadava alegremente sobre o ouro que guardava, era um pato dedicado à família, dinâmico, modesto, avarento, com sentido de oportunidade, e no fundo boa pessoa. No entanto, o dinheiro era o seu principal objetivo de vida, tendo conseguido assim amealhar o que tinha.

E lembro-me de todas estas recordações, paradoxalmente, quando lia o Capital ilustrado de Karl Marx. Um livro para leigos e burros, por certo dirão alguns economistas e entendidos na ciência histórico-financeira, mas direi que para mim é uma forma interessante de ler um dos mais famosos ícones da história económica. Se Karl Marx se inspirou em doutrinas filosóficas para redigir o seu Capital, se Karl Marx, homem inteligente, dotado de forte razão e sentido crítico no sentido filosófico do termo conseguiu estabelecer ideais que levaram ao denominado Marxismo-Leninismo, para mim, mero ser pensante, "O Capital" foi a mais elevada forma latente de anti-semitismo.

Não é o Capital, a moeda, o numerário, a criação caldaica mais amplamente difundida? Então "O Capital" é a sua antítese. E porquê escrever "O Capital" para afrontar o capital? O Homem na sua afronta idealista utiliza sempre os mesmos meios e termos que o inimigo. Não escreveu também Saramago "O evangelho segundo Jesus Cristo"? Pois "Das Kapital" é a forma mais ariana da harmonia, tão amplamente difundida pelo Leste. Então descobri eu, nesta vaga de pensamento, que na realidade a "Guerra Fria" foi uma guerra latente de eixos "Norte-Sul", estando o Sul a Oeste e o Leste a Norte. Terá sido então uma guerra Sudoeste-Nordeste? Há que compreender "O capital" para perceber o quão importante é o capital. Com o capital adquirimos todos os artigos, todas as formas de poder, todas as receitas, tudo se transaciona em torno do capital. Ou talvez não devêssemos ser tão intransigentes. Não será meu caro Karl Marx, ou não deverei dizer 'caro' pois reflete medida de capital; não será o capital apenas uma forma de mensurar as formas naturais do mundo? Não será o capital apenas uma outra forma de representação das coisas? Eu bem sei que é uma forma bastante redutora. Sei-lo bem. Mas talvez seja apenas uma forma de precisão. Quanto é que os outros estão dispostos a dar dos seus recursos por um certo bem ou serviço?

É sabido que os judeus sempre adoraram artigos como diamantes, ouros ou pedras preciosas. Onde há judeus há diamantes, há ouros, há pequenos artefactos valiosos. Terá sido isto a forma primária do Capital? Será o Capital a medida simbólica e económica das coisas, ou será antes a sua pérfida e redutora representação, reduzindo todas as vertentes da vida à mera mensuração financeira? O que é certo é que por vezes a harmonia é contrária aos preceitos do capital. E porque é que a capital de um país se escreve com a mesma palavra do capital? Marx era Alemão, Germano, talvez um dos verdadeiros inteligentes descendentes dos povos do Cáucaso, e defensor da Harmonia interior; terá compreendido que na realidade "O Capital" fosse a maior afronta à paz interior, mas foi também uma latente afronta à maior criação semita: "O Capital".

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