O Reino divino do amor sedento



Preciso de ti, como o mamífero da mama
como o carnívoro precisa da carne,
És o astro fogoso que arde
No leito comum, na divina cama

És o fogo nu que arde com chama
Sou o réptil, o insecto, a ave
Que te toca, que suga o teu néctar suave
És a flora, sou a fauna, que o Criador ama

Careço-te, como o peixe das águas
Como o salmão, do topo das rias
Necessito-te, para abolir as mágoas

Dos tempos vividos, por terras frias
És a terna ternura, as ardentes fráguas
Em Vénus e Afrodite é que tu te revias.



Soneto tecido à mão num café urbano pelo parque das nações cujo nome traduzido para a língua camoniana significa "Eu e tu"

Dedicado à doce Nádia

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