O espírito astronómico do Natal


Ontem fui ao centro comercial Vasco da Gama! Estava apinhado de gente que gastava o subsídio de Natal que não recebeu, em frivolidades importadas do Japão, dos EUA, da China e da Alemanha. Ainda dizem que há crise!

A efeméride natalícia, que foi expropriada no princípio do primeiro milénio pela Igreja, aos povos pagãos que celebravam em 21 de dezembro o solstício de inverno, expropriação essa que foi usada pela Igreja para celebrar o nascimento de Cristo (há quem diga que o Messias até nasceu no verão), veio depois mais tarde a ser novamente expropriada, desta vez pelos judeus comerciantes, para fazer do Natal, uma época de consumo desenfreado de bens importados, ainda por cima numa economia sem produção industrial. Mas ladrão que rouba ladrão....


E que tal, simplesmente passar o Natal junto dos que mais ama, perdoar a quem vos tem ofendido e pedir perdão a quem ofendeu. E se tiver algum crédito para gastar, oferecer a quem mais precisa, e quem mais precisa não são os fabricantes de telemóveis, os fabricantes de plasmas, nem muito menos o Eng. Belmiro de Azevedo!

Pois o dia 21 de dezembro é o dia mais curto do ano, ou seja, com menos tempo de luz, e tal remete-nos para a interioridade, para o conforto da família, para a introspeção, para procurar o mais próximo, ao contrário do verão em que se procura o festim do ar livre e da natureza!

Repare ainda neste dado interessante: segundo o INE, o dia em que nascem mais bebés em Portugal, é o dia 21 de setembro, e este padrão tem-se repetido praticamente constante desde que há dados estatísticos em Portugal sobre natalidade. Ou seja, considerando nove meses de gestação, a maioria dos casais lusos fecunda, exatamente a 21 de dezembro, no solstício de inverno. Como grafava Margarida Rebelo Pinto: "Não há coincidências!"

Goze esta efeméride astronómica com quem mais ama.

Saudações natalícias!

Conversa com uma famacêutica!


Em pleno surto de gripe no inverno,
não há antigripais genéricos!!!
Chego à farmácia, com princípios de gripe, e digo à menina:
- Quero um antigripal genérico!
A menina responde:
- Lamento, mas não existem antigripais genéricos.
Eu returco:
- Como não há? Estamos no inverno, e deve haver dezenas de milhares de casos de gripe! Que fórmula química é essa milagrosa que têm os antigripais, para que não haja genéricos, se antigripais há no mercado há dezenas de anos!
- Pois mas eles têm patente para o produto.
- Sim, mas uma patente vigora apenas durante vinte anos.
- Mas eles estão sempre a fazer melhoramentos na fórmula química, e depois pedem mais patentes.
- Ok, então dê-me um antigripal com uma fórmula antiga, cuja patente já tenha caducado.
- Não temos, nem há à venda no mercado!
- O quê?! Estamos no inverno com surtos de gripe, e as farmácias não têm antigripais genéricos? Então dê-me o mais barato!
- O mais barato é este, custa 4,90€ e é o antigrippinne
Olho para a carteira e tenho apenas uma nota de 5€, que estava dedicada ao almoço, paciência!
- Levo. E então qual é a fórmula química milagrosa que este tem?
Olho para a composição química.
- Mas isto é paracetamol, uma molécula que já se conhece há mais de 50 anos!!!
- Sim, mas tem ainda cafeína!
- Claro, aquilo cuja dose custa 50 cêntimos ali na tasca, e que já é conhecido desde a antiguidade!
- Sim, mais ainda tem maleato de mepiramina.
Diz a menina com os olhos sorridentes.
- Humm...compreendo, então deve ser uma molécula muito complexa e inovadora, desenvolvida especialmente para este medicamento, é isso?
- Não é bem assim!
- Como não?
- Há já vários genéricos que têm essa molécula como princípio ativo!
- Significa então que essa molécula já é de domínio público, e que já foi desenvolvida há muitos anos?
- Correto!
- E qual é então a razão de haver patente para o antigrippine, e de me ver obrigado a dar todo o dinheiro que tenho no bolso, tendo apenas de troco 10 cêntimos?
- Está na proporção e em alguns detalhes.
- Deixe-me ver a bula.
Abro a caixa do medicamento, depois de ter ficado sem a nota que trazia no bolso, tiro a bula e leio:
- Antigrippine 250 mg + 30 mg + 20 mg Comprimido. Paracetamol + Cafeína+ Maleato de mepiramina. Ou seja feitas as contas temos 300mg, dos quais 83% são uma substância já conhecida desde há mais de 50 anos, 10% é uma substância conhecida desde a antiguidade e 6% é um princípio ativo usado em vários genéricos, ou seja, que já faz parte do domínio público! É isso?
- É isso mesmo, mas o segredo está na proporção....
- Ah... ok, já percebi, o Estado, através dos impostos, ou seja TODOS NÓS, pagamos por ano três mil milhões de euros em comparticipação para medicamentos no SNS, para pagarmos a "proporção". E não há nenhum benemérito que em prol do interesse público, se dedique a investigar "proporções" e a concedê-las ao domínio público? E não há nenhuma empresa de genéricos que se dedique a investigar "proporções"?
- Pois sabe, elas não fazem propriamente caridade e olhe que a troika tem baixado muito a despesa do Estado com medicamentos.
- Abençoados Jürgen Kröger, Rasmus Rüffer e Poul Thomsen, são os meus três reis magos!
Saí da farmácia, tomei os famigerados comprimidos, e passado algum tempo melhorei dos sintomas da gripe. E lá se foram cinco eróis, para sustentar farmacêuticas.

Qualquer dia estão-nos a obrigar a pagar a "proporção" da frize limão!

Rua pedonal, mais capital!




Quando é que os comerciantes locais e os lojistas em Portugal percebem que:

rua/largo/praça sem carros => mais faturação €€€€€

Por que é que os comerciantes e os lojistas em Portugal reiteram sistematicamente no mesmo erro teórico e factual, de que é necessário ter estacionamentos e trânsito automóvel à porta para que tenham negócio?

Temos três casos paradigmáticos em Lisboa:
  • a Rua Augusta, que é estritamente pedonal, tem um tecido comercial forte que fatura muitos euros, tem as lojas, cafés e restaurantes quase sempre todos ocupados com turistas e com locais, já nas ruas da Prata e do Ouro onde existe trânsito automóvel, o comércio definha.

  • A R. Duque de Ávila, é outro caso de sucesso. No seguimento das obras do Metropolitano de Lisboa, procedeu-se ao alargamento do passeio e a construção de uma ciclovia (que não rouba espaço ao peão), então o comércio local revitalizou-se e no verão é um sucesso com esplanadas cheias, com pessoas que consomem e que dão faturação aos lojistas locais. Há várias lojas, que mesmo em tempo de crise, foram inauguradas nessa zona!

  • O Terreiro do Paço era um enorme parque de estacionamento, barulhento e poluído. Com a pedonalização da praça, abriram diversos cafés, restaurantes e esplanadas, que têm sido um sucesso, mesmo no inverno. No verão nem se arranja lugar para sentar, dada a afluência de turistas que trazem dinheiro para consumir em Portugal.

Será que os nossos comerciantes e lojistas locais são autistas, ou são só cegos devotos do Sr. Carlos Barbosa e do seu ideário?

Caso judicial ACP, a novela continua



Ofício de ACUSAÇÃO PARTICULAR
Nota preambular: Este já é o quarto episódio de uma novela mexicana, em que eu sou o bom, Carlos Barbosa o mau, e o seu advogado o vilão (ou viloa neste caso). Assim recomendo-lhe que veja os episódio número 1, número 2 e número 3.

Bem, lá recebi um ofício na minha morada fiscal, referindo que já foi deduzida ACUSAÇÃO PARTICULAR contra mim. Porquê as maiúsculas? Bem foi exatamente nestes termos gráficos, que a técnica de justiça me notificou como podem ver no ofício que está em anexo.

Bem, para mal dos meus pecados, os cristãos-novos do ACP estão a trabalhar bem! Neste processo há coisas muito estranhas o que pode indiciar influências malignas do ACP dentro do meio policial. Sabendo que um dos problemas iniciais em qualquer processo é a notificação das partes, foi um agente da PSP ao meu trabalho em hora de expediente para me notificar. MUITO ESTRANHO, usando da terminologia gráfica da técnica Maria do Céu Ramos que assina o ofício. Sabiam a minha morada residencial, mas não enviaram para essa morada pois eu poderia eventualmente alegar que não recebi a carta, atrasando o processo. Aliás, o agente da PSP, quando chegou à secretaria da entrada do edifício, pediu à rececionista para falar com os meus superiores hierárquicos. MUITO ESTRANHO, usando da terminologia gráfica da técnica Maria do Céu Ramos. O que é que o meu chefe tem a ver com a minha vida particular? NADA. Todos os meus superiores hierárquicos ficaram a saber, que estava indiciado numa acusação penal, tudo porque o agente da PSP, que foi ao meu trabalho, fez questão de informar toda a gente. Sentido de discrição certamente não é com ele (ou então já a trazia na manga, a carta claro está!). Deve ser daqueles agentes policiais que quando vai notificar um dirigente desportivo nortenho num bar de alterne, não sai de lá sem usufruir de uma felação de uma brasileira do nordeste!

Posto isto, o Estado lá me indicou um cristão-novo oficioso, não que eu o pedisse, mas o Código do Processo Penal no n.º 3 do art.º 64.º diz que "é obrigatória a nomeação de defensor quando contra ele for deduzida a acusação, devendo a identificação do defensor constar do despacho de encerramento do inquérito". Como Portugal tem o maior índice em número de advogados por habitante, e eles estão impregnados quais sanguessugas no meio político, financeiro e legal, há que manter o STATUS QUO, e os interesses garantidos de uma elite que é em grande parte causadora do estado da nação e da justiça deplorável que temos em Portugal!

Dito isto, enviei ao meu advogado oficioso para sua análise, este texto legal, que me parece adequado, dadas as circunstâncias.

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I. ENQUADRAMENTO

1.º

Em Portugal, os carros e os combustíveis representam cerca de um quarto das importações. Em 2010 esse valor foi cerca de 16 mil milhões de euros, agravando seriamente a balança de pagamentos de um país a ser regido por credores, um país que perdeu soberania e que se transformou num protetorado, em parte devido ao défice acumulado da sua balança comercial. Há cerca de 5 milhões e 900 mil automóveis em Portugal. Considerando um preço médio de €14000, obtém-se um valor patrimonial nacional de 82 mil milhões de euros, superior ao empréstimo total que Portugal obteve da troika. Considerando que um automóvel tem uma desvalorização média anual de cerca de 12%, o país perde de ativos todos os anos cerca de 10 mil milhões de euros, apenas na desvalorização do seu parque automóvel.

Na terra das bicicletas, o preço dos combustíveis é a doer!


Na Holanda, onde se apostou fortemente na mobilidade ciclável, o preço dos combustíveis são bem mais elevados que em Portugal. E ainda se queixa o tuga que paga muito pela 'gota'!

Gasolina com um preço superior a 1,7€ por litro

O Auto da Barca do Inferno séc.XXI




Parte I - Inspiração

Meu nobre Gil Vicente
és o meu génio inspirador
pois quem diz a Verdade e não mente
merece honras e louvor

Escrevo-te neste Inverno
este verso teatral
Escreveste: "o Auto da Barca do Inferno"
Escrevemos Portugal

Muito pouco mudou desde então
prezado Gil Vicente
pois há muito fidalgo e ladrão
que continua entre a gente!

Fidalgos são os jet 7 de merda
que vivem à custa do desgraçado
e há muito fidalgo de esquerda,
há muito fidalgo advogado!

Para onzeneiros, temos o Dr. Ulrich
assim como o Dr. Jardim Gonçalves
Pois na TV, pedir crédito é fixe
Agiota, que do Diabo não te salves

Os frades meu caro Gil, já não dão esperanças
no teu tempo andavam com raparigas
pois agora andam com crianças
que ficam com infâncias perdidas

A alcoviteira continua aqui
a cada Correio da Manhã
aquelas páginas que eu lá no meio vi
são Evas que morderam a maçã

Os judeus usurários estão no capital
vestem fato e gravata p'la manhã
estão na troika e em Portugal
vêm lá todos do Grande Satã

Carta pública a Herman José


Prezado e Exmo. humorista Herman José, o terceiro melhor de Portugal (segundo o próprio)

Sempre o tive com muito apreço, consideração, e como um excelente humorista, não um daqueles Serafins Saudades que propalava frivolidades pseudo-engraçadas pelos meios do audiovisual. Afinal, um homem que tem a língua alemã como língua materna, só pode mesmo tecer raciocínios abstratos e analíticos, que carregados com um teor mais primário dos homens do sul, lhe conferiu a mescla genético-cultural perfeita para se ter tornado um humorista sublime e de excelência.

Já agora, onde foi buscar essa do terceiro melhor? Para mim é o melhor, está a ser modesto presumo! De certeza que leu o Fausto de Goethe no original, o homem que vendeu a alma ao Diabo, e ouviu as mais nobres óperas de Mozart, desde a Flauta Mágica às Bodas de Fígaro!

A língua alemã é das mais racionais das línguas indo-europeias, a língua da técnica, da análise, da razão, pouco carregada de sentimentalismo desviantes, a língua de Kant, de Beethoven, de Schopenhauer, de Freud, de Nietzsche e de Einstein. A essa racionalidade abstrata e a uma educação regrada num colégio alemão, fez do Herman um homem extremamente regrado e erudito, poliglota e letrado. Ao Herman aliou-se o José, o tuga, aquele homem banal e primário deste país do sul carregado de sentimentalismos e primarismos, desde a cruel matança do porco, as touradas, a política podre e politiqueira, até discursos de ex-dirigentes de um jornal que aufere 5 milhões de euros por ano com prostituição, mascarados de santinhos em prol da coisa pública, com contas milionárias, que vão ao Herman 2012 fazer propaganda para as novas autárquicas para Lisboa.

Por que não funcionam os motores magnéticos e os moto-contínuos?


Andam por aí uns emails em spam de uns vídeos da tanga que referem motores magnéticos que teoricamente porão fim às energias fósseis, uma espécie de Santo Graal da energia e do futuro da mobilidade! Fiquem sabendo que quase de certeza foram as grandes empresas petrolíferas a disseminar esse vídeo, para descredibilizar nas pessoas, qualquer tentativa válida, de colocar fim às hegemonias destrutivas para o planeta, das grandes empresas do petróleo! O seu objetivo é prostrar a população e as pessoas após a verdade científica, fazendo-os crer que todas as alternativas que existem para o paradigma atual no planeta baseado nos combustíveis fósseis, não passam de burlas orquestradas por charlatães de Internet! Ou seja, as grandes empresas petrolíferas querem passar a mensagem de que não há alternativa válida ao paradigma do petróleo! Ou é o motor a combustão, ou são charlatães, não há terceira via!

Este motor é uma FRAUDE



Oiçam bem, os motores magnéticos milagreiros são uma tanga, um embuste! E qual é a alternativa aos combustíveis fósseis? Simples meus caros: mudar o paradigma do ordenamento urbano, apostar fortemente nos transportes públicos, apostar em cidades cicláveis, apostar na ferrovia ou no carro totalmente elétrico, pois são tudo formas muito mais eficientes e limpas para transporte de pessoas e bens. No caso do transporte de passageiros, interessa ter um consumo energético por passageiro-km o mais baixo possível, no caso da logística interessa ter um consumo energético por kg-km o mais baixo possível. É impossível ter-se energia "vinda do nada", não há energia "grátis", mas podemos ser mais eficientes, ou seja, gastar menos energia e energia limpa, para transportar uma pessoa ao longo de um km! E o comboio/trem é 20 vezes mais eficiente que o automóvel, para transporte de passageiros, sendo ainda que a energia consumida pelo comboio/trem é muito mais limpa que a do carro! Não há energia de borla, mas podemos tornarmo-nos mais eficientes e mais amigos do ambiente!

E por que não funcionam os motores magnéticos e moto-contínuos?

A força magnética é uma força conservativa. Isto significa que se pegar num íman e deslocá-lo entre dois pontos num campo magnético, a soma total de energia produzida ou despendida no processo é uma constante que não depende do caminho ou da velocidade que adotar para deslocar o íman entre aqueles dois pontos. Acrescente-se que se os pontos de partida e de chegada forem os mesmos, a variação da energia total envolvida no deslocamento através de qualquer caminho adotado, é exatamente igual a zero.

Suporte para bicicletas | Sr. Aleixo 914815611


Como já havia referido aqui anteriormente, existe um artífice nacional muito habilidoso que faz uns suportes para bicicletas deveras interessantes. Anteriormente havia-me fabricado um suporte de parede, e com fabricação à medida, transporte e montagem, o Sr. Aleixo fez-me tudo em 40€. Confesso que não sei se foi preço de amigo. Não ganho comissão em publicitar os seus serviços, devo dizer desde já, mas quando vejo sítios estrangeiros a vender peças semelhantes pelo triplo do preço, mais transporte e ainda precisam de montar vocês, apercebo-me que há aqui um mercado interessante por explorar, nas pequenas oficinas de serralharia de ferro e alumínio do nosso país.

Desta vez pedi ao Sr. Aleixo (artesão que conheço dos tempos das obras) para que me produzisse dois suportes para bicicletas com cerca de 80cm de altura e com 75cm de largura. Pedi bases quadradas bem largas com 1cm de espessura, para suportar bem os impactos laterais. Em vez de o Sr. Aleixo fazer o que é típico, ou seja, um único ferro dobrado num ângulo largo de 180º, o Sr. Aleixo, sempre zeloso no seu dever, comprou duas curvas de 90º e soldou, bem soldado aos ferros, ficando um trabalho, após devido polimento e pintura, impecável.

O Sr. Aleixo tem a sua oficina na zona de Lisboa. O contacto é 914815611
O preço que paguei foi 40€ a unidade com tudo incluído: peça à medida, com transporte e montagem! Não garanto que o preço que lhe faça seja o mesmo, é uma questão de lhe telefonar!

A greve dos maquinistas da CP


Pichação em estação ferroviária de Lisboa
  
Não há por aí nenhum nacionalista pagador de impostos com vontade de HUMILHAR e OFENDER verbalmente maquinistas da CP??? Num país com graves problemas de desemprego, em clima de austeridade, cujo povo leva o saque em impostos, não pode pagar ordenados faraónicos a NÉSCIOS CHUPISTAS que chegam a mamar do erário público 50 mil euros por mês, e depois ficar calado!!!

Digo-o como assíduo utilizador da CP que já ficou apeado na plataforma este ano pelo menos mais de 20 vezes, devido às greves às horas extraordinárias dos maquinistas, esses mesmos que noticia o semanário Sol, chegam a ganhar 50 mil euros por ano, o que equivale aproximadamente a sete vezes o salário mínimo nacional.

Aliás o próprio administrador da CP refere que só em salários a CP gasta 115 milhões Euros por ano, e todos os anos tem prejuízos brutais que são pagos com impostos. Uma empresa que suprime comboios constantemente não presta serviço público. E privatizar ou conceder a privados não significa menos qualidade de serviço! Se os trabalhadores da CP não queriam que a coisa chegasse a este ponto, tivessem mais respeito pelos utentes porque os membros do governo e a administração andam de carro, não andam de comboio.

A Fertagus presta serviço público e é gerida por privados e não faz greve nem deixa passageiros apeados.

Estórias de bicicleta - O Taxista, o lobo velho e incivilizado da estrada


Agarrava nos punhos do volante da minha bicla e questionava-me sobre o facto de, com tantas e evidentes vantagens que conseguia atingir com este meio de transporte – financeiras, de saúde, e altruísticas como menos poluição, menos barulho e menos espaço na cidade, menos importações de combustíveis e veículos – e mesmo assim, os outros utentes da via, tratavam-me como um empecilho. Não passam de profanos, no sentido etimológico do termo, pois desconhecem as grandes vantagens de se ver a Luz. E eu, e também os outros poucos que são os ciclistas urbanos, havíamos visto a Luz. E para se ver a Luz é preciso Saber: não admira portanto que paradoxalmente são os academicamente mais letrados e os mais abastados que adotam a bicicleta, mesmo que o comum dos mortais, plebeu e profano, trabalhe cinco meses do ano para pagar as despesas do seu carro.

Todavia, pedalar em Lisboa, é (ainda) um pouco aventureiro, dada a animalidade intrínseca que os profanos das bolhas enlatadas manifestam ao volante. As autoridades policiais encaram a bicicleta no mínimo com desconfiança, uma espécie de elemento invasivo e parasita da via pública, e eles, guardas e polícias de trânsito, quais glóbulos brancos que defendem a ordem viária contra os ataques exógenos, encaram ainda a bicicleta como uma afronta contra o sistema imunitário viário. Mas são os taxistas, os elementos da via pública que manifestam um comportamento mais agressivo e perigoso perante os ciclistas, tal prende-se com o facto de os ciclistas - infringindo o Código da Estrada para sua segurança - circularem com regularidade nas vias BUS; os taxistas, essas feras velhas e decrépitas da rodovia, esses mamutes poluidores e iletrados que fazem da via BUS uma via de aceleração, colocam constantemente em risco a segurança dos ciclistas, com as tangentes e razias que nos fazem no dia-a-dia. 

É sobre estes paradigmas que versarão as minhas estórias. Tratam-se de estórias reais, factuais, que presenciei e que vivi na primeira pessoa, não são novelas ficcionais.

A "vaca sagrada" em clima de austeridade!


A "Vaca Sagrada" da tugolândia não sofre com a austeridade



Aumentaram-se os transportes públicos entre 24 e 104 por cento, aumentou brutalmente o IRS para 2013 em 35%, aumentou brutalmente o IMI em 90%, aumentou-se brutalmente o IVA  para a restauração em 76% (de 13% para 23% dá um aumento de 76%), aumentou brutalmente o IVA para outros setores da economia e irá aumentar bastante o imposto sobre o tabaco. Aumentou o IVA na luz e no gás em 280% (de 6% para 23%), aumentaram as rendas para os inquilinos, aumentou a taxa liberatória, aumentou o imposto de selo, aumentou o cálculo para efeito de imposto de trabalhadores independentes em sede de IRS em 5%, aumentaram as taxas moderadoras no SNS em 300% (de 5 Euros para 20 Euros), aumentaram taxas camarárias e aumentou a contribuição audiovisual em 30%.

A "vaca sagrada" dos portugueses, o carro, terá um aumento de 1% no ISP, o IUC aumentou 1,3% e no ISV praticamente nem se toca!

A vaca é suposto ficar isenta da austeridade?

Fala POESIA


Após uma mensagem-e que recebi na caixa de correio, sobre uma tertúlia de poesia no Parque das Nações, decidi querer participar e lá fui eu com a Nádia e o meu Latim, declamar Poesia lasciva e de intervenção para o restaurante Adamastor, junto à Marina do Parque das Nações, numa iniciativa apoiada pela Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações (AMCPN). Como o tema era Fernando Pessoa, ou como referia o cartaz do evento "na senda da Pessoa de Fernando", declamei esse magno Poeta lusitano juntamente com alguns dos meus poemas.

Assim, de cor, lembro-me de ter declamado:
  • Intervalo - Fernando Pessoa
  • Poema ao 25 de Abril - um poema meu de intervenção
  • A anatomia da Europa - um poema meu inspirado no início da Mensagem de Fernando Pessoa, como homenagem a um continente que atravessa uma crise económica, cuja origem se deve a ataques exógenos

Vede a informação e as fotos do evento no sítio da AMCPN

Jesus Cristo andaria de bicicleta


Automóvel: 7 ltr/100km ≈ 500 Cal/km [1]
Carregar um objeto pesado a 1 km/h
500 Cal/km [2]

Não vos falo sem conhecimento de causa, pois digo-vos que se o Messias viesse à Terra, entre muitas outras coisas (como acabar imediatamente com a agiotagem e usura disseminada pelos banqueiros e gestores neo-cristãos) se precisasse de se deslocar, andaria tão-somente de bicicleta, transportes públicos ou a pé. Não ligo às blasfémias que alguns padres e neo-cristãos propalam nessa comunicação social, pois para mim, os clérigos e os monges (a começar pelos Franciscanos que fazem voto de pobreza) deveriam estar estritamente proibidos de ter carro. 

No tempo de Cristo, o Filho, o Messias, já haviam meios de transporte deveras sofisticados. Os romanos usavam por exemplo as bigas, as trigas, ou as quadrigas, sendo que usavam também para transporte de mercadorias as carroças, puxadas por cavalos ou por escravos. Os mais nobres, mas sem dinheiro para comprar um carro (do Latim carrus, veículo de rodas para transporte de pessoas ou mercadorias) tinham cavalos individuais onde montavam para se deslocar. Alguns agricultores mais abastados usavam gado bovino para lavrar a terra, mas também como meio de transporte, e os pobres andavam de jumento e a pé. 

Lisboa Participa | O delírio dos lugares de estacionamento...


Av. Visconde Valbom, Lisboa, uma pequena artéria em Lisboa
com 4 vias para estacionamento, 2 para trânsito e passeios esguios,
Imagens Google
Apesar de ser um fervoroso defensor da Democracia, considero tal como Platão, que por vezes é preciso alguma maturidade intelectual para se poder exercer o direito de voto. Com isto não quero de todo tornar o ato do voto elitista ou cingi-lo a uma determinada classe, até porque grande percentagem da população já nem vota por opção própria, mas considero que um dos grandes males da democracia populista, que é a que temos, é que medidas fáceis e imediatas que dão votos, são sempre evocadas pela grande maioria da classe política.

É aqui que entra o delírio do estacionamento nas nossas cidades no campo da administração local. A EMEL (Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa) que já gastou milhões de euros em estacionamento, planeia gastar mais uns tantos milhões nos próximos anos com estacionamento na cidade. Para o Campo das Cebolas, um amontoado de latas neste momento, a autarquia pretende construir um silo para automóveis. A empresa municipal apresentou ainda um plano para expansão de área à superfície, e anuncia parques para, além do Campo das Cebolas, Rego, Mercado de Arroios, Alto dos Moinhos e ainda mantém o silo no Corpo Santo. O mesmo já foi pensado para o Príncipe Real e já foi ainda instalado um na Calçada do Combro a mando do pior autarca nacional de todos os tempos, Santana Lopes, sempre entregue às demagogias das necessidades de algo tão "fundamental e sacral" como o automóvel. Irá avante o silo para estacionamento para o Largo do Corpo Santo, no Cais do Sodré, contra a vontade da maioria dos moradores. E isto tudo surge da notícia que refere que a EMEL vai investir até 2013 mais de 33 milhões de euros em estacionamento. Nunca se consegue alimentar este "monstro" mesmo que presentemente a EMEL já conte com 21 parques de estacionamento em Lisboa, mais os vários milhares de lugares na via pública. Aliás, uma pesquisa crua, por um portal turístico, dá conta de 177 parques de estacionamento em Lisboa, fora os lugares na via pública. Se considerarmos que Portugal está no terceiro lugar da UE com mais carros por habitante, com cerca de 570 automóveis por 1000 habitantes, vê-se claramente que nem que se invista metade do Orçamento Geral do Estado em estacionamento, conseguiremos "alimentar o monstro"!

Vamos pôr os deputados e membros do governo a andar de bicicleta!


As questões da mobilidade dos membros do governo e dos representantes do estado, têm surgido a público recentemente, devido ao facto de que ao que parece, Francisco Assis, membro do Partido Socialista terá dito que "qualquer dia querem que o líder parlamentar do PS ande de Clio". Tal gerou uma onda de indignação e a própria Renault criou uma petição para pôr Francisco Assis a andar de Clio, tendo já milhares de assinantes.



Primeiro-ministro holandês,
Mark Rutte, chega à sua
residência oficial de bicicleta
Ora, permitam-me a ousadia mas eu iria mesmo mais longe: vamos pôr Francisco Assis a andar de bicicleta e poupar muito dinheiro aos contribuintes portugueses. Numa altura em que a austeridade está cada vez mais severa e está em constante crescendo, com metas orçamentais difíceis por cumprir, com o desemprego a atingir níveis recorde, com os sucessivos cortes nas prestações sociais e a respetiva precarização laboral, não se compreende de todo, ainda esta deificação do automóvel que é tão "bimba" e comum em Portugal, em que o estatuto do carro é algo que confere supostamente credibilidade e sentido de estado ao governante.

Num país como Portugal, que não tem recursos energéticos endógenos, que não tem indústria automóvel própria, cujas maiores importações são carros e combustíveis, ver os membros do governo de bicicleta (eventualmente elétrica para os auxiliar na pedalada) seria a solução mais racional e menos populista, ao contrário do que diz Assis. Ninguém quer que os membros do governo ou os representantes do estado, tenham meios de transporte que não lhes confiram a dignidade que o cargo exige. Mas não me parece, nem a ninguém racionalmente são, que a bicicleta, não confira dignidade institucional. Tal paradigma cultural deve-se ao facto de historicamente a bicicleta ter sido o meio de transporte das classes mais desfavorecidas, mas com as consecutivas crises energéticas e petrolíferas no mundo, e com a promoção da mobilidade sustentável, a bicicleta há muito que ultrapassou esse estatuto pejorativo.

Não tenho dúvidas que se os membros do governo português, assim como os deputados e os representantes da nação, adotassem a bicicleta como meio de transporte, teriam muito mais legitimidade junto da população para impor medidas de austeridade difíceis, não porque se transportavam num veículo dos pobres, mas simplesmente porque não se moviam de forma opípara e opulenta.

NOTA: Sr. Ministro Vítor Gaspar, ao que parece V. Exa. está predisposto a alguma flexibilidade no Orçamento de Estado para 2013, com uma carga fiscal brutal, mas só mostra abertura para cortes na despesa que rondem os 500 milhões de Euros. Pois eu avanço já com um: o Parque de Veículos do Estado (PVE). Numa análise a um relatório recente da Agência Nacional de Compras Públicas, que gere o Parque Automóvel do Estado, vi contratações de muitos veículos de luxo, que rondam cada um os 100 mil euros (ver por exemplo no relatório o Lote 41, grupo 4). Considerando que uma percentagem dos veículos do PVE são essenciais como ambulâncias, transporte de mercadorias, veículos de autoridades ou manutenção de espaço público por exemplo, considerando apenas no dito relatório o grupo 4 – aquisição de veículos ligeiros de passageiros - e que consideremos que represente apenas 50% de toda a frota do estado, consideremos um valor médio de venda aceitável de 40.000€ por veículo (vede o dito relatório, e verá que a média é aceitável), considerando que o PVE é composto por aproximadamente 27 mil veículos, considerando ainda o que se pouparia em combustíveis e manutenção, se VENDER estes carros, terá um encaixe de 540 Milhões de Euros, mais a consequente poupança em combustíveis e manutenção. Aqui está Dr. Gaspar os 500 Milhões de Euros, de corte na despesa que tanto procurava! (27000(carros)*50%*40000€=540000000€)

PROPOSTA - A eliminação dos escalões do IRS


Um dos grandes problemas do atual sistema de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares, é a tabela com os presentes escalões. O facto de ser um sistema com uma fórmula discreta, ou seja, com escalões assentes numa tabela, pode fazer com que um contribuinte ganhe menos, se porventura passar a ganhar mais. Parece complicado? Não é!

O atual sistema de tributação do IRS está assente em tabelas. Por exemplo, em 2012, se o rendimento coletável de um certo contribuinte for 4898€ a taxa de IRS é de 11,5% o que dá um imposto de 563,27€. Se todavia o rendimento coletável subir 1€ para os 4899€ subirá de escalão passando para a taxa de 14% o que dá um imposto de 685,86€. Ou seja, no limiar, o rendimento coletável subiu 1€, mas o imposto aumentou 122,59€, o que significa que muito provavelmente este contribuinte com o aumentou de rendimentos (através do aumento de trabalho por exemplo) passou a trazer menos dinheiro para casa.

Carta pública à CARRIS


Exmo. Srs. da Carris

Vivemos num país de proxenetas instituídos, que sob a égide de serviço público, mamam do erário público sem qualquer pundonor, o que lhes aprouver.

Lembro-me a título de exemplo de várias fundações de índole duvidosa, da RTP1 - que nada acrescenta à concorrência e só passa lixo televisivo e futebol, funcionando com os meus impostos, autoridades da concorrência e reguladoras extremamente passivas que sugam milhões por ano, deputados que vivem à custa do pagode com luxos opíparos, e por aqui continuaria sem fim. Não é todavia o caso da Carris.

Num país, onde o ato de falar mal e criticar é reinante, cumpre-me congratular a Carris pelo ótimo serviço que presta (e não, apesar do tom poético com que escrevo não estou a satirizar nem a ironizar). Sou vosso cliente e quero congratulá-los pelo excelente serviço que a Carris me presta. Não tenho carro e desloco-me amiúde de transportes públicos e de bicicleta, e naturalmente a Carris enquadra-se neste paradigma; ora então:

Os semideuses do tio Sam


Memorial ao deus Jefferson
Ao que parece no país do tio Sam, onde prevalecem maioritariamente ateus e maçons, também existem uma espécie de semideuses de que ninguém pode parodiar. Ao que parece uns cidadãos americanos anónimos decidiram dançar (é isso mesmo que ouviram: dançar) em frente ao memorial do presidente Jefferson e por muito ridículo que pareça foram todos presos com uma violência deveras exagerada. A isto chama-se "Liberdade de Expressão": aquilo de que as elites idiotas de americanos se orgulham de propalar com as suas frívolas ideologias. É verdade meus caros: isto não passou na medíocre televisão portuguesa alinhada com as políticas liberais do tio Samuel.

Mas já passou na TV portuguesa com pompa e circunstância, o facto de três cantoras de rock russas (cujo nome da banda traduzido será algo como "O Motim das Conas"), terem sido presas por cantarem dentro da Catedral do Cristo Redentor de Moscovo, um dos locais mais sagrados para os Cristãos Ortodoxos Russos. O título do jornal Expresso por exemplo - claramente alinhado com o que se sabe, conhecendo-se os contactos obscuros de que Balsemão possui - assim ditava: "Russia a um passo do Estado Clerical". Isto é uma dualidade de critérios gritante, que coloca qualquer filósofo justo a bradar aos deuses do Olimpo. Putin, é severamente criticado pelos comentadores das televisões ocidentais, porque ao que parece, sem quaisquer provas de todo consumadas, terá atentado à "Liberdade de Expressão" de três cantoras de rock, que cantaram dentro de uma igreja sagrada cristã e um símbolo maior para os russos; um ato considerado blasfemo, em qualquer cultura, país ou religião! Que título teria tido o jornal Expresso se os Moonspell, por exemplo, tivessem dado um dos seus espetáculo mais agressivos e sonoros no Mosteiro dos Jerónimos? Não atuariam também as forças da Lei?

Mas uns tipos quaisquer, por dançarem (é isso mesmo que ouviram, por apenas dançarem) em frente a um memorial (um espaço aberto) foram presos, pois o lugar dedicado ao deus Jefferson, terceiro presidente dos EUA é "sagrado".

Veja aqui o vídeo CHOCANTE.

Laterais da Av. da Liberdade utilizáveis apenas por peões e velocípedes


Passeio Público
Av. da Liberdade e Restauradores no séc. XIX
Mesmo muito antes de os recentes projetos da av. da Liberdade terem sido colocados a discussão pública, um grupo de cidadãos, nos quais eu me incluo, enviou uma proposta em sede de Orçamento Participativo para 2012, muito mais ousada, do que aquela que foi implementada recentemente. Este grupo de cidadãos propunha simplesmente proibir o tráfego nas laterais a automóveis, excetuando acessos a garagens, e proibir também totalmente o estacionamento à superfície.

A proposta foi rejeitada pela Câmara Municipal da Lisboa (CML), e nem sequer pôde ir a votação pública, pois segundo a Câmara, o projeto para a avenida da Liberdade havia sido colocado a discussão pública. O que sucede, é que este grupo de cidadãos que fez esta proposta, não foi tido nem achado, nem ouvido em quaisquer tipo de considerações de projeto para as obras da Avenida.

Tendo sido recentemente inaugurado o projeto para a Avenida, foram os velocípedes colocados na faixa central, na via BUS junto à berma, perto das sarjetas e onde o piso é irregular, o que é menos seguro; este grupo de cidadãos havia proposta colocá-los nas faixas laterais onde existe maior acalmia de tráfego, e por conseguinte é mais seguro. Por outro lado, pedíamos simplesmente a proibição de estacionamento à superfície nas laterais, pois aquela zona já tem uma enorme oferta de estacionamento subterrâneo, e por lá passam dezenas de carreiras da CARRIS, sendo ainda servida pelo Metropolitano de Lisboa.

Uma velha fala sobre a taxação do tabaco


Estava eu a passear em Grózni e via a TVI em-linha (os caros cabrões que me leem deviam saber que em português diz-se em-linha; online é para os abichanados que dizem gay em vez de paneleiro) numa casa de um núcleo de russo-portugueses, e ouvi uma cabra velha com cara cadavérica e de drogada, por certo rameira nos seus tempos áureos, a criticar o governo tuga porque quer aumentar o imposto sobre o tabaco. (minuto 1:00)

Refere exatamente que existe “mais a proposta idiota da CIP, que pelos vistos foi muito bem recebida pelo governo, nomeadamente pelo ministro das finanças, de aumentar o imposto sobre o tabaco, quando os dados de execução orçamental (…) [revelam que as receitas] já estão a descer 10,8%. É uma coisa de doidos, isto, porque aumentam o imposto e desce a receita fiscal”

Pentateuco de Maria Madalena


Cumpramos as ordens e o estilo
Deleitemo-nos com arte amena
Esculpamos a Vénus de Milo
Copulemos, Madalena!

No Reino do Leste, navego no Nilo
A artéria viril da mulher serena
deste canal donde te sugo o mamilo
fecunda moça, que te vejo em Viena

Mozart, Beethoven, escutai-me
que Freud já me analisou
Vénus, Afrodite, abraçai-me

que o amor por aqui passou
Removei-me ó ninfas o açaime
que o Danúbio me inspirou

_____

Se o Danúbio é insípido, o Tejo é salgado
Mas o sal retira a clarividência
Quão difícil é o amor regrado:
a carne da consciência

O Danúbio é cinzento, o Tejo é claro!
Mas é nesta aurora da inteligência
quando se nega a penitência e o fado
que se forma a magnificência

É no escuro que se vê o Iluminado
Imune ao estímulo que deturpa
É quando nasce o homem consagrado

que à humanidade arranca a burca
Surgiu então a Luz no crucificado
concebeu uma prostituta

Portugal e as patentes para bicicletas


Patente portuguesa com inventor português PT101840
Os pedais da bicicleta, funcionam de forma elíptica,
e não de forma circular, como é comum.
Forma elíptica como na máquina elíptica dos ginásios.
Uma patente é um direito de propriedade intelectual, que preconiza a proteção jurídica de uma invenção para o seu titular, durante vinte anos. Entenda-se invenção, como solução técnica para um problema técnico. Com a patente, o titular do direito, é o único a poder produzir, armazenar, comercializar ou tirar proveito financeiro com a invenção em determinado território. Mas nem tudo é patenteável, por exemplo ninguém confere uma patente para uma simples roda, simplesmente porque já existe no estado da técnica. Os requisitos de patenteabilidade são então a novidade, a atividade inventiva e a aplicação industrial.

Uma patente é vista como um contrato entre um estado e o inventor, com o intuito da promoção tecnológica. O inventor concorda em divulgar a sua invenção completamente no documento de patente, por forma a que qualquer perito consiga reproduzir a sua invenção, e como forma de premiar o inventor, o estado confere-lhe vinte anos de monopólio. Desta forma, premiando a inovação e a criatividade técnica, promove-se o desenvolvimento tecnológico, pois os concorrentes e o público em geral, apesar de não poderem usar aquela tecnologia específica, podem com a informação da patente, melhorá-la e criar também a sua própria patente. Não é de todo coincidência o facto de os países tecnologicamente mais desenvolvidos como a Alemanha, a França, o Reino Unido, os EUA, a Coreia do Sul, a China ou o Japão, terem dos maiores índices de pedidos de patentes por habitante do planeta. [1] [2]

Porque sou favorável à austeridade


Pedro, apesar de seres um quanto ou tanto
capitalista neoliberal, estou contigo na austeridade
Tenho ponderado friamente muito sobre as medidas até então tomadas pelo presente governo e também sobre as mais recentes, anunciadas para o orçamento de estado de 2013. E não entro na lógica populista e demagoga do caminho fácil nem do ataque gratuito. Como referia João XXIII, “há uma grande diferença entre dizer mal e apontar o mal" e para apontar "o mal" é necessário ter conhecimento, objetividade, isenção e independência; qualidades que nenhum partido da oposição nem nenhum comentador político que opina na nossa praça têm. Para a esquerda demagoga corresponsável pelo estado em que estamos (falta de isenção e independência), caiu o Carmo e a Trindade e até se usam termos como saque e roubo (como se o Primeiro-Ministro ficasse com o dinheiro para os seus gastos pessoais) e para esta nova ala direita que se apregoa defensora dos pobres, estas medidas são injustas e não criarão emprego. Pois eu digo que as medidas são necessárias e são justas, dadas as condicionantes do país. Este é um repto de um cidadão livre que é funcionário público e que não pertence a qualquer estrutura partidária nem muito menos a qualquer grande banco, financeira ou qualquer agiota associado aos mercados que definham Portugal; escrevo-vos como cidadão livre.

Parece-me ser uma medida positiva, aparentemente, o aumento global das contribuições para a Segurança Social, passando de 34,75% para os 36% (à custa do trabalhador é certo). O facto de ter baixado a taxa para as empresas decorre de uma visão neoliberal, que pode ser positiva, pois dá alguma margem financeira às empresas que estão com problemas de tesouraria. Mas o aspeto que me parece mais interessante e positivo é a fraternidade evocada, ou seja, os que têm trabalho descontarão mais, ajudando aqueles que não têm trabalho e se encontram por exemplo a receber subsídio de desemprego ou alguma outra ajuda do estado. Também é verdade, que em muitos casos, foi um cheque de milhões que foi dado a muitas grandes empresas monopolistas, que por certo o distribuirá pelos seus acionistas, que colocarão esse dinheiro no estrangeiro.

FERVE e Precários Inflexíveis, uma antro de putos politiqueiros


Uma análise filosófica ao sindicalismo e ao capitalismo contemporâneos

A escravatura não é só trabalhar e ganhar mal,
é essencialmente trabalhar naquilo que se detesta,
só porque se têm contas para pagar
Se há pessoa que mais assertivamente é contra a precariedade e ilegalidade preconizada pelos falsos recibos verdes, sou eu. Tenho ajudado gratuitamente várias pessoas a endereçarem queixas à Autoridade para as Condições do Trabalho, contra as suas situações laborais precárias e ilegais. Indiferente a querelas político-partidárias tenho ajudado-as a resolver os seus problemas laborais, e muitas das referias pessoas, após queixa oficial à ACT, melhoram bastante a sua situação laboral. Se há facto que sempre me indignou, foi esta escravatura preconizada pelo sistema neoliberal, que trata o ser humano como peça da maquinaria cujo objetivo primordial é produzir lucro. O capitalismo e o neoliberalismo desumanizaram completamente a condição humana, e para estes sistemas políticos, o ser humano é somente uma peça, descartável e dispensável, e que pode ser explorado a bel-prazer.

Nas sociedades capitalistas, o objetivo primário de qualquer cidadão é angariar capital, e de qualquer empresa é ter lucro, enfim obter o tão aclamado dinheiro. É comum, por exemplo, os cidadãos destas sociedades considerarem que o que é barato ou gratuito não presta ou não tem valor e o que é caro é bom, tal é a força pulsante que o capital incute no subconsciente coletivo, normalmente através da publicidade. Vemos que este paradigma é completamente falso, por exemplo na área alimentar: a comida mais saudável, frutas e legumes, normalmente é a mais barata. Para o capitalista o ser humano é um escravo, uma parte dispensável da maquinaria cujo objetivo primário é o lucro. Nesta senda por dinheiro, entra a precariedade inaceitável, onde o trabalhador sob a capa de um profissional liberal labora sem quaisquer direitos ou garantias preconizadas pelo Código do Trabalho.

A uma preta tesuda com um granda par de tetas



Passeava eu por Freetown (algum de vós, seus imbecis sabe onde fica Freetown?). Á pois é, fica naquela serra onde há muitas leoas tesudas e grossas. Ouvi dizer que no portugalinho, o macho em chamas, chama às fêmeas boas adjetivações como vaca, pega, cabra, e toda uma série de animais de pasto, rominantes e vádios próprios para um repasto saudável em casa de amigos. Nós aqui em África, como culturalmente estamos habituados a ver animais selvagens preferimos chamar às pretas boas: "Leoa."

Assim, quando saio do meu acampamento, para caçar, e vejo uma boa preta com um bom par de mamas das tribos vizinhas, lá vai mais um bitaite: "Ó Leoa, queres comer desta carne?"

A tez escura é a luxúria
O loiro é a ternura
Os teus olhos a doçura
que me afastam a penúria

A tez escura é a lascívia
Os teus olhos em que vejo
O sangue do rio Tejo
que lacrimeja sangue da Síria

A tez escura é o temor
que racionalmente afasto
A tez escura é o ardor
do sangue ardente e nefasto

Africana mulher que amo
Purifica-me esta dor
Combatamos o tirano
Faz de mim o libertador

Freetown, Luanda, Maputo
praças em que combati
nos meus áureos tempos de puto
em que me vim em ti

Africana, deste-me a garra
a virilidade e o vigor
rompe-me a amarra
cumpre comigo o Amor

A tez escura é o pecado
A tez escura é o desejo
deste africano fado
em que me esporro e te vejo

Para quando a gasolina a 20€ o litro?


A necessidade aguça o engenho, sempre o foi ao longo da história.

Não duvidem que se a gasolina custasse 20€ o litro era ver a populaça às resmas a andar de bicicleta e de transportes públicos pela cidade. Na política de transporte de bens deixavam-se os camiões TIR, esses cancros poluidores emissores de partículas nocivas para a sáude e transportavam-se mercadorias por comboio. Para quem realmente precisasse do carro, como taxistas e empresários para quem o carro é fundamental, usar-se-iam os veículos elétricos. Com o passar do tempo, os proxenetas da Galp, Repsol e BP e cartel da mesma mafia da OPEP, felizmente que faliam. Vade retro Satanás, cartel mafioso dos hidrocarbonetos.

Por seu lado se a gasolina custasse 20€ o litro, fechavam os Colombos e os Dolces Vitas, assim como os Loures Shoppings que pagam o salário mínimo a 90% dos funcionários, e as pessoas compravam localmente ajudando o senhor da mercearia da sua rua, incrementando o tão desejado comércio local. As pessoas passavam a andar a pé, e morria menos gente do coração e de AVC, que por sinal é a maior causa de morte em Portugal. Por seu lado ao se fazer exercício físico naturalmente, de forma moderada e contínua, a produtividade nacional aumentava e os custos do país com saúde diminuíam. Importávamos menos combustíveis e menos automóveis; enfim, custaria um pouco inicialmente, mas depois encontraríamos o paraíso e o crescimento económico sustentável.

O mal de Portugal


Este país está na miséria devido a dois grandes fatores: o neoburguesismo de novo rico pós 25 de abril que se intitula de esquerda, mas que ama mais o dinheiro que qualquer judeu; e o capitalismo usurário dos bancos e das grandes financeiras que definham as pessoas e a nação com juros agiotas.

A greve nos transportes públicos


Hoje, feriado, dia 15 de agosto de 2012, sucede-se mais uma greve no setor dos transportes públicos. Como eu há muito tempo, optei pela mobilidade sustentável, e decidi vender o carro, desloco-me somente de transportes públicos e de bicicleta. Compro o passe todos os meses, e combinado com a bicicleta, permite-me uma mobilidade na cidade, infinitamente superior à do carro, e infinitamente mais barata que este. Todavia, há uma questão que me deixa exacerbado, já lá vão alguns anos: a inexorável ideologia sindicalista deste setor, que acha que prejudicando constantemente a vida aos utentes, levará as suas reivindicações egocentristas avante.

Há aqui um fator que é necessário considerar no meu entender. Obviamente que os Transportes Públicos (TP) têm de ser financiados pelo erário público, isso nunca esteve em causa. Os TP não dão nem nunca deram lucro em nenhum país, dada a sua vertente de utilidade pública, mas também não se lhes pode sugar o que se aprouver, só porque estão sob a égide do Estado. As empresas de TP tem um passivo acumulado de 17 mil milhões de Euros. Aliás, a maior fatia corrente da despesa destas empresas são os juros. A dívida foi criada para melhorar as infraestruturas dos transportes públicos nacionais, e houveram melhorias: o Metro de Lisboa expandiu-se bastante, o Metro do Porto foi criado e tem uma rede vastíssima, oferecendo serviço de qualidade e por exemplo foi renovada a linha ferroviária para Évora, e tudo isto foi feito à custa de dívida cujos juros agora são astronómicos e que já superam mesmo a vertente salarial. 

O processo coletivo e psicanalítico da negação!


Um dos principais efeitos psicanalíticos num viciado é o processo de negação. Por muito racionais que sejam os motivos para fazer com que o indivíduo largue o vício, a dependência química ou psicossomática é tanta, que ludibria qualquer ímpeto racional e faz com que o indivíduo crie mecanismos psicológicos para que consiga conviver com o facto de a razão lhe indicar que o seu vício é extremamente prejudicial. É como um fumador assíduo: por muito que lhe expliquemos que o tabaco mata, que vai ter uma morte dolorosa dali a vinte anos, numa cama de hospital, que vai ficar com os pulmões completamente definhados com cancro, e que vai morrer asfixiado com os pulmões inoperacionais, o fumador através de um processo psicanalítico de negação, ignora todos os paradigmas racionais, para que o seu corpo continue a ser saciado pelo prazer hedónico do pequeno falo na boca, e pela satisfação que a nicotina concede ao correr no sangue e no cérebro. É neste processo de negação que é comum ouvir-se: "a minha avó tinha um vizinho que fumou a vida inteira e morreu aos 85 anos" ou mesmo "a gente nunca sabe o dia de amanhã, quantos não morrem a atravessar uma estrada!". Tratam-se de processos psicanalíticos de negação que obstruem completamente o nosso lado racional, mesmo que os dados estatísticos digam que oito em cada nove cancros do pulmão fatais, se devem ao tabaco, ou que também devido ao tabaco morrem mais de cinco milhões de pessoas por ano.

Assim como há processos de negação para um indivíduo viciado ou completamente desalheado da realidade, podem haver processos de negação coletivos. Um caso histórico, foram as últimas semanas da segunda guerra mundial. À medida que o exército vermelho entrava ferozmente pela Alemanha vindo do leste, e em que todas as elites militares germânicas sabiam racionalmente qual o fim expectável da guerra, grande parte da população alemã, e também das elites do partido nazi, viviam num processo coletivo de negação, achando lá no fundo que "ainda era possível". O mesmo se passa hoje em dia com os recursos energéticos e naturais do planeta, que o Homem vai sugando irracional e desmesuradamente, sem qualquer controlo, apenas para saciar os seus ímpetos hedonistas do consumismo fácil e do prazer instantâneo; e quando os cientistas mostram por A+B que o paradigma tem de mudar urgentemente, as elites políticas dizem que "ainda é possível".

Poema Dadaísta a CB.....um FDP





{abrasileirado, pintarolas}
Oi galera do Brasil, pintou aí um clima aqui em Portugal com a galera do popó!! É aí galera, aqui em Portugal tem um chefão, um poderoso chefão que controla aí toda a galera do popó. Esse chefão aí né, é um filha da puta!!! Aleluia meu irmão, o popó esteja consigo né!!! {português europeu} Ele está nomeio de nós.

{abrasileirado, pintarolas}
A situação está preta meu irmão, registra aí o meu planejamento poético dadaísta, que a galero em portugal não entende nada!!! A mulher portuguesa, é como a mulher brasileira: é vagabunda. Se cê tem um carro bacana né, tipo Ronaldinho, Kaka, Ronaldo, oh {dedos a piscarem} muita mulher gostosona pra ocê, mulher com bunda gostosona, menina bonita e jovem. É aí, se cê não tiver carro, com mulher brasileira e portuguesa, não tem buceta não meu irmão. O carro, na cultura da lusofonia, é uma questão de estatuto meu irmão. E quanto mais caro foi seu carro, maior a probabilidade de encontrar buceta. E quanto mais potente for seu carro meu irmão, melhor é a buceta e mais gostosona é a mulher.
Mulher que só se interessa por homem que tem carro, que tem património, que tem estatuto, que não se interessa se o cara é inteligente, se o cara é culto, se é caridoso, se faz bem ao próximo. Como se chama essa mulher? Va-ga-bun-da!!! E mulher portuguesa e mulher brasileiras são va-ga-bun-das. Cê fala com buceta alemã, holandesa, sueca, dinamarquesa, elas não tão nem aí para saber se cê tem carro ou não! Elas querem um cara com aparência física e inteligente. Ontem mesmo estive em Amesterdã, e sabem o que eu vi galera? Uma menina gostosona, que era transportada pelo namorado em bicicleta! Mulher brasileira se deixaria levar pelo cara de bicicleta? Mulher portuguesa se deixaria levar pelo cara de bicicleta? Va-ga-bun-das!!!

{acriançado}
Meu nome é CB
e sou FDP
Faço cocó
no meu popó
{gritos histéricos}
je suis un fie du putard 

{austero}
Há pouco tempo fiz o registo da patente concedida para a minha última invenção. O título será: Depósito para dejetos fecais para habitáculo de viatura automóvel, com sistema de recolha de excrementos do cagueiro através de invasão anal. Este sistema, que estará à venda nas lojas PCA dentro de meses, permitirá que o automobilista não necessite de sair da sua clausura chamada viatura para proceder às suas necessidades fisiológicas. Por exemplo, aqueles que passam muitas horas no carro, em autoestradas ou no trânsito, já não necessitarão de sair do seu automóvel para defecar ({acriançado}  cocó, popó), podendo fazê-lo confortavelmente dentro do seu veículo. Os excrementos fecais, são automaticamente extraídos do depósito para a via pública, quando o veículo atingir uma velocidade superior a 120km/h. Os gases daí resultantes serão extraídos do depósito para produzir biogás, que estando ligado à injeção do motor do veículo, permitirão fazer consumos muito abaixo da média em cidade. 

{acriançado}
Meu nome é CB
e sou FDP
Faço cocó
no meu popó 

A bicicleta é duas vezes mais rápida que o carro


Um dos argumentos falaciosos, muito usado pelas pessoas, para não abdicarem do carro no seu quotidiano, é que o carro os leva de forma mais rápida de casa ao trabalho e do trabalho a casa. Falei recentemente com um amigo que mora no Seixal, e que trabalha na zona de Carnaxide. De carro, sem qualquer trânsito demora cerca de 30 minutos, todavia com o trânsito que é comum nas horas de ponta, demora cerca de uma hora. Como este meu amigo dizia que gastava cerca de 200€ todos os meses só com portagens e combustíveis, passou a ir de transportes públicos, e demora cerca de hora e meia. Tempo é dinheiro, é verdade, mas a questão que temos que colocar é se o tempo que poupamos com o carro, merece o dinheiro que gastamos a mais por optar pelo carro. Tudo depende de quanto ganharmos à hora, mas constata-se claramente que na generalidade da população portuguesa NÃO compensa trazer carro, dados os salários miseráveis que recebem e considerando os custos elevados que o carro acarreta.

Velocidade Real

É considerando este paradigma que se compara a Velocidade Real com a denominada Velocidade Virtual. É indubitável que um carro é mais rápido que uma bicicleta, se considerarmos a velocidade física, ou a chamada velocidade real, mas esta é claramente redutora para termos uma noção mais abrangente no quadro da mobilidade urbana. A velocidade virtual é muito mais interessante de calcular. Ora então exemplifiquemos: se o Carlos mora em Oeiras e trabalha no centro de Lisboa, e vai e vem de carro todos os dias, anda cerca de 20km para cada lado. Se demorar cerca de 30 minutos para cada lado, a sua velocidade real média é 20km/0,5h=40km/h

Banker appeals for Portuguese language in government meetings


Fernando Ulrich, president and CEO of BPI
It seems quite odd and it appears really strange, but recently Fernando Ulrich, president and CEO of one of the biggest private Portuguese banks, stated that it is incomprehensible the meetings with the Ministry of Economy personnel being organized and spoken using English language. “To have meetings with Government in English is incomprehensible” Ulrich said. Ulrich made also an appeal for the Portuguese government, to the hiring of more Portuguese consultants and experts on economic issues, when dealing with bank sector personnel.

It is undoubtedly true, that English language nowadays is the language for business and economic debates, for diplomacy throughout the world, for the internet and the computer science sector, for academic researching and for many other issues, including fashion. English language is actually the third most spoken language in the world but it has the major dominance for instance in the internet and on the international affairs. I have a clear opinion why that happens and why I’m clicking this keyboard keys so the words and the grammar will appear in English. The reason is extremely simple for me: the new empire that flourished after the World War II, was the United States which by the way has English as the only official national language. As the hegemony of this new empire was becoming greater and greater, as the economic and financial power of this nation was becoming stronger, English became to be a useful language to master and to deal with. That importance achieved such a major peak nowadays, that no qualified worker, in any part of world will be hired if they don’t speak English. During the Biblical era (New Testament), Greek and Latin were the vehicular languages at the time, so every cultured man either in Rome or Athens should speak these two bridge languages.

Queremos as nossas cidades de volta!


Av. da Liberdade no princípio do século XX
Depois de ter recebido uma mensagem eletrónica, através da lista de correio-e a que pertenço que promove o uso das bicicletas e da mobilidade sustentável, onde se fazia referência a um aumento de atropelamentos graves de crianças em Portugal, houve um membro da mesma lista, que nos enviou uma hiperligação com um artigo extremamente interessante sobre como o automóvel começou a ganhar hegemonia nas nossas cidades, a partir essencialmente da primeira metade do século XX.

Para nos apercebermos, logo da importância que teve o automóvel no saque que fez ao espaço público nas cidades, há que entender alguma terminologia interessante que surgiu na língua inglesa, e um desses termos é jaywalker. Não encontrei tradução literal para a língua portuguesa do termo, mas o dicionário Inglês-Português da Porto Editora assim refere: “peão imprudente; peão que atravessa a rua fora da passadeira”

Mas é interessante apercebermo-nos que a própria palavra jaywalker, surge na língua inglesa como a união de dois verbetes, jay mais walker. Este último termo, já sabemos que significa caminhante ou somente peão em meio urbano, todavia é interessante que jay na América rural do princípio do século XX, significava literalmente algo como pacóvio, bimbo, rude, saloio ou mesmo estúpido ou idiota. Ou seja, durante muitos anos, os peões atravessavam calmamente as estradas nas cidades, as pessoas conviviam tranquilamente no seu bairro, todavia com o advento da “Era Automóvel” e com o aumento significativo de atropelamentos mortais, havia que “regrar” as pessoas e pô-las a andar somente nos passeios e a atravessar somente nas passadeiras. Aqueles que não o faziam, eram considerados os não-urbanos, ou melhor dizendo, os bimbos. Com esta terminologia de urbanidade e colocando as pessoas que andavam a pé “no seu devido lugar”, os automóveis passariam a poder circular livremente pelas cidades invadindo-as a seu bel-prazer.

Ai que fui com a mona ao charco...


Reich Barbosa reunira-se com os seus séquitos seguidores e arautos preguicentos do ACP, sócios homúnculos e néscios que sacralizam o automóvel acima de qualquer deidade cristã, e conspiraram com o intuito de me lixar. Barbosa e o seu cartel, são uma espécie de paganismo por cristianizar, pois os seus ideais da defesa do automóvel e da sua sacralização, tangem as doutrinas dos dissidentes hereges que deificavam o bezerro de oiro, aos quais o Todo-o-Poderoso através dos filhos de Levi, fez perecer com a sua magna força através do ferro das espadas (Êxodo 32). Barbosa, talvez também Catroga, os dirigentes do Correio da Manhã e da Cofina quiçá por causa do conteúdo magno deste vídeo, através da bruxaria mais malévola, de rituais satânicos, da magia negra, de cartomantes, de esoterismos maquiavélicos, e mesmo até com vudu haitiano, pois por certo têm a minha imagem corporal em pequenos artefactos artesanais, conspiraram contra a minha integridade pessoal.

Reuniram-se em covis secretos algures nas profundezas do número 24 da rua Rosa Araújo, e entoaram cânticos satânicos e ritualistas, com magia negra, por forma a me incutirem as maleitas mais graves. Reich Führer Barbosa, usando do seu misticismo e das suas capacidades paranormais, tal como o fizeram os crentes da doutrina mística nazi, reunira-se com os seus fanáticos seguidores, e com o símbolo maior do sacro popó, deus maior na religiosidade barbosiana, uma espécie de Zeus na mitologia grega, ou Juno ou mesmo Júpiter na mitologia romana, o carro, o deus dos deuses para os pagãos do ACP, que no século XXI praticam uma espécie de Cultus deorum romanorum. Durante o ritual báquico, onde o diesel e a gasolina deverão substituir o vinho, os fanáticos fundamentalistas deste neo-Alá chamado automóvel, berram dentro do templo quais suídeos à beira da matança e evocam todas as suas deidades heréticas, idólatras e sacrílegas que destroem a qualidade de vida nas cidades.

Mercado regulado vs. Mercado liberalizado da energia - quem perde é o cliente!



O mercado regulado da energia terminará definitivamente em 31 de dezembro de 2015. A EDP Universal que fornece eletricidade no mercado regulado tem enviado aos seus clientes cartas, onde explicita detalhadamente o processo de transição e apresenta uma lista com os operadores no mercado liberalizado. A boa-nova, dizem os arautos do capitalismo, é que com o mercado liberalizado, desaparecerá o monopólio da EDP e a energia ficará mais barata. Tal paradigma poderá até ser verdade a longo prazo, mas por agora a fatura ficará mesmo mais cara. A fatura ficará mais cara, mesmo com os preços mais baratos, e a razão é simples: no mercado liberalizado acabarão as tarifas bi-horárias e tri-horárias.

Passo a detalhar o meu caso. Eu, como muito dos portugueses que têm tarifa bi-horária, faço muito do meu consumo energético durante os chamados períodos de vazio, onde há menos consumo de energia, e como tal, menos procura implica preços mais baixos. Toda uma série de eletrodomésticos nos dias de hoje, permitem que se façam programações do seu funcionamento, por exemplo podemos programar a máquina de lavar roupa ou de lavar loiça, para trabalharem apenas à meia-noite, sendo que estes eletrodomésticos são dos que mais consomem energia numa habitação. A questão é que com o mercado liberalizado, o preço será o mesmo para todas as horas do dia. Eu já em 2012 no mercado regulado pagava nas horas de vazio (regime diário, a partir das 22h) 8,33 cêntimos por kWh (sem IVA), sendo que nas horas fora do vazio o preço era 15,51 cêntimos. O que sucede é que eu por mês consumia aproximadamente 110 kWh nas horas fora de vazio e 95 kWh nas horas de vazio, i.e., consumia cerca de 45% de toda a minha energia após as 22h, a qual pagava apenas 8,33 cêntimos por kWh.