Por que não funcionam os motores magnéticos e os moto-contínuos?


Andam por aí uns emails em spam de uns vídeos da tanga que referem motores magnéticos que teoricamente porão fim às energias fósseis, uma espécie de Santo Graal da energia e do futuro da mobilidade! Fiquem sabendo que quase de certeza foram as grandes empresas petrolíferas a disseminar esse vídeo, para descredibilizar nas pessoas, qualquer tentativa válida, de colocar fim às hegemonias destrutivas para o planeta, das grandes empresas do petróleo! O seu objetivo é prostrar a população e as pessoas após a verdade científica, fazendo-os crer que todas as alternativas que existem para o paradigma atual no planeta baseado nos combustíveis fósseis, não passam de burlas orquestradas por charlatães de Internet! Ou seja, as grandes empresas petrolíferas querem passar a mensagem de que não há alternativa válida ao paradigma do petróleo! Ou é o motor a combustão, ou são charlatães, não há terceira via!

Este motor é uma FRAUDE



Oiçam bem, os motores magnéticos milagreiros são uma tanga, um embuste! E qual é a alternativa aos combustíveis fósseis? Simples meus caros: mudar o paradigma do ordenamento urbano, apostar fortemente nos transportes públicos, apostar em cidades cicláveis, apostar na ferrovia ou no carro totalmente elétrico, pois são tudo formas muito mais eficientes e limpas para transporte de pessoas e bens. No caso do transporte de passageiros, interessa ter um consumo energético por passageiro-km o mais baixo possível, no caso da logística interessa ter um consumo energético por kg-km o mais baixo possível. É impossível ter-se energia "vinda do nada", não há energia "grátis", mas podemos ser mais eficientes, ou seja, gastar menos energia e energia limpa, para transportar uma pessoa ao longo de um km! E o comboio/trem é 20 vezes mais eficiente que o automóvel, para transporte de passageiros, sendo ainda que a energia consumida pelo comboio/trem é muito mais limpa que a do carro! Não há energia de borla, mas podemos tornarmo-nos mais eficientes e mais amigos do ambiente!

E por que não funcionam os motores magnéticos e moto-contínuos?

A força magnética é uma força conservativa. Isto significa que se pegar num íman e deslocá-lo entre dois pontos num campo magnético, a soma total de energia produzida ou despendida no processo é uma constante que não depende do caminho ou da velocidade que adotar para deslocar o íman entre aqueles dois pontos. Acrescente-se que se os pontos de partida e de chegada forem os mesmos, a variação da energia total envolvida no deslocamento através de qualquer caminho adotado, é exatamente igual a zero.

Suporte para bicicletas | Sr. Aleixo 914815611


Como já havia referido aqui anteriormente, existe um artífice nacional muito habilidoso que faz uns suportes para bicicletas deveras interessantes. Anteriormente havia-me fabricado um suporte de parede, e com fabricação à medida, transporte e montagem, o Sr. Aleixo fez-me tudo em 40€. Confesso que não sei se foi preço de amigo. Não ganho comissão em publicitar os seus serviços, devo dizer desde já, mas quando vejo sítios estrangeiros a vender peças semelhantes pelo triplo do preço, mais transporte e ainda precisam de montar vocês, apercebo-me que há aqui um mercado interessante por explorar, nas pequenas oficinas de serralharia de ferro e alumínio do nosso país.

Desta vez pedi ao Sr. Aleixo (artesão que conheço dos tempos das obras) para que me produzisse dois suportes para bicicletas com cerca de 80cm de altura e com 75cm de largura. Pedi bases quadradas bem largas com 1cm de espessura, para suportar bem os impactos laterais. Em vez de o Sr. Aleixo fazer o que é típico, ou seja, um único ferro dobrado num ângulo largo de 180º, o Sr. Aleixo, sempre zeloso no seu dever, comprou duas curvas de 90º e soldou, bem soldado aos ferros, ficando um trabalho, após devido polimento e pintura, impecável.

O Sr. Aleixo tem a sua oficina na zona de Lisboa. O contacto é 914815611
O preço que paguei foi 40€ a unidade com tudo incluído: peça à medida, com transporte e montagem! Não garanto que o preço que lhe faça seja o mesmo, é uma questão de lhe telefonar!

A greve dos maquinistas da CP


Pichação em estação ferroviária de Lisboa
  
Não há por aí nenhum nacionalista pagador de impostos com vontade de HUMILHAR e OFENDER verbalmente maquinistas da CP??? Num país com graves problemas de desemprego, em clima de austeridade, cujo povo leva o saque em impostos, não pode pagar ordenados faraónicos a NÉSCIOS CHUPISTAS que chegam a mamar do erário público 50 mil euros por mês, e depois ficar calado!!!

Digo-o como assíduo utilizador da CP que já ficou apeado na plataforma este ano pelo menos mais de 20 vezes, devido às greves às horas extraordinárias dos maquinistas, esses mesmos que noticia o semanário Sol, chegam a ganhar 50 mil euros por ano, o que equivale aproximadamente a sete vezes o salário mínimo nacional.

Aliás o próprio administrador da CP refere que só em salários a CP gasta 115 milhões Euros por ano, e todos os anos tem prejuízos brutais que são pagos com impostos. Uma empresa que suprime comboios constantemente não presta serviço público. E privatizar ou conceder a privados não significa menos qualidade de serviço! Se os trabalhadores da CP não queriam que a coisa chegasse a este ponto, tivessem mais respeito pelos utentes porque os membros do governo e a administração andam de carro, não andam de comboio.

A Fertagus presta serviço público e é gerida por privados e não faz greve nem deixa passageiros apeados.

Estórias de bicicleta - O Taxista, o lobo velho e incivilizado da estrada


Agarrava nos punhos do volante da minha bicla e questionava-me sobre o facto de, com tantas e evidentes vantagens que conseguia atingir com este meio de transporte – financeiras, de saúde, e altruísticas como menos poluição, menos barulho e menos espaço na cidade, menos importações de combustíveis e veículos – e mesmo assim, os outros utentes da via, tratavam-me como um empecilho. Não passam de profanos, no sentido etimológico do termo, pois desconhecem as grandes vantagens de se ver a Luz. E eu, e também os outros poucos que são os ciclistas urbanos, havíamos visto a Luz. E para se ver a Luz é preciso Saber: não admira portanto que paradoxalmente são os academicamente mais letrados e os mais abastados que adotam a bicicleta, mesmo que o comum dos mortais, plebeu e profano, trabalhe cinco meses do ano para pagar as despesas do seu carro.

Todavia, pedalar em Lisboa, é (ainda) um pouco aventureiro, dada a animalidade intrínseca que os profanos das bolhas enlatadas manifestam ao volante. As autoridades policiais encaram a bicicleta no mínimo com desconfiança, uma espécie de elemento invasivo e parasita da via pública, e eles, guardas e polícias de trânsito, quais glóbulos brancos que defendem a ordem viária contra os ataques exógenos, encaram ainda a bicicleta como uma afronta contra o sistema imunitário viário. Mas são os taxistas, os elementos da via pública que manifestam um comportamento mais agressivo e perigoso perante os ciclistas, tal prende-se com o facto de os ciclistas - infringindo o Código da Estrada para sua segurança - circularem com regularidade nas vias BUS; os taxistas, essas feras velhas e decrépitas da rodovia, esses mamutes poluidores e iletrados que fazem da via BUS uma via de aceleração, colocam constantemente em risco a segurança dos ciclistas, com as tangentes e razias que nos fazem no dia-a-dia. 

É sobre estes paradigmas que versarão as minhas estórias. Tratam-se de estórias reais, factuais, que presenciei e que vivi na primeira pessoa, não são novelas ficcionais.

A "vaca sagrada" em clima de austeridade!


A "Vaca Sagrada" da tugolândia não sofre com a austeridade



Aumentaram-se os transportes públicos entre 24 e 104 por cento, aumentou brutalmente o IRS para 2013 em 35%, aumentou brutalmente o IMI em 90%, aumentou-se brutalmente o IVA  para a restauração em 76% (de 13% para 23% dá um aumento de 76%), aumentou brutalmente o IVA para outros setores da economia e irá aumentar bastante o imposto sobre o tabaco. Aumentou o IVA na luz e no gás em 280% (de 6% para 23%), aumentaram as rendas para os inquilinos, aumentou a taxa liberatória, aumentou o imposto de selo, aumentou o cálculo para efeito de imposto de trabalhadores independentes em sede de IRS em 5%, aumentaram as taxas moderadoras no SNS em 300% (de 5 Euros para 20 Euros), aumentaram taxas camarárias e aumentou a contribuição audiovisual em 30%.

A "vaca sagrada" dos portugueses, o carro, terá um aumento de 1% no ISP, o IUC aumentou 1,3% e no ISV praticamente nem se toca!

A vaca é suposto ficar isenta da austeridade?

Fala POESIA


Após uma mensagem-e que recebi na caixa de correio, sobre uma tertúlia de poesia no Parque das Nações, decidi querer participar e lá fui eu com a Nádia e o meu Latim, declamar Poesia lasciva e de intervenção para o restaurante Adamastor, junto à Marina do Parque das Nações, numa iniciativa apoiada pela Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações (AMCPN). Como o tema era Fernando Pessoa, ou como referia o cartaz do evento "na senda da Pessoa de Fernando", declamei esse magno Poeta lusitano juntamente com alguns dos meus poemas.

Assim, de cor, lembro-me de ter declamado:
  • Intervalo - Fernando Pessoa
  • Poema ao 25 de Abril - um poema meu de intervenção
  • A anatomia da Europa - um poema meu inspirado no início da Mensagem de Fernando Pessoa, como homenagem a um continente que atravessa uma crise económica, cuja origem se deve a ataques exógenos

Vede a informação e as fotos do evento no sítio da AMCPN

Jesus Cristo andaria de bicicleta


Automóvel: 7 ltr/100km ≈ 500 Cal/km [1]
Carregar um objeto pesado a 1 km/h
500 Cal/km [2]

Não vos falo sem conhecimento de causa, pois digo-vos que se o Messias viesse à Terra, entre muitas outras coisas (como acabar imediatamente com a agiotagem e usura disseminada pelos banqueiros e gestores neo-cristãos) se precisasse de se deslocar, andaria tão-somente de bicicleta, transportes públicos ou a pé. Não ligo às blasfémias que alguns padres e neo-cristãos propalam nessa comunicação social, pois para mim, os clérigos e os monges (a começar pelos Franciscanos que fazem voto de pobreza) deveriam estar estritamente proibidos de ter carro. 

No tempo de Cristo, o Filho, o Messias, já haviam meios de transporte deveras sofisticados. Os romanos usavam por exemplo as bigas, as trigas, ou as quadrigas, sendo que usavam também para transporte de mercadorias as carroças, puxadas por cavalos ou por escravos. Os mais nobres, mas sem dinheiro para comprar um carro (do Latim carrus, veículo de rodas para transporte de pessoas ou mercadorias) tinham cavalos individuais onde montavam para se deslocar. Alguns agricultores mais abastados usavam gado bovino para lavrar a terra, mas também como meio de transporte, e os pobres andavam de jumento e a pé.