Fátima, o culto fálico ao bezerro de ouro da Cova da Iria


Do ponto de vista psicanalítico,
considerando ademais que o córtex visual
(área visual V1) divide cores de contornos,
esta estátua é um mero falo, sendo a coroa
amarelada a respetiva glande.
 Não procuro aplausos, procuro obedecer à Verdade
        Bento XVI

Fui a Fátima neste domingo último, dia 12 de maio, numa peregrinação de bicicleta que partiu de Lisboa. Mais precisamente da Azambuja, pois fomos de comboio de Lisboa até Azambuja. No essencial fomos um grupo de seis cristãos devotos, conscienciosos do mundo que nos rodeia e respeitadores perante a mãe natureza, obra divina. Fomos peregrinos zero emissões, pois usámos o comboio, que se move por meios elétricos e bicicleta. Fizemos cerca de 100km de bicicleta por paisagens idílicas e edénicas, ao longo de duas serras (dos Candeeiros e de Aire). Passámos pela nascente do rio Alviela, percorremos os caminhos de xisto mais árduos ao longo de trilhos exigentes e onde a taxa de inclinação das subidas chegava aos 20 por cento. Descemos escarpas perigosas pelo meio da serra, e na maioria dos casos, tivemos de sair da bicicleta e subir com ela à mão. A grande parte do circuito foi feita fora do alcatrão, em caminhos pouco próprios para bicicletas, aliás seguimos escrupulosamente os caminhos de Fátima, que são essencialmente caminhos exclusivamente pedonais e não estão de todo adaptados para quaisquer tipo de veículos dada a sua irregularidade e o mau estado do piso. Na zona da Azambuja, na zona da lezíria do Tejo, contemplámos as paisagens deveras maravilhosas e vimos o brilhar do Tejo, de fronte das nossas vistas, à medida que acompanhávamos o seu trajeto.

Todavia, travo um combate com Fátima, um combate entre a razão e a paixão. Sou um homem fortemente dotado pela razão pura, pela análise, pela dialética, pela Filosofia, pela Verdade, pela Matemática. O matemático, na Grécia Antiga, não era aquele que lidava com números, tal como o faz qualquer engravatado presentemente numa praça financeira. O matemático era o “estudioso do conhecimento”, onde naturalmente os números eram apenas a ferramenta para melhor compreender o cosmos e o mundo que nos rodeia.

Fátima surge então como um autêntico paradoxo teoracional com o qual lido diariamente. E passo a detalhar os diversos pontos de vista.

A minha visão analítica e racional

Fátima é um embuste, é a maior orquestração nacional do século XX, a maior cena teatral que a Igreja concebeu em Portugal desde a fundação em 1143. Basta um pouco de análise filosófica para percebermos que, coincidentemente, os “milagres” de Fátima surgem em 1917, muito pouco tempo depois da implantação da República e exatamente no ano da revolução bolchevique. Lembremo-nos que a Primeira República era marcadamente anticlerical e laica. São conhecidos pensamentos marcadamente anticlericais nos homens da República, como a famosa previsão de Afonso Costa em acabar com o Catolicismo em três gerações. Fátima surge assim, especulativamente, através dos pensadores mais maquiavélicos da Igreja, no ano da revolução vermelha, como um contra-ataque à República e aos ideais comunistas e maçónicos que se intensificavam. A Igreja tornava-se cada vez menos apelativa nos seus discursos e rituais, mais hermética, menos emocional na sua doutrina, mais formal; o concílio Vaticano II, que aproximaria bastante os fiéis da Fé, seria apenas mais de 40 anos depois. Portugal tinha uma população marcadamente iletrada, rural e analfabeta. Interessava assim criar nos crentes uma entidade aglomeradora e catalisadora de paixão e fé, mais palpável e tangível, algo a que os homens e mulheres da plebe se pudessem agarrar, algo sensível aos sentidos.

A propaganda da República, efeminada e passional, assim como a do Socialismo, eram vincadamente emocionais. Discursos apoteóticos, braços direitos no ar, cânticos, marchas e hinos; enquanto a Igreja continuava numa apatia emocional ligada a rituais quase crípticos difundidos em Latim, que o comum dos mortais não acolhia. Fátima surge então como o catalisador emocional para juntar toda uma igreja com pouca Fé. Ali está Nossa Senhora, a Virgem, a Mãe de Deus! É alguém tangível e visível com a qual podemos contar. Fátima surge assim como o catalisador dos descendentes de São Tomé. Mas não deixa de ser um embuste plasmado numa peça de loiça, peça essa feita com os mesmos tipos de átomos e moléculas com que são feitas as famosas estátuas, também essas fálicas, das Caldas da Rainha, sendo que ambas as localidades não distam muito uma da outra. Um embuste orquestrado pelas mais altas instâncias da Igreja para combater o anticlericalismo republicano e mação. Esta é a razão histórico-política, crua e dura, mas há mais!

O local

O centro de massa populacional do
país, não andará muito longe de Fátima,
ou seja, na mesma latitude de Vila de Rei,
centro geodésico, mas voltado para o litoral,
zona com mais população.
Fonte: Pordata (2011).
Haveria que escolher um local e não poderia ser qualquer um. Se o milagre fosse em Bragança, no extremo norte do país, coitados dos peregrinos do Algarve; e se fosse no Algarve no extremo sul, seria mais árduo para os de Bragança. Pensaram os “matemáticos” da Igreja que estatisticamente obteriam muitos mais peregrinos, se o local de culto ficasse no centro do país, para que as probabilidades de obter crentes fossem maiores. Bastou apenas calcular então o centro de massa populacional do país. Fátima encontra-se a apenas 60 km de Vila de Rei, centro geodésico de Portugal e na mesma latitude mas mais voltada para o litoral, zona mais povoada, aumentando assim as probabilidades de obtenção de fiéis em busca de Fé. Isto é, o centro geodésico apenas nos fornece o centro de massa do país desconsiderando a densidade populacional, ou seja, considerando um país ou desabitado ou onde a distribuição da população seja exatamente homogénea. Já o centro de massa populacional dá-nos o centro do país, considerando a distribuição geográfica da população. E considerando que a população em Portugal está mais localizada no litoral, fenómeno que já era vigente nos anos 1920, o centro de massa populacional não andará muito longe da localidade de Fátima.

Do ponto de vista geográfico, Fátima representa o princípio contrário ao de Santiago de Compostela. Neste último caso, a cidade espanhola encontra-se numa ponta da Europa, como contraste à peregrinação que era vigente então, que era a peregrinação à Terra Santa. Santiago surge assim como a senda peregrina Europeia, para canalizar o fluxo de peregrinos para a Europa, contrastando com Jerusalém, no médio Oriente.

A época

O mês de Maio é o que melhor combina baixa pluviosidade
com temperaturas amenas para longas caminhadas.
Em "Abril águas mil", e em Junho as temperaturas já são
demasiado altas para longas caminhadas.
Coimbra fica a 80 km de Fátima.
A questão da época do ano tem o mesmo sentido matemático e probabilístico considerando a meteorologia mediterrânica. Caso queiramos criar um local de culto e posteriormente aumentar a probabilidade de obter fiéis e peregrinos, e precisarmos de escolher uma data para os alegados milagres considerando a meteorologia mediterrânica, não definiremos tal data no inverno, quando faz frio e muita chuva, nem no verão, quando o calor é abrasador. Fá-la-emos sim, no alvorecer da primavera, quando os campos desabrocham, quando a Natureza é mais bela, quando a maioria das árvores dá fruto e quando as plantas estão em flor. Ora, para que as peregrinações dos fiéis fossem mais esplendorosas e para que houvesse maior afluência ao santuário, a efeméride não poderia ser nem no inverno, nem no verão, mas somente na primavera devido a fatores climatéricos. Vejamos então o gráfico termopluviométrico da cidade de Coimbra, que dista apenas cerca de 80 km de Fátima (não encontrei dados termopluviométricos para localidades mais próximas). Caso queiramos escolher um mês para os milagres, considerando pluviosidade e temperatura, qual mês haveríamos de escolher? Em abril a pluviosidade é demasiadamente alta, apesar de as temperaturas ainda serem amenas e em Junho as temperaturas já são demasiadamente elevadas para longas caminhadas. A partir de outubro a pluviosidade volta a ser demasiadamente elevada. O mês de maio é portanto, o mês ideal que torna a peregrinação muito mais agradável.

Alegado infanticídio?

A própria estória da morte dos pastorinhos levante muitas dúvidas. Dois morreram bem cedo. Qual a probabilidade de duas crianças no fulgor da idade morrerem com tamanha tenra idade? E qual a probabilidade de serem logo duas em três? Bem sei que os cuidados de saúde de então eram deficitários mas dá uma probabilidade de sessenta e seis por cento de mortandade juvenil, a qual considero muito alta, mesmo para os padrões da época em questão. Já a terceira pastorinha foi colocada num convento, e por lá ficou enclausurada em voto de silêncio até à sua morte! Toda a estória de Fátima é um teatro de má qualidade, que põe o Filósofo a bradar aos céus. 

A visão psicanalítica e psicoevolutiva

Menir de São Paio de Antas, Esposende.
Datado de 3000 a.C. a 2000 a.C..
Embora muito do legado de Freud esteja desatualizado para o conhecimento cientifico moderno, no meu entender, Freud é injustamente ostracizado no meio académico. Quem sabe se propositadamente, pois os seus conhecimentos são, no meu entender, "poderosíssimos", e ao conhecimento que dá poder, normalmente requer-se discrição, ou mesmo secretismo. Do ponto de vista psicanalítico, toda a aparência da estátua de Fátima é não-mais que um simples pénis dissimulado numa imagem de uma humilde mulher que ora ao seu Deus. Sim, reafirmo-o, a estátua de Nossa Senhora de Fátima é um falo, um simples falo, e é esse carácter fálico, que ao se introduzir na psique, no inconsciente coletivo, provoca tantos milagres e tanto bem-estar. Não farei aqui um tratado de psicologia evolutiva, até porque tenho escrito deveras sobre o tema neste blogue, mas estou em crer que Freud e o psicólogo evolutivo mais sapiente entenderiam de forma cristalina a que me refiro. O nosso cortex visual divide as imagens em cores e contornos, e processa estas duas vertentes visuais de forma distinta. Ora, se analisarmos apenas o contorno da estátua da Nossa Senhora de Fátima, desconsiderando a coroa, e considerando que tem as mãos bem unidas, temos unicamente uma estrutura fálica, com uma ponta meio amarelada no topo, contrastando com um corpo de uma tonalidade mais clara.

É perfeitamente natural, desde a antiguidade neolítica, louvar e honrar estruturas fálicas. Consideremos que os povos desde o neolítico que edificam cromeleques, menires, antas e demais monumentos megalíticos com formas fálicas, como sinais evidentes de veneração, poder e masculinidade. Um pouco mais adiante na história do Homem e com o desenvolvimento das civilizações, da arte e da criatividade, surge toda a panóplia mitológica com as suas diversas deidades, desde as da Grécia Antiga até às nórdicas, passando naturalmente pelas romanas. A mesma forma fálica têm os ceptros reais, mais uma vez, sinais de poder e autoridade, características que do ponto de vista primário, são associadas unicamente aos machos. Mas a Cristandade impôs uma nova ordem moral, onde o pecado se imiscuiria psicologicamente com o sentimento natural  e antropoevolutivo da culpa, para assim tornar a sociedade alegadamente mais humana, preterindo o crente os desejos da carne em prol de intenções mais humanas, construtivas e edificantes, como as da família e do trabalho. Interessava então criar na nova ordem cristã estruturas fálicas, sem que prima facie houvesse qualquer associação imediata com o pecado, a sexualidade ou algo moralmente censurável. As diversas estátuas das nossas senhoras espalhadas pelo mundo, cumprem o objetivo de forma evidente, considerando que ao contrário das figuras do Messias na cruz, as nossas senhoras têm sempre as mãos bem unidas.

A contradição teológica

Do ponto de vista teológico, o culto a Fátima é uma heresia, é o lado mais idólatra, profano e nefasto que a cristandade pode conceber. Em Mateus 4:10 é-nos dito claramente que apenas “ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele prestarás culto”. Eu iria mais longe e evocaria o bezerro de oiro (Êxodo 32) para questionar se Fátima não se terá tornado num novo bezerro de oiro da Lusitânia a quem os fieis se podem agarrar. Quão idólatra é ver milhares de fiéis seguirem apenas e só apenas um pedaço de loiça pintada. Sacralizar um objeto, como é sacralizada aquela estátua em Fátima vai contra todos os preceitos bíblicos, quer da tradição hebraica, quer da tradição dos evangelhos. Ver milhares de pessoas seguirem um pedaço de loiça só pode mesmo ser idolatria e da mais herética. Deus, na Sua sabedoria e eterna Bondade, não se apresenta aos homens em bocados de loiça pintada de branco.

E reparai que tenho um enorme respeito e consideração por Maria, a progenitora do Messias. Maria foi uma mulher divinal, uma excelente mãe, carinhosa, dedicada, afetuosa e doutrinou no Messias a caridade (‘compaixão’ para os ateus), o Amor, que fez do Messias um génio, uma Luz, uma referência e um farol. Mas Maria concebeu, e concebeu um Bem Maior, concebeu Jesus, e concebeu naturalmente como todas as mulheres naquele tempo concebiam, através do coito via penetração vaginal efetuada por um homem, neste caso José. E foi essa família; a estrutura grupal mais importante de uma sociedade, pois é a que se segue imediatamente a seguir do ponto de vista numérico, à individualidade; que educou o Messias. Foi José e Maria que lhe ensinaram a compaixão e a caridade, a bondade do perdão, o não julgamento dos outros, enfim o Amor de Cristo. Reduzir Maria a uma estátua na Cova da Iria é além de idólatra, muito redutor.

Esoterismo e pseudociência

A psicologia evolutiva, a psicanálise, a sociologia, a astronomia e a antropologia, formam um conjunto de ciências que são os pilares mestres das ditas ciências esotéricas, ou também denominadas por pseudociências. Comecemos pelo dia, o dia 13. Bem já expliquei que o número 13 é um número marcadamente feminino devido ao facto de a mulher ter em média 13 períodos por ano, que está em sintonia com a periodicidade da Lua. Sendo Maria, uma mulher, o dia 13 evoca assim a feminilidade, a fecundidade e a criatividade de Maria, daí o 13 de maio.

Adicionando algum carácter histórico, estou também em crer, usando ainda da dialética e de alguma especulação, que o próprio nome Fátima, ou seja, a escolha do topónimo Fátima não surge por acaso. Para quem não sabe, estranhamente, Fátima era não mais que a filha mais adorada de Maomé, o Profeta fundador do Corão. Aliás, o próprio nome Fátima é de origens Árabes e não Indo-europeias. Assim, porquê a escolha do nome da filha predileta do Profeta Maomé, para uma entidade sacra em Portugal. Deduzo que seja um perdão generalizado pela chacina da Reconquista. Poucos sabem e muito há por descobrir, e tenho lido sobre o assunto. A Reconquista cristã foi das empresas mais bárbaras e sanguinárias da história. A título de exemplo reparai que em Portugal, praticamente não há vestígios de relevo de sete séculos de presença moura. Há azulejos, tapeçaria, alguns verbetes do dicionário e pouco mais, claramente muito pouco de um povo, uma cultura e um língua que ocupou Portugal durante sete séculos. E porquê pergunta o mais curioso. Penso que a razão é simples e os factos históricos confirmam. A Reconquista foi das cruzadas mais bárbaras da história da humanidade. Lembremo-nos que os soberanos cristãos eram não mais que descendentes dos povos bárbaros que haviam sido convertidos séculos antes. Eram homens deveras rudes, iletrados e sanguinários. Crê-se por exemplo que o primeiro rei não analfabeto foi D. Dinis. Já os mouros, eram povos muito mais tolerantes e civilizados, naquele tempo já haviam feito desenvolvimentos consideráveis na astronomia (para se orientarem no deserto), na aritmética, na trigonometria e na alquimia (a predecessora da Química moderna). A mesquita era o local onde os discípulos aprendiam todas estas ciências e onde se aprendia também filosofia. Os mouros eram tolerantes perante os cristãos, havendo até o chamado moçárabe, ou seja o cristão que vivia entre os mouros. Durante a ocupação moura os cristãos podiam prestar o seu culto, e as igrejas não eram destruídas, e sabe-se que Lisboa tinha até um bispo aquando da ocupação afonsina em 1147, o que revela que até uma certa hierarquia cristã podia ser mantida aquando da ocupação moura. Esse mesmo bispo foi executado pelos exércitos cristãos durante a invasão de Lisboa.

Escolher então em princípios do séc. XX o nome de Fátima, para uma deidade cristã, é do ponto de vista esotérico, o pedido de perdão que os cristãos fazem à barbárie que foi a Reconquista. Se algum dia Cristo, tivesse presenciado as cenas da Reconquista e as cruzadas que a Igreja fez em Seu nome, tinha bradado ao Pai, para não ser ele o Messias pois nunca queria ter sido corresponsável por tais hediondos massacres. Fátima, a filha predileta de Maomé, é a mãe de Cristo, então Cristo só pode ser neto de Maomé, e nesta mescla cultural nasce a religiosidade lusitana.

E porque fui eu então à Cova da Iria?

Em 2003, em meados de Julho tive uma doença muito grave, à qual tive de ser internado por longo período. Temi pela vida, sofri bastante, e num momento de desespero vi Deus lá tão longe e encontrei tão pouco para me agarrar. Nesse momento a Nossa Senhora de Fátima, através da tradição cultural lusitana, apareceu-me no coração (metaforicamente claro está pois eu sou matemático), e então, depois de chorar desenfreadamente qual bebé que anseia pela mãe, qual animal instintivo que teme pela vida, encontrei algo a que me agarrar, algo palpável, algo tangível, e prometi que se sobrevivesse faria uma peregrinação a Fátima. Passados dez anos, cumpri essa promessa. Temo que tivesse sido menos racional, ou será que fui apenas um ser humano?

Perdoai-me as minhas ofensas, assim como perdoo a quem tenha ofendido

13 comentários:

  1. Caro João Pimentel Ferreira, é certamente uma mente brilhante, eu não conseguiria por mais que tentasse escrever um texto tão complexo como o seu. Começo por lhe dizer que acredito nas mensagens, por uma razão simples, nenhum padre, bispo, português ou um grupo deles naquela época seria capaz de congeminar essas aparições e a sua formação de cultura científica se se libertar de considerandos vários concluirá isso mesmo.

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    1. Fátima e a Ciência são forças antagónicas! Alguns conhecimento de Geografia, Psicanálise e História desconstroem todos os "milagres" de Fátima!

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  2. Caro, João Ferreira,apenas quero deixar a seguinte questão, que gostaria de ver explicada . - Se afirma que.- “Fátima é um embuste, é a maior tanga nacional do século XX, a maior cena teatral que a Igreja concebeu em Portugal desde a fundação em 1143, - Que segundo a sua dialética.- Toda a aparência da estátua de Fátima é não-mais que um simples falo disseminado numa imagem de uma humilde mulher que ora ao seu Deus. Sim, reafirmo-o, a estátua de Nossa Senhora de Fátima é um falo, um simples falo, e é esse caracter fálico, que ao se introduzir na psique, no inconsciente coletivo, provoca tantos milagres e tanto bem-estar. Que - "Fátima surge como um autêntico paradoxo teo-racional com que lido todos os dias." - Se no seu ponto de vista teológico. - O culto a Fátima é uma heresia, é o lado mais idólatra, profano e nefasto que a cristandade pode conceber. E vai mais longe dizendo ainda que. - Evocaria quem sabe o bezerro de oiro (Êxodo 32) para questionar se Fátima não se terá tornado num novo bezerro de oiro da Lusitânia a quem os fieis se podem agarrar. Quão idólatra é ver milhares de fiéis seguirem apenas e só apenas um pedaço de loiça pintada. Sacralizar um objeto, como é sacralizada aquela estátua em Fátima vai contra todos os preceitos bíblicos, quer da tradição hebraica, quer da tradição dos evangelhos. Ver milhares de pessoas seguirem um pedaço de loiça só pode mesmo ser idolatria e da mais herética. - Porque que é que em certa altura da sua vida afirma e declara-nos que “ Encontrei algo a que me agarrar, algo palpável, algo tangível, “ Fátima.” Afinal no que é que fica ……….??????

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    1. A questão responde-se simplesmente com a velha dicotomia entre a Razão e a Paixão. Quantas pessoas no dia-a-dia se apaixonam por outras, que racionalmente sabem que o que o outro quer delas é pouco lícito? Quando contudo se dedicam à reflexão, constatam que o sentimento passional que nutriam, era enganador! A minha paixão por Fátima obedeceu às mesmas premissas!

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  3. ehehe muito bom, então a parte do local e da época está divinal, porque raio a virgem não apareceu a criacinhas esquimós no Pólo Norte e no pico do Inverno? Duvido que no dia dos "milagres" em vez de dezenas de milhares, teríamos meia-dúzia de "crentes"!

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  4. Um texto fundamentalista e insultuoso. Pode não ser crente, pode criticar mas não tem o direito de insultar os crentes achando que apenas a sua visão é a correcta. Ou também se acha tocado pela sabedoria divina?

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  5. Provavelmente foi um ser extraterrestre. E o milagre do sol foi um ovni. Leiam o livro "as aparições de Fátima e o fenómeno ovni".

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    1. Já experimentou olhar para o Sol durante uns minutos num dia de céu limpo e sem proteção ocular!? Coisas estranhas acontecem!

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  6. É provável. Não se pode é tomar uma posição redutora relativamente à inteligência de quem assistiu. Podiam ser manipulados pela toda poderosa igreja, mas não eram estúpidos, aliás eforam suficientemente inteligentes para sobreviver num ambiente duro e hostil e gerar a prole que agora os chama de ignorantes.
    Agora o símbolo fálico, tenham paciência. Para Freud, esse tarado sexual, tudo era fálico. Qualquer ser humano de pé com uma capa pode ser conotado com tal, até o super homem e o batman!

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    1. Porque motivo os povos antigos, da idade do bronze, e até anteriormente, edificavam menires e antas com estruturas fálicas?

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  7. Quando diz: "Mas Maria concebeu, e concebeu um Bem Maior, concebeu Jesus, e concebeu naturalmente como todas as mulheres concebem, concebeu com um homem, de seu nome José.". Segundo a interpretação que tenho dos evangelhos José e Maria criaram e educaram, concerteza, Jesus Cristo segundo a maneira que podiam, embora a forma como Jesus se comportou e ministrou já proveio do Espirito Santo, pois ele era o Verbo encarnado de Deus Pai (a Palavra de Deus encarnada). Fez coisas e disse coisas que era impossivel a um homem do mundo (e das doutrinas do mundo)... dizer. E segundo a profecia e segundo o que é escrito nos evangelhos, Maria ainda era virgem e engravidou sem ter tido relações sexuais com José (aliás José até pensava anular o casamento quando Maria lhe disse que estava grávida) pois pensava que ela tinha tido relações sexuais com outro, mas aí o anjo apareceu-lhe e tal como Maria... acreditou naquele acontecimento impossivel ao homem (não impossivel a Deus, como dizia Jesus Cristo). Mas essa gravidez da virgem estava profetizado nos livros canónicos judaicos em que de uma virgem nasceria o Emanuel ou "Deus comnosco" (Isaías 7:14). E da mesma forma que o poder de Deus operou o impossivel também operou a ressurreição de Jesus Cristo após ter sido morto na cruz como profetizado (Isaias 53). E aqui realmente será uma questão de fé ou incredulidade, crer nas doutrinas apregoadas pelo homem ou na doutrina pregoada pelo Senhor. Nosso Senhor deu-nos as escrituras para aprendermos os seus caminhos. Nota final: "até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo;
    para que não mais sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela fraudulência dos homens, pela astúcia tendente à maquinação do erro;
    antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,"(Efésios 4:13-15)

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    1. O que diz é um embuste! É uma fábula cristã!

      Aliás é isso que distingue um embuste de uma simples burla. Um embuste é alargado na sociedade, bem estruturado, inserido, com obra publicada e diversos opinadores sérios sobre o mesmo. Mas não deixa de ser um embuste.

      A razão psicoevolutiva é simples de entender. Através da evolução, para evitar o incesto que é prejudicial à espécie, e moldado pela seleção sexual e natural, pois as crias de incesto têm por vezes problemas congénitos graves, a nossa mente, através da psicologia evolutiva, faz do sexo dos nossos familiares mais próximos (pais e irmãos, normalmente), matéria tabu. Consegue imaginar como você foi concebido? Refiro-me à cena da cópula? Custa-lhe, intelectualmente, mentalizar-se sobre tal ato sexual, porque lhe causa natural repugnância psicológica. Essa repugnância foi o resultado da evolução para evitar o nefasto incesto, visto que, como explicado, as relações incestuosas resultaram em indivíduos menos aptos (a seleção natural e sexual escolhe os mais aptos e não os mais fortes, como certas pessoas erradamente julgam).

      Assim, sendo a Maria a mãe de Jesus e concebida pelo Espírito Santo, é natural que a santíssima trindade represente a própria familia cristã: 1) Pai, 2) Filho, e 3)Aquele que concebeu o Filho (espírito santo), ou seja Maria. E por conseguinte é impensável para a comunidade cristã, imaginar que Maria, "a sua mãe", ou "avó", visto que Jesus e o Pai são a mesma entidade metafísica, tivesse efetuado um ato sexual para que pudesse gerar Cristo. Da mesma forma que é inconcebível para você, imaginar que a sua mãe copulou para que você tivesse nascido. E mais inconcebível é, imaginar como a sua avó concebeu para que a sua mãe tivesse nascido, porque no caso de um parente direto em segundo geração, há uma dupla repulsa, a repulsa do incesto e a repulsa sexual por indivíduos mais velhos (esta que também tem origens na evolução, visto as pessoas mais velhas são menos fecundas ou mesmo inférteis).

      Regendo-me eu pela Razão e pela Ciência, tenho pois a informar-lhe que neste blogue, tento procurar a Verdade, através da Ciência, e por conseguinte, devo informar-lhe que o que relatou no seu comentário, não passa de uma fábula cristã, como tantas outras que existem no mundo religioso e pagão, como o Pai Natal (papai Noel) ou as cegonhas que trazem os meninos (porque não se pode explicar aos meninos o que é o sexo, pois não têm maturidade sexual para o compreender).

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