O bastonário da galp, arrotou ao país



Domingos Azevedo, o calvo e troglodita nortenho que comanda as contas da Ordem dos técnicos que ao que parece, não sabem fazer contas, foi ao programa da Fatinha, contestar "bibamente o goberno contra a Fiscalidade Berde". O cavernícola do Azevedo refere em voz alta, vociferando uma anormalidade numérica por cada meia-palavra que arrota, que "ninguém bai largar o carro e andar a pé", mesmo considerando que a maior causa de morte em Portugal é o sedentarismo que ceifa a vida a 120 mil portugueses por ano através de doenças cardiovasculares. Este quadrúmano que dirige a ordem dos TOC desconhece ainda que matematicamente 150 milhões de euros obtidos pela fiscalidade verde, dão para baixar apenas 1,25% do IRS, considerando que a receita de IRS ronda os 12 mil milhões de euros, ficando assim demonstrado que o pseudo zelota fiscal ainda se encontra na fase de desenvolvimento australopiteca no domínio da abstração matemática. Este bubão sifilítico da oratória, refere em acréscimo que "ninguém bai largar o automóbel para andar de belocípede" porque "a economia é muito fácil, é como o médico que recebe o diinhéiro, paga as díbidas, e o que sobra no bolso é que é importante". 

O quadrúpede montanhês esqueceu-se todavia de se indignar contra o facto de os portugueses pagarem taxas de IRS que atingem o confisco fiscal, como nunca antes observado na história da República. Os camelos dos trabalhadores - os que ainda têm trabalho - já pagam por ano em impostos do seu trabalho, leia-se IRS, 12 mil milhões de euros, que já representa um terço de toda a receita fiscal, em impostos diretos e indiretos, desconsiderando contribuições para Seg. Social e CGA. Esta brutalidade confiscatória, parece não incomodar muito o primata que dirige a ordem dos TOC; já todavia considerou um escândalo "o goberno taxar os sacos de plástico".

Da Liberdade de Expressão e dos seus paradoxos ocidentais


Apesar de ser um fervoroso defensor da Liberdade de Expressão, tendo tido por conseguinte no exercício dessa Liberdade com fins satíricos, um processo criminal, interessa todavia analisar algumas incongruências na forma como a sociedade ocidental encara esta questão ontológica.
  • Na Alemanha, como no Brasil, ler o Mein Kampf ou usar a suástica em espaços públicos, é proibido por lei,
  • na Alemanha esticar o braço direito com a mão estendida, como forma de expressão, mesmo que artística, é proibido por lei,
  • na maioria das monarquias ocidentais, é proibido por lei ofender os monarcas,
  • nas repúblicas, mesmo na Portuguesa, ofender o Presidente, ou outros símbolos nacionais, mesmo que de forma artística, está proibido pelo código penal,
  • na própria França, as mulheres não têm a liberdade de escolha para usar burka;
  • na França, não há a liberdade para se usar crucifixos nas escolas públicas,
  • em Israel, é proibido por lei ouvir Wagner,
  • a associação portuguesa que defende os homossexuais pensou processar Quim Barreiros por este ter criado uma música com uma letra homofóbica,
  • expressões anti-semitas são puníveis por lei, numa série de países da cultura ocidental,
  • o código penal em Portugal, preconiza a injúria e a calúnia como crime, mesmo que seja exercida como forma de liberdade de expressão,
  • nos EUA, liberdades de expressões artísticas como dançar em frente a monumentos nacionais, está proibido por lei,
  • o código de direitos de autor (está para mim das mais gritantes) proíbe alguém de usar o trabalho de outrem, alterá-lo, satiriza-lo, ou humilhá-lo, para fins artísticos derivados.
  • um dos jornais portugueses que mais advoga a Liberdade de Expressão, o jornal Público; é o que coloca regras mais restritivas à publicação de comentários por parte da comunidade, interditando certos verbetes do dicionário nas suas caixas de comentários, considerando ainda intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos e homofóbicos.
O que são a calúnia e a injúria, senão na realidade um exercício de Liberdade de Expressão? Claro que injuriar e caluniar ofende; mas também não ofende um desenho do Profeta, toda uma comunidade muçulmana? Podemos então começar a distinguir no exercício da Liberdade de Expressão, o que incita ao ódio ou à violência, com o que é puramente uma expressão artística ou ideológica.

Concluindo, o raciocínio ontológico é simples. No exercício da Liberdade de Expressão, do ponto de vista legal deve valer tudo; ofender e chamar os nomes mais escatológicos às entidades e valores que consideremos mais sacros, ofender as mais altas figuras do Estado ou da Igreja, ou humilhar os valores da República ou da Monarquia; não havendo todavia nesse exercício de expressão lugar ao incitamento aos crimes de sangue ou à violência física. Não quer dizer que concorde com a ofensa ou a humilhação artística, longe disso; não defendo é que deva ser considerada crime à luz da Lei.

Ter opiniões homofóbicas ou anti-semitas não é crime; desde que estejam nos limites do não incitamento à violência contra estas minorias. O mesmo com negros, brancos ou amarelos; mulheres ou homens. Ofende? Claro que sim; mas as caricaturas do Profeta também ofendem muitos muçulmanos, e não deixa de ser por isso que não criticamos de forma veemente qualquer ação violenta por parte daqueles que se indignam contra o exercício dessa mesma Liberdade de Expressão.

Da Verdade e da Emoção


Um dos fatores que mais deturpa a razão pura e a capacidade analítica das decisões do Homem, é a deturpação emocional dos factos. Tal não quer dizer que nos devamos tornar desumanos ou friamente calculistas. O Humanismo está no atravessamento de todos os graus de Liberdade do hiperespaço que constitui as nossas vidas, sem todavia violarmos as zonas proibidas. Os Dez Mandamentos, grafados nas tábuas de Moisés, que o Alcorão tanto cita, são um bom exemplo dessa limitação. Assim, como muçulmano radical que sou, pois defendo a guerra santa contra o grande satã sediado no novo mundo, repudio de forma veemente qualquer ataque a vidas humanas, sendo eu, filósofo sufista, um fervoroso seguidor da Carta dos Direitos do Homem. Quero aqui também publicamente, prestar os meus maiores sentimentos aos familiares e amigos dos membros do jornal francês, pois aquilo que foi feito contra a equipa jornalística desse jornal satírico, é extremamente repudiante e intolerável. Os responsáveis morais por esse ataque, deverão ser punidos pela justiça francesa de forma exemplar.

No hiperespaço da vida tudo nos é possível menos as zonas proibidas. Podemos dizer a um vizinho que o amamos ou odiamos, e todavia poucas pessoas alguma vez chegam a um extremo destes no eixo vivencial das suas relação com o vizinho. Na rua próxima àquela onde habitamos, temos a liberdade de visitar todos os restaurantes e escolher todos os diferentes menus, e todavia por tradição restringimo-nos ao mesmo restaurante e ao mesmo menu. Há milhares de cidades no país em que vivemos e quando viajamos vamos por norma aos mesmos locais. Um hiperespaço é na realidade, do ponto de vista matemático, um espaço com muitas dimensões. Aplicado à nossa vida, se a cada variável ou eixo, atribuirmos uma profissão, uma relação pessoal, um local para habitar, uma pessoa para amar ou um item para comprar, apercebemo-nos que a multitude de opções é infinita. Nesse hiperespaço poderíamos colocar-nos num qualquer ponto, ou seja, viver num qualquer local dentro do nosso continente, escolher de entre os habitantes do país para amar, uma língua para aprender, ou das milhares de profissões por escolher; todavia restringimo-nos ao espaço limitado e fechado – definição matemática – do utilitarismo em que convertemos o nosso dia-a-dia, ou seja, a clausura está dentro de nós. E por vivermos em frustração e ansiedade por não nos libertarmos do cárcere vivencial, vamos tantas vezes violar as zonas sagradas como forma de escape ou de purga sentimental. Matar um próximo, violentar alguém, tratar mal um animal ou ser agressivo para com um inocente, seja porque motivo for, é violar uma das regras mais basilares, sacrais e fundamentais das relações humanas, independentemente da cultura ou povo, pois Ele quer que prosperemos.

Balança comercial deteriora-se devido à venda de veículos


Noticia o jornal Público que o número de venda de veículos ligeiros de passageiros - todos totalmente importados - cresceu 36% em 2014 face ao ano de 2013; tendo esse acréscimo sido de cerca de 37 mil unidades em 2014 a mais que em 2013. A um preço médio aproximado (apenas uma estimativa empírica) de 13 mil euros por veículo novo, desconsiderando impostos, temos apenas nesta parcela uma contribuição negativa para a balança comercial de cerca de 480 milhões de euros. Fica então explicada, também a outra notícia do Público, que refere que nos primeiros dez meses de 2014 o valor do saldo da balança comercial passou de 1260 para 694 milhões de euros (diferença de 566 milhões de euros) "por causa da subida das importações"; ou decifrando, por causa do aumento do número de novos veículos vendidos.

A equação macro-económica que os nossos políticos e economistas precisam de decifrar é simples. Queremos promover o crescimento económico e aumentar as receitas fiscais, financiando assim o Estado Social, unicamente através do consumo de bens unicamente importados, que por sua vez consequentemente agravam o nosso défice externo e deterioram a nossa balança comercial?

Na chamada década perdida (2000-2010), em que tivemos um crescimento médio de cerca de 0,2% do PIB, o número da venda de veículos não parou de sucessivamente aumentar a cada ano.