A Afonso I de Portugal

Em Guimarães, foste nascido
Deste luz à iniciação
Fundaste um estado, a Criação
e por tua mãe, foste ofendido

Na Cruz de Cristo foste fundido
Ergueste a espada, com a destra mão
e geraste um reino, uma nação
e pelos teus homens foste seguido

Em Zamora, puseste a cruz
da Santa Sé, leste o missal
a tua coroa emana a luz

que irradia o verso fundamental
removeste-me em tempos o capuz
Afonso! Fundaste Portugal!



Depois de ti, novos reis seguiram
O Quinto Império nasceu
Ergueste o véu, quebraste o breu
Novos povos, em ti surgiram

E novos heróis se inspirariam
no teu escudo, no Apogeu
do berço do Império que sou eu
que escreve o Verso, que eles não queriam

Afonso, foste o homem que me germinaste
oito séculos depois de ti
Ergueste a espada, ergueste a haste

com a qual o Demo eu combati
rompeste o hímen, com Deus casaste
Criaste o Império onde nasci!



Cunhaste o sacro magistério
em Além-Tejo, és soberano
grafas o Verso, do poeta insano
que em ti revê o sangue etéreo

Entre nós, está um Império
Tu és o Rei, eu sou mundano
Tu és o sacro, eu sou profano
que habitamos o reino hespério

Fundei a Letra, fundiste a espada
que esta nação com ferro se fundeou
Ergueste o escudo, soltei a amarra

que a nobre pena libertou
Emprenhaste-me a lírica garra
que o meu génio em ti visou



Com quais sentidos eu te revejo?
Sou teu servo, ó Conquistador
Por ti passei além da dor
enquanto cruzavas Além-Tejo

Não tiveste pudor, ou pejo
Cingiste-te ao teu Senhor
A Deus, ao Papa, ao nobre Amor
para fundar um reino egrégio

Em Ourique sais vencedor
Em São Mamede triunfaste
Colheste do Clero, o seu Louvor

Em Zamora, consagraste
1143, sei-o de cor
Foste tu que me criaste.



Nasce de novo, porque és bem-vindo
Ó Afonso, que foste o primeiro
que plantaste o mar cimeiro
e que fundaste um país lindo

Foste ungido com o escudo trino
que desta nação, foi pioneiro
Homem da paz, ou só guerreiro
Afonso, és o meu amo que deslindo

Escrevo o sangue que derramaste
na senda pela guerra triunfal
oiço os berros, de quem mataste

com a esquerda mão, deste o sinal
Escrevo no reino que germinaste
ó Afonso Primeiro de Portugal!

Um pequeno conto no dia de greve

O António, 34 anos, é licenciado há dez anos na área das letras, mora em Vila Franca de Xira ainda em casa dos pais, pois as rendas estão caras e a compra de habitação nova é praticamente impossível, trabalha em Lisboa numa pequena empresa e ouviu falar da greve de dia 24 pelo jornal gratuito que lê no comboio. O ordenando do António é de 400 euros por mês a recibos verdes, sem pagar quaisquer descontos para a segurança social ou fazer quaisquer retenções na fonte de impostos, tendo de no final do ano ainda de pagar taxas. O horário do António é flexível, ou seja, trabalha oito horas divididas em três períodos diferentes entrando às 9:30 e saindo às 20:00. Da última vez que perdeu o emprego não lhe deram subsídio de desemprego e esteve sete meses à procura de trabalho sem qualquer mensalidade ou prestação, e da outra vez que ficou doente, não recebeu qualquer abono ou prestação por doença. Nunca na sua vida, enquanto trabalhador recebeu quaisquer subsídios de férias ou de Natal, e quando falta duas semanas por ano para ir com os pais para a terra da mãe, recebe metade do ordenado.

O Saraiva tem o 12º ano, é maquinista da CP há quinze anos e faz parte do sindicato, não conhece, nem nunca ouviu falar do António, é apenas mais um desconhecido. O Saraiva, ganha dois mil euros por mês limpos, já com os descontos avultados que a empresa paga à segurança social e com os montantes avultados que a empresa retém em impostos que o Saraiva receberá no final do ano, sendo que tem direito a todas as benesses e a todas as regalias de qualquer trabalhador com contracto sem termo. O Saraiva tem as viagens gratuitas para si e para os seus, tem os filhos a estudar em colégios particulares, tem um BMW série 3 e tem a casa quase paga e todos os anos passa férias no Algarve com a família num condomínio privado. O Saraiva trabalha em média seis horas por dia e chega a ter por vezes trinta dias úteis de férias por ano.

O António, que nunca teve direito a férias pagas, para ir trabalhar apanha o comboio das 8:43 todos os dias para Lisboa. Há uns meses o seu passe mensal da linha do norte nos suburbanos foi severamente aumentado e leu no jornal que o ministro da tutela havia dito que tal se deve ao passivo colossal das empresas de transporte. No dia de greve, o António, cujo passe que comprou teoricamente daria para todos os dias do mês, juntar-se-á mais quatro amigos e irão de táxi para Lisboa, ficando a 10 euros a cada um, tudo porque o Saraiva que conduzia o comboio das 8:43, assim como os seus colegas, farão greve e estarão no Rossio a gritar “Mais direitos e mais salários!”

A empresa onde trabalha o António dá lucro, e muito à custa do trabalho empenhado e dedicado do António e seus colegas, a empresa onde trabalha o Saraiva dá prejuízos abismais e consegue manter-se pois compensa as dívidas em parte, com os impostos que paga a empresa do António. No dia da greve, que por coincidência é o dia em que o António tem uma entrevista de emprego para um trabalho um pouco melhor, os cinco colegas que vêm de táxi, onde o António se inclui, ficaram na zona da Estrela, pois trabalham todos nessa área geográfica.

O António, que raramente vestiu fato, fê-lo nesse dia para a entrevista na empresa que ficava na rua de São Bento. O António, que não conhece bem a zona, desce a Calçada da Estrela, e para se dirigir até ao local da entrevista, passa acidentalmente pela escadaria da Assembleia da República. O Saraiva, que para a zona já se tinha deslocado em protesto pela aprovação do orçamento de estado, que lhe cortará os subsídios extraordinários e avultados que tão copiosamente gasta em electrodomésticos importados, ao ver o António aprumado, a passar na escadaria do Parlamento, e exuberado pelas emoções da luta sindical, grita “Ladrão! Ladrão!”. As massas incendiárias, ao verem um homem tão aprumado em frente ao Parlamento, e sequiosas de vingança, correm para o António para o linchar. A polícia ao se aperceber acorre ao António, mas o Saraiva que quebra o cordão policial, esmurra-o e grita-lhe bem alto provocatoriamente “Capitalista!”. Fica com ferimentos ligeiros e vai ao hospital para ser tratado, cujas urgências estão num caos devido à greve. Chega a casa à uma da manhã, depois de pagar 50 euros de táxi, faltou à entrevista e perdeu a oportunidade de um trabalho um pouco melhor, sendo que as condições eram apenas ligeiramente superiores às actuais.

No dia seguinte, voltou a apanhar o comboio das 8:43 conduzido pelo Saraiva, que por sinal não perdeu qualquer vencimento devido à greve, pois o sindicato dos maquinistas pagou o dia de greve aos seus associados; entrou o António na carruagem apinhada de gente e foi desconfortavelmente em pé, pressionado pelos outros passageiros, aliás como todos os dias, durante 30 minutos até Lisboa. Chega ao trabalho e o patrão diz-lhe: “Faltou ontem, não foi António? Fique sabendo que aqui não se pratica o laxismo da função pública. Nesta empresa só queremos pessoas dinâmicas, empenhadas e trabalhadoras. A sua atitude é incompatível com os valores da nossa empresa. Está despedido!”

Considerações histórico-filosóficas sobre a usura

Meus caros, o estado é pródigo nos ordenados milionários e nas regalias faraónicas eternas e sem condicionalismos socioeconómicos que confere aos seus bem-fadados, tal já é sabido, o sector público é profícuo em benesses imperiais que concede aos seus funcionários e sem quaisquer géneros de contrapartidas, e os casos mais gravosos nem sequer são na administração central nem nos institutos, mas são-no sim nas empresas públicas. Ora vejamos, a CP e o Metro de Lisboa ou do Porto, assim como a Carris, STCP e outros derivados na área dos transportes têm um passivo da ordem dos 17 mil milhões de euros, e os proxenetas que lá trabalham passam a vida a reivindicar e a fazer greves, esquecendo-se que as novas gerações à rasca, têm de se contentar com 500 euros a recibos verdes.

Pois alguém se esqueceu que há aqui um fosso geracional deveras sem paralelo que começou com os arautos mensageiros da liberdade seguidores doutrinários de Marx e de Lenine, que em 1974 fizeram uma revolução. O Velho, que liderava o estado a que chamavam de Novo, tinha o país na miséria onde as crianças iam descalças para a escola, tendo o país apenas uma auto-estrada entre Lisboa e Vila Franca; depois vieram os indignados que fizeram a revolução dos cravos e que se apoderaram do poder e colocaram-nos no estado que temos, terciarizando completamente o tecido económico e empresarial. Ou seja, definhámos a indústria, esquartejámos todo o nosso sector produtivo com o 25 de Abril, o povo já não queria trabalhar nas fábricas e moveu-se para os escritórios e para os bancos, querendo obviamente todos melhores salários e mais direitos, depois veio a União Europeia que deu a machadada final nas pescas e na agricultura; agora compramos fruta e pescado aos espanhóis, os telemóveis – dizem as estatísticas que somos dos países com mais telemóveis por habitante – compramo-los aos finlandeses e a aos coreanos, os carros aos alemães e aos franceses e vamos oferecendo turismo para os reformados europeus se refastelarem nas nossas praias. Com o 25 de Abril, passámos do miserabilismo salazarista ao novo-riquismo socialista. Antes gastámos muito menos do que tínhamos, e tínhamos muito oiro no banco central e o país estava na miséria agarrado aos pilares sacrais da Santa Sé e da nossa senhora de Fátima, com muita da população analfabeta e com cuidados de saúde paupérrimos; depois da revolução, gastámos muito mais do que podemos, e se não temos, pedimos emprestado que paga-se depois; queimámos o oiro, que o Velho guardou tão copiosamente, em frivolidades e em inutilidade como auto-estradas para cada cidade, em formações e subsídios inúteis, e demos regalias faraónicas aos funcionários das empresas públicas. Se não temos dinheiro, pede-se emprestado que haverá sempre algum usurário predisposto a ganhar dinheiro com o país.

Mas no outro dia vi uma cena em sonhos em que perguntava um jornalista cineasta com uma veia pseudo-artística a uma velhinha de rua:
– “Minha senhora, poderá dizer-me por favor no seu entender, qual a diferença entre uma pessoa interesseira e uma pessoa interessante?”
E a velhinha na sua ingenuidade popular, responde:
– “Uma pessoa interesseira não interessa a ninguém pois faz tudo por interesse, e uma pessoa interessante é alguém que dá prazer ouvir e que fala muito bem.”

Pois a mesma pergunta, feita a um filólogo professor universitário, tem a seguinte resposta:
– “Tal pergunta, remeter-nos-ia para as questões etimológicas dos termos e como a língua portuguesa obtém certos derivativos nos seus sufixos, mas pode claramente afirmar-se que presentemente todos os dicionários referem que uma pessoa interesseira é aquela que pratica interesses, ou seja, que cobra juros no empréstimo de dinheiro, e uma pessoa interessante, é alguém que manifestamente tem dotes intelectuais que cativam o interesse dos outros.”

Pois é meus caros, a língua portuguesa é douta nas suas idiossincrasias, mas curiosamente há muitos paralelos entre os ideários dos comunistas e os da visão cristã medieval em relação ao capital e à cobrança de juros, tecnicamente denominada por usura. Leiam atentamente este texto retirado de Ricardo J. F. Ferreira, num trabalho denominado “O Dilema ancestral dos juros”.

“Nem sempre prevaleceu na sociedade ocidental, tal despudor com relação à cobrança de juros. Pelo contrário, a cultura ocidental, em seus fundamentos greco-romanos e judaico-cristãos foi, na maior parte dos três últimos milénios, bastante restritiva e intolerante para com o conceito de juros e com a sua aplicação. Nesse amplo espaço de tempo, filósofos, economistas, juristas e religiosos de variadas orientações, têm se pronunciado em debatida e acalorada controvérsia. Essa controvérsia não se limitou à maior ou menor dimensão das taxas cobradas de juros, mas à própria legitimidade moral da aplicação desse procedimento. A importância da religião no contexto histórico, em todas as partes do mundo, tem assegurado às igrejas e templos uma precedência relevante para orientar o estabelecimento e prevalência de normas sociais. Isso tem sido aplicado, obviamente, também na cobrança de valores por dívidas, vale dizer, pela cobrança de juros. E, consoante à tradição cristã, historicamente predominante na civilização ocidental, foi generalizada a proibição da cobrança de juros. O cristianismo, mesmo inspirado na tradição judaica, evoluiu como uma dissidência, e modificou a normativa prevalente entre os judeus quanto à cobrança de juros. A determinação da moral judaica proibia a prática de juros nos negócios entre judeus, mas permitia a sua cobrança nos negócios entre judeus e gentios. Porém, a tradição cristã, passou a condenar a cobrança de juros de forma generalizada. Assim, desde os primórdios, a igreja cristã tem condenado a usura, ou seja, a cobrança de juros de todas as formas. Acreditasse que a generalização da condenação à cobrança de juros estaria associada à crença cristã de que a salvação deixara de ser uma prerrogativa apenas dos judeus, “povo eleito de Deus”, para ser estendida a toda a humanidade. Quebrada essa fundamental distinção teológica, na concepção cristã não se justificava tratar desigualmente cristão e gentio e, portanto, a prática da usura, ou seja, a cobrança de juros seria considerada “pecado” independente de quem fosse o mutuário de um empréstimo. A condenação à usura, tornou-se especialmente disseminada na Europa durante a Idade Média, período no qual a Igreja Católica Romana exerceu uma influência política e cultural sem contestação. E a posição da Igreja Católica Romana, prevalente no período medieval até o final do século XIX, foi de condenação veemente ao que considerava ser o “pecado da usura”. Nas palavras atribuídas a Santo António de Lisboa (1195- 1231) pode-se perceber toda a veemência dessa condenação:

“Que sumam da terra os gananciosos, porque esses se tornaram malditos ao não se curvarem diante de Deus e não se compadecerem de ninguém, exibindo, em suas bocas, presas como as dos leões, mas que fedem apodrecidas, embebidas no veneno do dinheiro e no esterco da usura.”

O catolicismo tem condenado a usura argumentando que a cobrança de juros é exercida mediante o decorrer do tempo e dele depende. Ora, como o tempo não pertence a ninguém, somente a Deus, não se justificaria usá-lo para aumentar o valor do dinheiro emprestado, cobrando juros sobre esse valor. Também, ao afirmar que somente o trabalho pode gerar riqueza sendo o dinheiro (capital) incapaz de gerá-la. Portanto, o eventual excedente representado pelos juros e adicionado ao dinheiro emprestado teria se originado do trabalho executado por quem tomou empréstimo, não se justificando a sua destinação ao dinheiro originalmente emprestado que deveria ser devolvido sem a cobrança de juros. Ainda, a argumentação postulada pelo religioso Tomás de Aquino (1225-1274), canonizado como santo pela Igreja Católica Romana apontava a usura como uma operação carente de lógica, pois, o dinheiro do credor (aquele que empresta) passaria a ser de propriedade do devedor (aquele que toma emprestado) e somente voltaria a ser de propriedade do primeiro após o decurso do prazo da operação. Portanto, como alguém deveria pagar juros pelo uso de um bem que seria de sua propriedade? Essa “teoria da propriedade” do dinheiro incluía-se no arsenal de razões desenvolvidas pelos intelectuais católicos para sustentar a condenação da usura.”

Pois é, a prática de cobrança de juros, que hoje é considerada banal, foi em tempos um pecado condenado pela Santa Sé, pois assim são todos os bancos pecadores pelo empréstimo de dinheiro a juros, e nomeadamente os grandes bancos alemães pois andaram a emprestar dinheiro e países em dificuldades como a Grécia ou Portugal. Não quer isto dizer que a Santa Sé considerava pecado o empréstimo de dinheiro, considerava pecado sim, a cobrança de juros no empréstimo de dinheiro que se fazia a alguém, pois o credor estaria a lucrar com as dificuldades financeiras do devedor. Mas quão engraçado é asseverar os paradoxos crassos dos católicos modernos, pois estão tão completamente envolvidos nestas áreas do capital e dos negócios dos bancos, que é interessante asseverar que muitos católicos modernos são mais usurários do que o que foram em tempos muitos judeus. Basta atestarmos as lideranças de muitos bancos nacionais.

Mas remetamo-nos à epígrafe da questão, pois o estado português endividou-se bastante junto de usurários para sustentar as grandes benesses dos trabalhadores das empresas públicas, mais precisamente a companhia aérea nacional que está inundada em dívidas que são arcadas pelo erário público. Refiro-me agora aos proxenetas, aos chulos da aviação que são os pilotos da TAP. Esses proxenetas, que tiram em média 19 salários mínimos para casa (fonte do Diário Económico), que todas as fontes jornalísticas referem que ganham cerca 8600 euros por mês, numa empresa afundada em prejuízos, agendaram mais uma greve generalizada para vários dias provocando na empresa prejuízos na ordem dos 5 milhões de euros por dia. Os chulos da TAP, leia-se pilotos, que por terem um ofício com muita responsabilidade e por terem pago muito dinheiro pelo curso, acham agora que podem extorquir o erário público, com os salários milionários que auferem; e quando a coisa não lhes vai a eito, fazem greve provocando graves prejuízos na companhia aérea. O jornal Público, refere hoje, na página 22, que os pilotos pretendem fazer greves nos dias 9, 10, 11 e 12 de Dezembro deste ano de 2011, e ainda nos dias 3, 4, 5 e 6 do próximo ano, altura em que a companhia aérea nacional tem um grande volume de negócios devido às festividades da época. Os chulos, os proxenetas, leia-se pilotos, acham que podem deixar de trabalhar quando lhes apetece e mais lhes convém e porque têm a faca e o queijo na mão da companhia, podem reivindicar o que lhes aprouver, mesmo que tal coloque em causa a sanidade financeira da empresa, cujos prejuízos caem em cima do povo português que paga impostos e que lhes paga o ordenado. Os chulos, que afirmam que pagaram muito pelo curso e agora querem ver retorno, esquecem-se que não vivemos nas terras do tio Samuel em que os cursos universitários são pagos a peso de ouro numa óptica mercantilista e capitalista sem precedentes, e que posteriormente há que ganhar o máximo dinheiro que se possa, nem que se tenha de chular a prostituta chamada república portuguesa. Os chulos, leia-se pilotos, não têm tento, nem consideração para com o povo que ganha 800 euros de salário médio e que paga os impostos que lhes sustentam os ordenados faraónicos. Os chulos da aviação, leia-se pilotos, acham que nasceram com mordomias aristocráticas, quais burgueses feudais da idade média, e que têm direito natural a poder mamar do erário público 19 ordenados mínimos, quando o ordenado médio da população é cerca de dois ordenados mínimos. Esses chulos que alegam que pagaram muito pelo curso e que têm de ter muitas horas de voo em aviões que têm de alugar e que tal sai caro, acham agora, porque fizeram um grande investimento na carreira, que podem chular exorbitantemente o estado e todos nós, sendo que um dos argumentos usados pelos chulos é de que têm um trabalho com muitas responsabilidade. E um condutor de autocarro de crianças de escola que ganha 600 euros por mês? E um médico que está de banco que ganha 10 vezes menos que os chulos? E um investigador na área dos mediamentos anti-virais? E um primeiro-ministro? Mas os chulos, leia-se pilotos, acham que o povo e a sua prostituta chamada república portuguesa devem trabalhar incansavelmente e até à exaustão, sendo totalmente definhada, para saciarem os seus ímpetos burgueses e aristocráticos.

Lembremo-nos que os chulos, e refere hoje o jornal Público, já fizeram uma greve em 2007, para manter a idade de reforma nos 60 anos, ao contrário do “povão” que tem de se contentar com os 65, e conseguiram o que queriam, em 2009 fizeram outra greve onde reivindicavam a partilha dos ganhos de produtividade da empresa, e lá lhes deram o que queriam, ou seja 4 milhões de um bolo total de 8 milhões de euros e em 2010 os chulos voltaram a convocar outra greve na altura da Páscoa e mais uma vez a empresa cedeu às suas reivindicações. Os chulos têm muitos nomes, um deles é piloto da TAP.

Pois é meus caros internautas, os meus queridos familiares mais jovens, pessoas eruditas e qualificadas, que também fizeram um grande investimento financeiro e pessoal no curso superior com largos anos a estudar e a pagar propinas, que agora entraram no mercado de trabalho, fazem parte da geração à rasca, ou seja, ganham 500 euros a recibos verdes numa precariedade inaceitável e inqualificável sem quaisquer regalias, benesses ou subsídios; e os outros, com o rabo agrafado à cadeira com um estatuto estatal inabalável, e com ordenados ofensivos à dignidade humana lusitana, ainda ousam indecorosamente e sem qualquer vergonha nas ventas, fazerem greves que causam graves consequências para as empresas públicas de que todos nós somos detentores.

Até quando durará o saque dos pilotos da TAP ao erário público?

Fonte dos dados: Jornal Público (pág. 22 do dia 17/11/11) e Diário Económico na seguinte página

A anatomia da Europa

A Europa, essa bela dama deitada
apoiada sobre os Urais
ao novo mundo acorrentada,
o seu ventre é a Alemanha
a França e a Espanha
são os seus seios sacrais

Um antebraço é a Grã-Bretanha
sendo o punho a Irlanda,
a Ibéria é quem comanda
esta nau continental
cuja nobre façanha
é tão-somente
cumprir Portugal

A Itália é um membro superior
A axila é o Adriático
E lá ao fundo para lá da dor
está a Rússia no amor freático

Uma nádega está nos Alpes
a outra nos Pirenéus,
as duas, que as apalpes
para descortinares os véus
que farão com que a Sua volúpia
te eleve aos céus!

A Polónia é uma filha voluptuosa
A Lituânia é uma perna carnuda
Malta é só uma miúda
irreverente a airosa

O leito da luxúria é o Mediterrâneo
África é a sua amante
viçosa e escaldante
e o Nilo é o canal
vaginal
do prazer momentâneo

O Bótnia é uma lágrima
Os Balcãs são uma anca
A outra é a Escandinávia
uma dança, a outra manca

A Hungria e a Eslováquia
são o sangue que a percorre
A Áustria é a libido
que através do Danúbio
do seu corpo escorre

O Tamisa e o Sena são as veias
O Reno e o Meno, as artérias
Na Bielorrússia calça as meias,
na Córsega e na Sardenha
inspirada pela Alemanha
revê as nobres matérias
e usando a pena,
na Grécia onde escreve,
chama-se Helena!

Na Ucrânia abre-se a Eros
percorrendo a Floresta Negra
dá uivantes gritos sinceros
pois dá prazer a quem lhe pega
é um erecto dedo errante
vindo da vontade trespassante
da curvatura continental.
Esse amante
é Portugal.

A Holanda é uma virilha tenebrosa
A Dinamarca é o seu falo
A Finlândia é uma mama airosa
e a Suécia é um regalo
O umbigo é o Luxemburgo
tríptico linguístico de uma fonte tão tesuda
A fonte de tesão
é Amesterdão

A Roménia é o coração
que pelos ímpios se apaixona
A Bulgária é a esquerda mão
que em Cirílico escreve
todos os tratados
de Roma

A Europa é uma musa adormecida
É uma deusa continental
No calcanhar pelos arautos do tio Sam,
ferida
vingar-se-á por Portugal

Poemas límpidos e altivos

E os mares que correm para os rios
E os homens que amam mulheres
Os jovens quentes, ficam frios
Ama-me se me quiseres

O mar ao fundo é tão nobre
É um mar azul e tranquilo
É o mar que as lágrimas cobre
É um mar que entra no Nilo

O mediterrâneo é tão claro
E o Bótnia é tão frio
Amores no Báltico é tão raro
No Tejo, nado, corro e mio

A música é cristalina
e as ondas tão puras
Olhei-te Catarina
nas Inglaterras tão escuras

E o mar é tão salgado
O Infante salvar-me-á
Sou um homem belo e regrado
Que a besta derrotará

E a música é azul
O mar é vermelho
O céu é negro
O sangue é um espelho

Teclo com vida salubre
Roo cenouras laranjas
Engulo vida austera
O peixe, quando mo amanhas?


A livre liberdade é uma catedral
que se ergue aos céus como uma criança
que canta. Ouves os sonhos de quem dança?
Paris, cidade tão bela e tão noctívaga
Londres, tão fria e tão sombria
Madrid, tão alegre e tão vivida
e o Castelhano tão claro e tão vivaz
sou o homem que fala e que te faz
que te cria e que te engrandece
sou o homem que cria, que ama e que entristece

Paris, cidade tão louca para amar
para no Sena navegar
para até Londres caminhar
e para em Lisboa me encontrar
pelos mares do sul
pelo oceano azul

Vejo-te Rosalinda, tão bela e tão pura
Pseudónimo para Nádia, que candura!
Vejo-te Filipa de Lencastre
És a mulher que amaste
João I de Portugal
que degeneraste o sacro missal
que leio todos os dias
como uma regra da Ordem
que me fará derrotar as bestas
que tudo julgam que podem

Mas Deus criou a terra e os mares
criou o cosmos e os planetas
criou-te para me amares
para comigo pelo mundo vagares
para descortinares
e comigo descodificares
as pedras de Rosetas

O mundo é nosso, e somos livres
somos homens-livres
electricistas-livres
canalizadores-livres
programadores-livres
pedreiros-livres
escritores-livres
filósofos-livres
Poetas, livres e sãos
Meu povo, somos apenas irmãos

A irmandade criou-te, para derrotares o titã
aquele, que com o grito da ímpia irmã
te decretou a morte
ao norte

Mas tão bela é a rima
do iniciado luso
que perscrutou que ao norte
apenas encontrarias a morte
desses decretos holmienses
apoiados por americanizados
homens temerosos e terrificados

Paris é um menino belo
Londres é uma dama vadia
Madrid é uma pena fria
que escreve a castelhana melodia

Sois tu bela e serena
calma e morena
a mais bela deusa da noite
aquela que te vi nos sonhos
sou o urso que agarro os medronhos
madrilenos
serenos
para que a seiva do medronheiro se impregne em mim
elevo os espíritos de cetim
e Lisboa é tão imensa
tão propensa aos versos e às rimas
das doces meninas

Venham-se em mim donzelas
percorrei todas Frielas
e Loures e Louros
são todas tão belas
tão louras, negras e amarelas
asiáticas, africanas e escandinavas
são as moças que me lavam as mágoas
que encarnam na bela Nádia
a mais bela boreal águia
que nos céus voa
que não perdoa
e que me ama como quem ama um homem

Sou um homem, um Poeta homem

Carta reveladora aos povos e às nações

Caros concidadãos do mundo, escrevo-vos de Lisboa. O mundo mudou nestes últimos séculos a um ritmo alucinante, as tecnologias permitiram ao homem conceber toda uma série de panóplias por vezes fúteis e frívolas, outras vezes úteis para o conhecimento e para a ciência. O homem é o maior lobo do homem. Esquecei aquela literatura e cinematografia frívola norte-americanas que referem extra-terrestres a atacarem a raça humana, ou cometas que se dirigem para a terra ameaçando a sobrevivência do planeta e das espécies que nele habitam, e onde os americanos surgem resplandecentes para salvar a raça humana das ameaças que vêm do espaço, quando no presente momento eles são na realidade a verdadeira ameaça à liberdade e à raça humana. A ameaça não vem do espaço, nem do cosmos longínquo, vem da própria natureza humana, enquanto ser colectivo. O Homem sempre teve uma sede insaciável por poder e hegemonia, tal apresenta-se desde o ímpeto mais primário de procriação e domínios de território que se revelava de forma feroz há sete milhões de anos, quando o homo sapiens começou a sua evolução, com as lutas entre machos pelo controlo de fêmeas e território, até à forma mais complexa da era moderna com o envio de porta-aviões e bombardeiros para o controlo económico ou político de uma certa região. As ameaças à raça humana não vêm do espaço, nem do cosmos, nem da própria Natureza que nos acolhe no seu berço, a ameaça vem das sociedades secretas sediadas no país actualmente denominado por Estados Unidos da América, nação do terror. As suas seitas, as suas sociedades secretas, a sua hegemonia imperial, através das armas, do dinheiro e do terror, ditam aos outros o que estes devem fazer e como estes devem agir. Todas essas sociedades secretas estão hierarquizadas em torno de um chefe maior, sanguinário, terrorista, hediondo, a que eu apelidei de grão-vil. O termo remete-nos para outros dois termos, grão, prefixo usado nas sociedades iniciáticas para referir maior, ou grande, e vil, neste caso para referir maldade ou vileza, exactamente o oposto dos desígnios das sociedades secretas ancestrais que procuravam a perfeição do homem através do trabalho intelectual ou físico com uma índole filantropa.

O mundo mudou caros concidadãos do mundo, tornou-se mais adverso aos seres humanos que respeitam os desígnios de Deus, da bondade e do altruísmo. As seitas e as sociedades ou associações secretas, são na realidade a maior ameaça ao mundo livre, democrata e filantropo. No presente momento que vos escrevo, não há ordens nacionais, ou soberanias nacionais ou regionais, não há legislação nacional soberana, não há democracia, não há solidariedade e a televisão e as rádios estão todas controladas pelas mesmas seitas, de cariz maçónico e diabólico. Mas nem sempre assim foi meus caros, a índole maçónica primordial era verdadeiramente filantropa e benigna para o ser humano. Grandes homens da ciência e das artes eram mações, e quão belo é asseverar tal facto. Uma das maiores obras-primas da literatura germânica, Fausto, foi escrita pelo mação Goethe. Fernando Pessoa, um dos expoentes da literatura do século XX português, apesar de referir que não pertencia à maçonaria, defendia-a acerrimamente, e fê-lo em 1935 no Diário de Lisboa, aquando de um projecto de lei da Assembleia Nacional para banir as associações secretas. O que na realidade aconteceu, foi que as associações secretas foram com o passar dos tempos tornando-se cada vez mais sequiosas por poder e dinheiro, foram-se deixando corromper, foram largando os pilares estruturais e ancestrais, foram renegando os livros sacrais, dito de uma forma simbólica, foram corrompidas por Satanás.
A Santa Sé, Igreja Católica Romana, e de uma forma geral todas as religiões, sempre professaram a ideologia em que existia Deus, bom, caridoso, filantropo, todo-poderoso, que assegurava a ordem dos homens nos seus relacionamentos e das coisas e como o homem e a natureza interagiam; e na sua antítese, também todas as religiões, idealizam que existe o mal, o anti-cristo, a maldade, a inveja, a futilidade e a frivolidade, o luxo, a gula, a luxúria desmesurada, a ira, a vaidade, a preguiça, o poder desmesurado, e tirania ou o terror. A todos esses conceitos, os homens de fé englobam em algo que a crença popular dita por satanás. Na realidade esse conceito religioso ou teológico é apenas uma metáfora, ou uma parábola para definir aquilo que se veio a tornar a maçonaria contemporânea internacional. Todos os credos, e também a religião católica, saberiam que satanás, um dia haveria de se soltar e de se revelar verdadeiramente, tais preceitos estão plasmados nos estudos escatológicos da fé católica, no entanto os mesmos estudos preconizam que nessa altura, haveria de surgir o Bem-Vindo que salvaria o mundo do despotismo, do terror e da opressão. A esse Bem-Vindo a fé judaica denomina por Messias. Para os franceses republicanos o seu Messias era Napoleão, para os alemães do século XX o seu Messias era Adolfo Hitler, para os americanos do século XXI, ou seja para a nação do terror, não há Messias, tais preceitos não passam para eles, homens estritamente ligados a satanás, de crenças e credos ancestrais sem coadjuvação científica ou racional.

Pois aquele que não crê, esse mesmo tem um pacto com o diabo. Não vos digo para crerem nos santos católicos que estão em todas as igrejas, ou nas nossas senhoras, ou nas relíquias de algum apóstolo, pois tudo isso não passam muitas vezes de sincretismos ou de profanações de algo mais divino, não vos digo para crerem em Alá, em Buda ou noutro Deus qualquer, digo-vos apenas para crerem. O ateísmo puro, é o verdadeiro diabolismo do ser humano. Mesmo os mações ancestrais, e mais especificamente a maçonaria regular, acredita no grande arquitecto e numa entidade transcendente e metafísica que rege o universo, e denominam-no por grande arquitecto. Esse grande arquitecto surgiu aquando da maçonaria operativa, pois os mações inicialmente cingiam-se a construir catedrais góticas e a ter os seus ritos, e como para um pedreiro-livre, o seu maior tutor e mestre é o arquitecto, pois é aquele que lhe dita o que fazer e como construirá a catedral ou o mosteiro, o grande arquitecto é assim uma entidade maior e metafísica que diz aos mações como construir o homem e as sociedades. A entidade metafísica que rege o cosmos para a maçonaria, é então o grande arquitecto, concluindo-se assim que mesmo a maçonaria tem os seus credos e não é ateia, pelo menos a maçonaria ancestral ou ainda a regular.

Com o passar dos anos, a maçonaria foi atingindo poder e hegemonia, retirando progressivamente poder à Santa Sé. E é fácil asseverar tais factos, a forma de pensar o mundo e a forma como encaramos certos aspectos sociais mudou radicalmente nos últimos duzentos anos. Há duzentos anos, na Europa, aspectos como o adultério, a homossexualidade, o aborto, o ateísmo ou o divórcio eram visto de maneira bem diferente de agora. Dir-me-ão que estamos melhor; e digo-vos que estamos em muito aspectos mas não estamos noutros. Na Roma antiga, império que colapsou, o aborto era prática corrente, na Grécia antiga, civilização que desapareceu, deixando no entanto algum legado, a homossexualidade e a pederastia eram práticas comuns. O que sucede é que quando os povos se afastam dos cânones sagrados, e dos desígnios da ordem divina, cedem e colapsam. E isto não é bruxaria, está bem assente em princípios metafísicos que preconizam a ordem e em como o grande arquitecto organiza o mundo e o homem. A maçonaria teve um papel preponderante ao longo da história universal até certo ponto, onde com sede absoluta por poder, se deixou corromper. A maçonaria, guarda desde há séculos, uma ira interior contra a Santa Sé, e tal facto, mesmo que os mações digam o contrário, é insofismável. Se tantos pilares basilares da Santa Sé foram demovidos, e se hoje o estado é laico, deve-se à maçonaria. Não digo que não esteja correcto até certo ponto, a partir do qual a maçonaria começou a ter um papel de poder absoluto e começou na senda pelo poder e hegemonia, a violar os seus próprios princípios.

Fernando Pessoa dizia que a maçonaria era indestrutível pois estava protegida por símbolos maiores que as leis do estado, e que era uma ordem iniciática que revelava a luz aos novos membros. Não o nego, o que sucede é que a maçonaria, o que faz presentemente, é utilizar essa mesma luz que em tempos lhe foi revelada, para praticar o mal e para obter a hegemonia do planeta; e o sistema já está tão hierarquicamente estabelecido, que já não há soberanias nacionais ou regionais, e com a modernidade, todos os grupos maçónicos e todas as associações secretas obedecem a uma mesma ordem despótica e tirânica sediada no novo mundo. Assim, os preceitos mais fundamentais e sacrais da maçonaria, como sendo a liberdade do homem, foram completamente pervertidos pelos próprios mações. O mação já não é um homem-livre. Foi-o em tempos quando se punha à parte dos ditames irracionais da fé cristã e usava a razão para descortinar o mundo. Hoje, na senda tão monstruosa pelo poder, a maçonaria na realidade castra os seus novos membros e obriga-os a seguir aquela ordem despótica, através do terror e do medo. Pois é meus caros, a maçonaria contemporânea tortura, e tortura severamente os seus novos membros. Aquelas cenas idílicas que vemos na literatura, do iniciado a passar por um corredor com a cabeça vendada é apenas uma representação profana; na realidade a maçonaria tortura severamente os seus novos membros para os reger, e para que estes sigam estritamente os seus preceitos. Mas não foi a maçonaria e os mações que redigiram a Carta dos Direitos do Homem? Foram, e como torturam? É mais um daqueles paradoxos crassos dos mações, que se foram deixando corromper pelos tempos.

Mas como surgiu então na Maçonaria essa ira e esse desrespeito pelos princípios da fé católica, levando-os até a criar novas fissuras dentro da própria igreja romana, com a profusão de novas seitas e religiões. Depois de muito pensamento, parece-me que na realidade a maçonaria irregular do sul da Europa, surgiu após a Reconquista. Ou seja, os soberanos cristãos, no movimento denominado por Reconquista, foram extremamente bárbaros e sanguinários contra os mouros. Os mouros eram considerados impuros e infiéis, como tal o único destino que um cristão poderia dar a um mouro era decapitá-lo ou degolá-lo. Mas os mouros não encaravam assim os cristãos. Durante os tempos da ocupação muçulmana na Europa, os soberanos mouros eram extremamente tolerantes para com os cristãos, as igrejas eram mantidas e os cristãos podiam prestar o seu culto. Aquando da tomada de Lisboa por Afonso Henriques em 1143, a fonte principal que relata a tomada da cidade, refere que os cristãos barbaramente assassinaram o bispo de Lisboa, referindo assim que Lisboa tinha uma comunidade cristã e até tinha um bispo. Com a Reconquista, nenhuns resquícios da cultura muçulmana ou de índole sufista permaneceram. A Reconquista foi extremamente bárbara, relatos da conquista de Lisboa revelam que as mulheres mouras foram severamente violadas e assassinadas e que as crianças foram degoladas, pelos exércitos cristãos. Após a reconquista, todas as mesquitas foram incendiadas ou demolidas, e não foram autorizadas nenhumas práticas corânicas, sob pena de se ver a cabeça cortada. Assim, parece-me a mim, que a maçonaria irregular, do sul do continente europeu, teve as suas géneses nas sociedades sufistas do tempo da ocupação muçulmana, e o desprestígio que tem contra a Santa Sé e os seus pilares basilares, deve-se somente a uma atitude milenar de Vingança. A Santa Sé através das guerras santas, apoiou um movimento cristão altamente bárbaro e sanguinário, enquanto à data, todas as fontes o atestam, os muçulmanos eram muito mais tolerantes com os cristãos durante a sua permanência no continente europeu.

Parece-me a mim, então que a maçonaria irregular do sul da Europa guarda desses tempos da Reconquista, uma sede e vingança visceral pelos pela cristandade. E tal não se poderia revelar nos actos de fé corânica, pois tais práticas estavam literalmente proibidas pelos soberanos cristãos, as sociedades sufistas e muçulmanas ancestrais passaram então a ter de se organizar em segredo ou em sigilo para orquestrarem certos movimentos sociais ou locais. Lembremo-nos que os árabes nos finais do primeiro milénio, eram grandes senhores da alquimia, da matemática e de todas as ciências, ora é natural que esse conhecimento tivesse chegado aos muçulmanos que se instalaram no sul da Europa. A maçonaria, parece-me a mim então, que ao contrário daquilo que é propalado pelos mações, que têm as suas origens no templo de Salomão ou no antigo Egipto, teve a sua grande raiz e influência nos movimentos sufistas de índole muçulmana, e é dessa barbárie cometida pela cristandade durante a Reconquista, que guarda a sede de vingança contra a Santa Sé. E a vingança é um prato que se serve frio, e a maçonaria tem-no conseguido. Lembremo-nos que desde os finais do século XVIII, muitos dos governantes em Portugal e na Europa eram mações, desde o Marquês de Pombal, alguns reis como D. Pedro IV, e muitos outros governantes com maior influência durante a república, como a título de exemplo Afonso Costa. Significa que se hoje encaramos a homossexualidade, o adultério, o divórcio ou o aborto de forma diferente, tal deve-se à maçonaria. Aliás, se hoje as igrejas estão praticamente vazias, durante as missas, ou se na sua maioria os crentes são de terceira idade, tal desprestígio da fé cristã, deve-se à maçonaria. Se hoje não há a prática corrente da oração, tal deve-se à maçonaria, ou se hoje em dia o estado é laico, tal deve-se à maçonaria. A maçonaria, e tal é indubitável, guarda um rancor visceral contra a Santa Sé e ataca-a em todos os preceitos basilares. Desde a extinção de todos os conventos e mosteiros em 1834 pelo mação Joaquim António de Aguiar, pela laicização do estado durante a primeira república pelo mação Afonso Costa, até à aprovação da lei do casamento entre homossexuais pelos mações das bancadas parlamentares do bloco central. A maçonaria guarda assim, desde as suas géneses, um rancor contra a Santa Sé, que se manifesta constantemente pelas suas práticas e ideários anti-clericais. Se durante a idade média, os muçulmanos que continuaram na Europa, tiveram de se cristianizar, essas sociedades secretas que já existiam então, tiveram fortemente de viver em segredo e em sigilo devido à senda inquisitória da Santa Sé, que teve o seu expoente máximo durante o santo ofício.

A maçonaria é então uma ordem ancestral, que segundo o meu entender, guarda um rancor antigo contra Igreja romana, que remonta aos períodos bárbaros sanguinários da reconquista cristã, pois durante a ocupação muçulmana os mouros haviam sido muito mais tolerantes com os cristãos. A maçonaria parece-me a mim então, que teve diversas influências sufistas, ou seja, a corrente mística islâmica surgida no final do século VII. Lembremo-nos que o Islão, ao contrário daquilo que possa parecer, é uma religião, do ponto de vista iniciático e místico, muito mais efeminada que o cristianismo, desde logo pela cultura literária dos povos semitas, que escrevem para a esquerda, sendo a esquerda o lado ligado à feminilidade. As mesquitas são essencialmente constituídas, pela sua forma arquitectónica, por linhas curvas, e não por linhas rectas, e tal até está plasmado no símbolo maior do Islão, o crescente. Tal do ponto de vista místico e esotérico, deve-se apenas ao facto, de a anatomia feminina ser essencialmente definida por curvas enquanto a anatomia masculina ser formada mais por linhas rectas e arestas e menos por curvas. É sabido também, que por questões anatómicas, os números pares são efeminados, enquanto os números ímpares são masculinizados, assim nas mesquitas encontramos em muitos dos seus aspectos os números pares. Mas o crescente maior e mais popular, pode-se encontrar no próprio parlamento português. Àquilo a que comummente se denomina por hemiciclo, é na realidade um crescente islâmico disfarçado, bem presente nos parlamentos do sul da Europa.

Concluímos facilmente que a maçonaria é crente, acredita num ente transcendente e metafísico, eclético que denomina por grande arquitecto, para assim englobar gentes de diversos credos e origens, como cristãos ou muçulmanos, concluímos facilmente que a maçonaria tem ideários claramente anti-clericais, e sabemos também que a maçonaria sempre teve grandes homens da ciência e das humanidades, como Voltaire, um dos grandes fundadores do iluminismo; mas o que sabemos também é que a maçonaria se deixou claramente corromper pela sede de poder, por dinheiro, por capital, por hegemonia, e tais apoteoses que metaforicamente os crentes denominam por satânicas, estão sediadas no novo mundo, no país com o maior número de mações. Lembremo-nos que foi esse país que ordenou o lançamento da bomba atómica que dizimou em fracções de segundos a vida a setenta mil pessoas, foi esse país que proliferou secretamente a SIDA, foi esse país que disseminou o tabaco, esse veneno que ceifou mais vidas que as duas grandes guerras, é esse país que tem a maior máquina militar e bélica que o homem alguma vez já conheceu, e sempre como o objectivo da hegemonia mundial através das armas e do dinheiro. Quando digo que esse país representa o grande Satã, ou que o diabo se apoderou dessa nação, digo-o de uma forma racionalmente metafórica, o que sucedeu é que essa nação na sede insaciável por poder e hegemonia quebrou todos os princípios basilares cristãos, budistas, islâmicos e acima de tudo maçónicos. Os iniciados nas associações secretas americanas não têm livre arbítrio, na realidade são comandados por esse grão-vil que tudo determina e que tudo dita. E esse despotismo é mantido através do terror e das armas.

Concluindo, os homens livres do mundo devem assim erradicar o império do mal sediado no novo mundo, e assim deixar às gerações vindouras a esperança para que estas sejam verdadeiramente livres e soberanas.

Com fé, Lisboa, 10 de Novembro de 2011

Iniciação madrilena

Correm os rios e enchem-se os mares
outros secam, e fica apenas sal
percorro os longínquos lugares
e no coração, trago Portugal

Embebedo-me em tabernas e bares
Redimo-me na cruz, leio o missal
Procura-te por dentro e quando te achares
retorna ao teu berço, ao teu ninho sacral

Escrevo por terras madrilenas
algures no passeio da Castelhana
Vejo-as belas e morenas

Percorro os braços de quem me ama
A minha doce mulher terna e amena
Nádia, amo-te, sacra e profana

Liberdade

Quebrem as algemas dos acorrentados
Elevem os espíritos dos Poetas
Marchem por Sodoma os soldados
para que se cumpram as doutrinas dos Profetas

Que se cruzem todas as metas
por indigentes, por vadios e mal amados
Oremos todos em todas as Mecas
Brindemos à Liberdade e aos desterrados

Criemos um mundo novo sem clausura
sem ditames despóticos liberais
erradiquemos dos seres a ditadura

Amemo-nos ao próximo e aos demais
Louvemos o intelecto de uma dama tão pura
Sou socialista cristão, plebeu literato e nada mais!

Poemas Palavreados Parisienses

Leio o Capital em Castelhano
Os Lusíadas, ouso ler em Inglês
E ainda leio Dante em Francês
lendo Voltaire, em Italiano

Leio o sacro e o profano
Cervantes, leio em Chinês
Leio em russo a história de Fez
Em Hindi, leio a vida de Ivan, o tirano

Aprendi a ler Kant em Grego
enquanto lia Homero em Alemão
Escrevo o que leio, com a destra mão
e leio a Bíblia do meu degredo

O Corão leio em Latim sem medo
Em menino, li somente João
Leio prosa com o coração
E os versos estrebucho, como credo!

Li Confúcio em Português
Dostoievski li em Sueco
Cada verso onde peco
redimo-o com outro em Inglês

Leio Virgílio em Francês
e os meus versos são como um eco
que cantam quando a caneta eu espeto
no papel, como quem lhe tira os três

Leio em Inglês a nobre história de França
Louvre, Concórdia e Napoleão
Conquistador, Messias ou só ladrão
Regozijo-me em Paris como uma criança

Usarei a pena, a caneta como uma lança
para redigir o verso messiânico e são
com a Verdade, a Luxúria e a Razão
para atacar quem ao mundo, nega a Esperança

E de Paris, escrevo versos sem pudor
enquanto observo a minha amada
Dou-lhe tudo e não lhe nego nada
e com ela construo o templo do Amor

É a minha musa, que me sara a dor
Amamo-nos eternamente, p’la madrugada
Foi-me entregue por Deus, ou só achada?
É o meu arco-íris, que amo de cor

Paris, cidade luxuriante dos amantes
Da boémia, da Poesia e da Luxúria
Dos poetas que tangem a penúria
e que a encontram pelas rotas dos errantes

Venho do Sul, da terra dos navegantes
do Fado negro e da lamúria
onde um seio nu é uma injúria
e vizinhos das terras de Cervantes

Paris, bela, sombria e luminosa
Com o Sena fresco e suave, que a percorre
E as águas frias que dele escorre
incutem-me a escrever, a estrofe mais formosa

Vagueio com a minha deusa, a mais airosa
que comigo dança, vaga e pelos campos corre
Aquela que um dia comigo morre
Brava, terna, doce, bela e até medrosa!

Código da extinção dos Estados Unidos da América

Preâmbulo
Pelas práticas bárbaras, terroristas, sanguinárias, despóticas, tortuosas e genocídas, contra a raça humana e desprezo pelo planeta, vem o presente código declarar a extinção e a erradicação do país denominado presentemente por Estados Unidos da América, e reger os trâmites da respectiva transição pacífica:

Artigo 1º ­­­
Território
O território actual dos Estados Unidos da América, nação doravante denominada nação do terror, será dividido o mais possível, equitativamente pelo México, que ficará com os estados do sul, e o Canadá que ficará com os estados do norte.

Artigo 2º
População
A população deverá ser bem acolhida pelos dois países assimiladores, que a integrará nas suas culturas e nas suas legislações, não havendo lugar a quaisquer géneros de represálias.

Artigo 3º
Imóveis
Todos os edifícios de cariz governamental, federal, estatal ou municipal serão desmantelados ou demolidos quando se tratem de edifícios isolados, sendo completamente remodelados quando se tratem de imóveis dentro prédios ou outras infra-estruturas. No seu terreno, no caso de edifícios isolados, construir-se-ão jardins, universidades, escolas, hospitais ou tão-somente complexos habitacionais, não havendo qualquer género de memoriais que relembrem que no local houveram tais edifícios. Quando se tratarem de instituições governamentais, que estejam integradas em edifícios com outras vertentes, como habitação ou escritórios, tais infra-estruturas serão completamente remodeladas para que se integrem nas estruturas restantes. No presente artigo estão incluídos a título de exemplo, a casa branca, o senado ou o pentágono da nação do terror.

Artigo 4º
Militarismo
Todos os equipamentos bélicos e militares da nação do terror, serão completamente desmantelados, não havendo quaisquer excepções, desde o maior porta-aviões até à simples arma de fogo. Toda a estrutura militar será eliminada e desintegrada, e os países assimiladores, Canadá e México, não deverão usar quaisquer equipamentos militares do país que agora é erradicado. Os porta-aviões, todas as aeronaves, todos os equipamentos marítimos, todos os equipamentos terrestres como carros de combate e tanques, todas as armas de fogo e todos os outros equipamentos de cariz militar serão completamente desmantelados ou destruídos, e os metais deverão ser fundidos para serem usados na construção civil. Todos os indivíduos que prestem ou tenham prestado serviço militar, sobre qualquer patente, serão perdoados, devendo tornar-se cidadãos meramente de índole civil.

Artigo 5º
Responsáveis pelo terror
Os responsáveis governamentais e empresariais, causadores do terror, serão todos perdoados e ilibados de quaisquer penalizações judiciais ou criminais. No entanto deverão ter trabalhos menores, tendo de viver no anonimato como cidadãos comuns, e todos os seus bens serão confiscados. Todos os seus crimes serão perdoados e não haverá lugar a retaliações penais ou judiciais.

Artigo 6º
Língua e leis (México)
A parte assimilada pelo México deverá adoptar toda a legislação mexicana e a língua inglesa não será língua oficial, sendo no entanto aceitável a sua utilização pela população. No entanto nas escolas e em todas as instituições públicas, só o Castelhano deverá ser adoptado. A população assimilada terá de se reger pela lei mexicana em todos os seus domínios não havendo quaisquer estatutos especiais para os estados assimilados.

Artigo 7º
Topónimos (México)
Os topónimos do lado mexicano serão todos alterados para outros, que respeitem a fonética e a grafia da língua castelhana.

Artigo 8º
Informações públicas (México)
Do lado mexicano, como o Inglês não será língua oficial, todas as sinaléticas públicas, todos os ofícios públicos e informações oficiais deverão ser redigidas em língua castelhana, sendo no entanto o Inglês aceite como língua falada numa fase transitória de oito gerações.

Artigo 9º
Língua, leis e topónimos (Canadá)
Do lado canadiano, os topónimos poderão manter-se, sendo a língua inglesa aceitável e uma língua oficial, no entanto todos os indivíduos terão de se reger em todos os domínios pelas leis canadianas.

Artigo 10º
Legislação e efemérides
Toda a legislação da nação do terror, desde a sua constituição até à pequena legislação regional, será extinta e eliminada, não sendo aplicável em nenhum território sobre quaisquer circunstâncias. Todas as actuais efemérides e festividades da nação do terror serão eliminadas, tendo os cidadãos de se reger pelas efemérides do México e do Canadá.

Artigo 11º
Símbolos
Todos os símbolos da nação do terror, como a bandeira, o hino, ou os diferentes brasões dos diversos institutos e entidades governamentais ou federais deverão ser totalmente extintos e eliminados, sendo completamente proibida a sua difusão ou apresentação. Todos os registos cibernéticos, informáticos, em papel, ou sobre qualquer outro meio, serão eliminados, e nenhum indivíduo que os tenha na mente estará autorizado a descrevê-los sobre qualquer meio ou a transmiti-los a outrem, sendo considerados ícones do terror que nunca deverão ser apresentados, falados, redigidos, difundidos ou propalados por qualquer indivíduo ou entidade. É expectável assim, que em quatro gerações todos os símbolos da nação do terror tenham literalmente sido extintos e tenham completamente caído em esquecimento, não havendo lugar a quaisquer registos sobre qualquer forma, secretos, públicos ou privados. Após oito gerações, não haverá qualquer forma possível, por parte de ninguém ou de qualquer entidade, seja ela qual for, de se aferir quais eram os símbolos da nação do terror.

Artigo 12º
Moeda
O dólar da nação do terror será extinto, no entanto os cidadãos que numa fase de transição possuam activos nesta moeda, podem trocá-los nos bancos dos países assimiladores, numa taxa de câmbio razoável e aceitável, para pesos mexicanos ou para dólares canadianos. Nos outros países do mundo poderá fazer-se a troca pelas moedas locais, também numa taxa de câmbio aceitável. Às moedas e às notas da nação do terror, aplicam-se os princípios do artigo anterior.

Artigo 13º
Empresas
As empresas multinacionais da nação do terror serão extintas, no entanto, as suas sucursais noutros países poderão manter-se, mudando apenas de nome comercial, sendo os respectivos activos transmitidos para entidades locais.

Artigo 14º
Alguns casos particulares
O Google e a Wikipédia poderão manter-se nos moldes actuais, sendo excepções ao artigo anterior, no entanto os seus activos deverão ser transferidos para entidades mexicanas ou canadianas, consoante a localização das infra-estruturas. Todos os serviços presentes do Google deverão ser mantidos, no entanto deverá ser totalmente proibida a sua política actual de fornecimento de dados pessoais a terceiros. O McDonald, o KFC, assim como outras cadeias de restauração, deverão mudar de nome comercial, passando a servir comida vegetariana e salutar para os seus clientes.

Artigo 15º
Memoriais
Não haverá museus nem memoriais em antigos edifícios governamentais, federias, estatais, municipais ou outros quaisquer lugares associados ao terror.

Artigo 16º
Museus e arte
Todos os museus, estátuas, arte urbana ou arte privada, que apele ao nacionalismo da nação do terror, ou tenha conotação com a história ou cultura dessa nação, serão extintos e eliminados, aplicando-se aos edifícios, aquando da sua existência, o que se refere no artigo 3º.

Artigo 17º
Represálias
Todas as populações deverão ser respeitadas, não havendo lugar a quaisquer represálias.
A extinção da nação do terror, não envolverá qualquer litígio, qualquer julgamento, qualquer morte, nem será derramada uma única gota de sangue, sendo totalmente pacífica.

Artigo 18º
Museus a constituir
Construir-se-ão apenas dois grandes museus, o Museu do Terror e o Museu da Verdade. O Museu do Terror será edificado no Havai, actual território da nação do terror, e apresentará com todos os recursos multimédia, com máquinas e dispositivos em tamanho real, com o maior detalhe e minúcia possíveis, todos os métodos e todas as técnicas hediondas, tortuosas e sanguinárias usadas pelos representantes da nação do terror, pretendendo-se assim chocar e sensibilizar o visitante. O Museu da Verdade será edificado em Estocolmo, e revelará aos novos crentes toda a Verdade, desde a criação do império do terror, até à sua extinção, sobre que tipos de formas sanguinárias usaram para atingir a sua hegemonia mundial e como controlavam através do terror todos os cidadãos do mundo, através das suas redes de informação e equipamentos militares. O Museu da Verdade também iniciará os profanos na nova ordem, sem quaisquer tipo de sevícias ou torturas.

Artigo 19º
Templos religiosos
Os templos religiosos, como as igrejas, as mesquitas ou as sinagogas, serão mantidos desde que não apelem ao nacionalismo da nação do terror.

Artigo 20º
Aborto, pena de morte, homossexualidade e adultério
No Canadá e no México, países assimiladores, será estritamente proibido a todas as cidadãs, e não apenas às assimiladas, o aborto em quaisquer circunstâncias. No entanto, os métodos contraceptivos não abortivos serão aceites. Também será estritamente proibido nos dois países assimiladores a pena de morte sobre quaisquer circunstâncias. A homossexualidade e o adultério serão ilegalizados.

Artigo 21º
Direitos humanos
Todos os cidadãos serão respeitados e serão livres, independentemente do credo, raça, condições financeiras ou género, e aplicar-se-á rigorosamente nos dois estados assimiladores, a actual Carta dos Direitos do Homem.

                                       Com fé, Londres, ao terceiro de Novembro no ano do Senhor de 2011.


The petrol as the darken gold has started in London

As I arrived in London, I got surprised with so many people from different races, beliefs and cultures. As I arrive at St. Pancras rail station I get in a supposed Italian restaurant, which by the way is managed by a Portuguese guy who speaks in Italian to the French waiter. I got astonished with this great multitude of European cultures and languages in one simple pseudo-Italian restaurant. The pizza was awful and it seemed Chinese-made but the espresso was awesome and it reminded me the Lisbon way of serving coffee. I arrived at the capital of masons where the liberal principles started on, spreading then throughout the world, the capital where many great philosophical and theological treaties have been written, the place where Newton and so many other fantastic and virgin mathematicians lived. But as I penetrate the streets I realise that the petrol hegemonic principle is everywhere on every inch of tar. The polluters, cars and taxis proudly circulate overground, and the commuters have to circulate as rats do, i.e. underground.

Those great English minds many years ago largely meditated and prophetized that the Messiah should have a lot of feminine traces, and then they largely evoked the hymn which enhance the feminine side of the kingdom, the gracious Queen! But they prophetized as well that this welcoming being should have its privacy within its large and wide movements, and the private cars fixed perfectly in this paradigm. So the initiatic London authorities strongly rejected the public transport, giving large previleges to private vehicles, which by the way is the capitalist and liberal way of thinking: private first, then public.

I conclude then that modern urban principles of transportation are all switched. At the present time, the polluters, the rich and the nobles go overground catching fresh air and contemplating the view; and the people, the poor, and the environmentally friendly commoners have to go Underground as rats do. I love those cities where tram and bikes are everywhere and where there is no need to ostracise the commuters and the poor to the tubes where rats move. And I remind you that engineering and urban studies concluded that overground metro costs seven times less than the underground option, and in Portugal there is a clear example of this dichotomy: in Oporto, in three years it was built a metro network five times larger than the Lisbon one; which took forty years to build and which was largely more expensive. Long live the trams, the bicycles, the trains and all the zero emissions vehicles. Let's abolish these masonic and hegemonic principles of petrol which are spread everywhere and in particularly here in London.

Um café em Paris custa €2,30 e com IVA para a restauração a 5,5%

Em Paris com IVA para a restauração a 5,5% um café custa €2,30 num
local comum. Em Portugal com IVA a 23% será que o café vai continuar
nos parcos cinquenta cêntimos?