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| José Jacob, presidente da Anedota Nacional da Sátira Rodoviária | 
Veio recentemente a público pronunciar-se sobre matérias relacionadas com segurança rodoviária, uma 
tal entidade que dá pelo nome bíblico de Jacob, sendo que ao que parece o
 seu primeiro nome será José, o homónimo do padrasto do Messias. Jacob 
era apóstolo do Filho, já José era o seu padrasto, e dessa união 
nominal, 2000 anos após a penosa crucificação no monte das Oliveiras 
de um nobre homem que segundo consta passou 98% do seu ministério vagando enquanto 
peão; nasce na Lusitânia um verme pagão sofista repleto de banha e com bigode,
 que segundo consta, dá pelo excelso nome messiânico de José Jacob. Quis a nobre e 
sempre imprevisível política nacional nos desígnios do nepotismo, das 
cunhas e dos amiguismos que tal nefasta personalidade viesse a chefiar os carolíngios ministérios de uma entidade pública que dá pelo nome de Autoridade Nacional para a
 Segurança Rodoviária. Todavia, recomendo vivamente que se faça 
imediatamente uma consulta popular para alterar as insígnias de tal famigerada entidade pública para Anedota 
Nacional da Sátira Rodoviária. Estou disposto a pagar com os meus 
impostos a uma entidade pública composta por palhaços e marionetas, que 
me façam rir e escrever.
 
Ora
 esse senhor, que pelas imagens que vêm a público no espaço cibernético,
 não preza pela frugalidade alimentar e pela prática caminhante ou ciclística que tem 
tantas vantagens 
para a saúde dos indivíduos e que chefia a dita 
autoridade securitária para as rodovias, veio recentemente pronunciar-se
 usando daquela bocarra fedorenta, que “um dos problemas grandes que 
existe hoje é a indisciplina dos ciclistas”, sendo que estes precisam de
 ser “
disciplinados”. Já me estou a ver de rabinho empinado com calça meio arregaçada, com os pés
 assentes nos pedais da minha 
bina, a ser violentamente 
chicoteado e “disciplinado” pelo carrasco inquisitório Jacob, obedecendo
 por sua vez este aos sacros comandos do seu Santo Ofício pagão, senhor de todos senhores, mestre de todos os mestres, o magno Popó!
 
Este
 asno, que pelo porte e robustez aparenta nunca ter colocado a cavidade 
perineal sobre um selim, esqueceu-se de apontar que todos os estudos 
referem em voz alta e em caligrafia bem clara e explícita, em várias línguas que
 obedecem às regras mais elementares da gramática e da sintaxe 
filológica (duvido que o titã conheça algumas) que 
cidades e zonas urbanas onde há mais ciclistas têm índices muito maiores de segurança para todos os utentes da via pública, 
automobilistas inclusive. Este 
parasita de bigode repleto de sebo e banha, sob pomposo e executivo fato
 engravatado, deve andar por certo a ser sodomizado pelos emissários do 
ACP, por Carlos Barbosa e o seu coio de preguicentos e néscios pagãos 
adoradores e idólatras do sacrossanto Popó. 
 
José
 Jacob, em vez de promover um ambiente salutar entre todos os 
utilizadores da via pública, não; como por certo foi empossado por um 
governo que precisa de mediatismo e popularidade, lança estas 
bestialidades ímpias, néscias, pérfidas, idióticas, iníquas e 
animalescas, para que a populaça automobilística as acolha em orgiástico êxtase e 
regozijo, qual déspota tirânico que dá pão aos espetadores dum qualquer circo romano após 
terem atingido o clímax coletivo ao terem observado dez criancinhas cristãs a serem desventradas por feras 
leoninas; ou qual bacoco rude caçador que dá bife do lombo a uma matilha de trinta cães 
vadios esfomeados. José Jacob - aleluia irmão pois o Popó é o senhor na 
Lusitânia - é uma anedota nacional, é uma nulidade intelectual, faz parte 
da estirpe mais execrável e desprezível de insetos parasitas que 
aparentam prezar-se pelo bom nome e urbanidade, mas que não passa de ralé pertencente às famílias da rataria pestilenta, preguicenta e pseudocosmopolita, 
daquelas a que também pertencem os invertidos 
Barbosa e 
Seara, que vão 
comprar pão ao Continente do Colombo num final de dia de trabalho, 
porque na padaria do bairro é cinco cêntimos mais caro.
 
Deixo
 uma pergunta a esta anedota, que segundo consta, deveria preocupar-se 
com a segurança rodoviária. Porque não se pronuncia publicamente contra 
o
 evidente e claro excesso de velocidade nas cidades, que provoca tantos 
acidentes mortais em peões, essencialmente crianças e idosos? Desde 
quando alguém em Lisboa cumpre o caralho dos 50km/h de velocidade máxima? Porque não se esfrega em excrementos Jacob, 
e não se pronuncia contra as centenas de carros que estacionam sobre o passeio 
nas cidades portuguesas, situação que provoca situações de elevada 
insegurança para os utilizadores da via pública, essencialmente os mais 
vulneráveis como os peões? Porque não engole as próprias massas fecais 
Jacob, num rasgo escatológico de magna intelectualidade de índole 
rodoviária, e não se pronuncia, contra o facto de quase 
muito poucos 
automobilistas respeitarem o semáforo vermelho na transição do amarelo?
 
Será
 que Jacob, não percebe que cidades e países que contrariam a hegemonia 
do automóvel, que tornam as cidades mais humanas, mais amigas de 
ciclistas e peões, têm índices muito maiores de segurança, segurança 
essa que Jacob deveria promover? Lembremo-nos que Jacob é pago pelos 
camelos contribuintes, ciclistas inclusive, e não esquecer que o camelo mor Jacob 
recebe dinheiro do orçamento de estado, não de impostos cobrados 
exclusivamente aos automobilistas. Jacob não percebe que eu, enquanto 
ciclista sinto que é mais inseguro para mim, muitas vezes ficar parado 
no vermelho, porque quando vier o verde, o automobilista por norma fará 
um arranque tipo 
rally, e logo de seguida far-me-á uma razia a pente fino. 
O princípio do ciclista passar o vermelho é exatamente o mesmo de quando um peão atravessa o vermelho, situação que é encarada pelo senso comum como normal. Os semáforos rodoviários são uma 
parafernália tecnológica da era automóvel, que foi massificada nos anos 
cinquenta exatamente para diminuir a insegurança crescente que se sentia
 então devido ao incremento no número de carros nas urbes e consequentes
 acidentes e atropelamentos. Pelas leis da física e da 
energia cinética 
(não vos vou ensinar mecânica clássica, vão para a escola) os 
males para a insegurança rodoviária nunca podem vir daqueles que andam a
 20km/h com uma massa total de 90 kg, mas tão-somente dos burgueses que 
andam com 
uma tonelada de ferro nas mãos a 70km/h. Sim, meus mentecaptos, um carro de uma tonelada a 70km/h tem uma energia cinética 
136 vezes superior a uma bicicleta e condutor com massa total de 90kg a 20km/h! Estamos entendidos Jacob, qual é o principal problema da segurança rodoviária em meios urbanos; 
foda-se!? 
 
Aónio Eliphis, Copenhaga 
PS: Refiro que esta 
última interjeição gramatical é para ser entendida no sentido estrito e literal do termo, ou 
seja, faço votos para que José Jacob, com a sua extensa pilinha fininha, a 
faça contornar o seu enorme relevo abdominal, tipo pescadinha de rabo-na-boca, ou neste caso
picha-no-cu, e coloque a cabecinha da sua alongada pilinha, bem fundo no interior do seu cilíndrico e 
flácido canal anal.