Análise ao resultado eleitoral das legislativas 2024 (excluindo emigração)



Começo com alguns pontos preliminares meramente contabilísticos:

  1. A esquerda toda junta (PS+BE+CDU+L+PAN) contém 91 deputados, muitíssimo longe dos 116 (metade de 230 mais +1) para formar qualquer tipo de governo com apoio parlamentar.
  2. A direita dita democrática junta (AD+IL) ainda contém menos deputados, formando juntos apenas 87 deputados.
  3. O Chega com 48 deputados será indubitavelmente o partido que decidirá se os governos vão ou não cair.
  4. AD+IL+Chega formam 135 deputados, muito longe dos 2/3 necessários (154 deputados) para fazer qualquer eventual revisão constitucional.

O "não é não" de Montenegro serviu apenas para acordos de governo tipo "geringonça" à direita, mas será perfeitamente aceitável ter algumas cedências pontuais em determinadas matérias no âmbito estritamente parlamentar, sem que haja qualquer compromisso que coloque em causa os princípios fundadores e as linhas vermelhas da AD.

O facto do Chega ter ido buscar muitos votos à abstenção (a mais baixa desde 1990) e à esquerda dita populista nas zonas a sul do Tejo, demonstra que esses eleitores não eram da direita tradicional, logo, não é certo que o Chega seja penalizado eleitoralmente se mandar um governo da AD abaixo, como aconteceu antagonicamente à esquerda quando BE/PCP inviabilizaram o orçamento de António Costa, tendo posteriormente Costa obtido a maioria absoluta.

Hostilizar o Chega por parte da AD, por outro lado, dar-lhe-á força e fará do Chega o verdadeiro partido da oposição, pois os eleitores têm bem presente o que foram os governos do PS nos últimos anos, não dando qualquer credibilidade ao PS no curto prazo para efetuar críticas à governação da AD. É preciso expor o Chega aos meandros do poder, para que possa também sofrer as consequências e o respetivo desgaste eleitoral. Sem nunca, jamais, colocar em causa os princípios fundadores da democracia e do estado de direito.

O Sol - O verdadeiro Criador



A nossa verdadeira Fonte de Vida e o nosso verdadeiro Criador. Uma simples estrela mediana a meio da sua vida a que vulgarmente chamamos de Sol, numa galáxia com mais 100 mil milhões de estrelas, num Universo com 100 mil milhões de galáxias. Todos os átomos nos nossos corpos foram algures criados numa estrela como esta através de fusão nuclear.