Falácia da Falsa Equivalência


Têm o mesmo formato, são ambos frutas;
mas são diferentes.
Terry Eagleton, considerado como "um dos intelectuais e académicos de maior projecção da actualidade", em declarações ao jornal Público, diz-nos que “O Hamas fez uma obscenidade moral. Mas nada que Israel não tivesse feito aos palestinianos vezes sem conta”. A isto denomina-se
falácia da falsa equivalência, repetida até ao vómito nos últimos dias. No Código Penal de qualquer país civilizado há várias gradações e penalidades para homicídio, e contudo as vidas têm todas o mesmo valor. Homicídio por negligência, de primeiro ou de segundo grau têm respetivamente molduras penais bem distintas. Entrar pela casa de civis de metralhadora em punho e disparar sobre crianças, velhos, bebés, degolando bebés e queimando vivas crianças, raptando inocentes mantendo-os cativos em condições desumanas; é diferente, do ponto de vista ético-moral, de matar crianças como dano colateral, porque estas são usadas como escudos humanos, quando se tenta aniquilar alvos militares pertencentes a um grupo terrorista. Quem acha que são igualmente graves, considerando apenas o número de mortes como métrica moral, deveria consultar com urgência um psiquiatra.