Portugal dos elitismos e dos coutos feudais! - Carta pública à Câmara dos Despachantes Oficiais



Venho por este meio apresentar a minha profunda revolta e indignação perante o monopólio que vossas Exas. representam junto dos cidadãos.

Portugal é mesmo um país miserável de elitismos consagrados desde há séculos aquando da sua Magna fundação que não teimam em ser abolidos.

Porque é que eu, tendo importando um simples artigo do estrangeiro, pequeno, numa importância pouco relevante, tenho segundo a lei, de contratar ou de ser representado por um despachante oficial? Fazem da minha pessoa, um imbecil, analfabeto, que não sabe representar-se perante uma alfândega, ou que não tem mãos para poder levantar o respectivo item adquirido fora do espaço comunitário.

Como se já não bastasse o IVA, e todos os injusto impostos que tenho de adiantar ao Estado, taxas alfandegárias, ainda tenho de ser representado por um despachante oficial!
E o legislador é coadjuvante desta situação injusta e de miserabilismo social. 

Meus senhores. Já não vivemos nos tempos das aristocracias elitistas, nem dos coutos feudais.
Eu sei ler, tenho um elevado grau académico, e como tal sei muito bem lidar com as burocracias inerentes ao levantamento de um objecto numa alfândega.

Desde quando preciso de um representante que a única coisa que fará será cobrar-me honorários?

Com os meus sincero agradecimentos.


João Pimentel


2 comentários:

  1. Meu Caro
    Se a ignorancia tambem pagasse imposto a taxa que teria que pagar ao estado seria muito elevada.
    Não basta auto-intitular-se possuidor de um "grau academico" para depois fazer comentarios imbecis como de um analfabeto se tratasse.
    Na minha qualidade de DO muito agradecia informasse qual o Dec-Lei que vossa eminencia se refere quando fala em monopolios? Aproveito para felicitar V. Exa. pelo monopolio da estupides, em relação a esta materia. (Um sem grau academico academico)

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  2. Consagrar-me com as felicitações que me dirige no que concerne ao monopólio da estupidez é algo que me apraz fortemente, pois infelizmente como não passo de um plebeu literato não fui dotado de nascença com nenhum monopólio adquirido. O que escrevo não passa de caracteres e palavras fracamente ordenadas que pertencem ao mundo dos Homens (sendo que V. Exa pertence a um mundo à parte pois não sabe dactilografar correctamente a palavra estupidez em qualquer acordo ortográfico, como aliás demonstrou)

    Mas já V. Exa. como por certo tem uma prole vasta para sustentar necessita de criar as suas ingerências junto do legislador para que "em certos casos especiais" o individuo que recolha artigos numa alfândega tenha de contratar os serviços que V. Exa presta. Por certo que a profissão de DO deve ser sucedâneo de algum ofício controlado em tempos por judeus.

    Aceite os meus mais sinceros, na medida do possível não obtusos, cumprimentos

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