Mais um advogado para apodrecer a Política


O novo líder do CDS, a par com Paulo Portas, Lucas Pires e Assunção Cristas, é ele também, como não poderia deixar de ser no partido dos advogados, advogado. Os advogados, pela própria natureza profissional, pouco ou nada se preocupam com o conteúdo ou com os factos, mas apenas com as aparências e com a retórica, daí terem um enorme sucesso na Política e com as mulheres, pois são excelentes encantadores de corações, tal o ardil que empregam no discurso. Biológica e taxonomicamente, não fazem parte do filo dos cordados, isto é, não têm espinal medula, tanto podem hoje defender um princípio, como amanhã defender o princípio antagónico, considerando as circunstâncias e os interesses dos seus constituintes. No caso do CDS, o caso é demais gritante pois sempre foi dirigido por advogados, desde Freitas do Amaral, Francisco Lucas Pires, Assunção Cristas ou mesmo Paulo Portas. As suas figuras de relevo são todas advogadas, ou licenciadas em "direito", como Cecilia Meireles, Telmo Correia, João Almeida, José Helder do Amaral, Nuno Magalhães ou Pedro Mota Soares. Deve haver um pacto de partido, em que apenas se aceitam advogados no CDS. O opositor de Francisco Rodrigues dos Santos à liderança do CDS, João Almeida, é ele próprio também advogado. O que revela que o CDS é um partido que não tem qualquer credibilidade e que há muito que se vendeu aos grandes interesses dos escritórios de advogados que dominam o parlamento e os interesses económicos.

Na Prússia, terra natal de génios na Matemática e nas demais Ciências, a advocacia esteve proibida, pois considerava-se que a retórica não deveria imiscuir-se no Direito, sendo que os factos não deveriam ser adulterados pelo ardil. O advogado é um indivíduo, que apesar de se poder apresentar como cristão, como é o caso do CDS, não apresenta quaisquer nobres princípios da busca da Verdade, da Ciência ou dos Factos, mas apenas dos expedientes ardilosos e dilatórios para que consiga singrar numa audiência ou no parlamento. As leis em Portugal são feitas por advogados e para serem manuseadas por advogados; não são claras, não obedecem a critérios rigorosos e objetivos, tal como as leis semânticas de um programa de computador, pelo contrário, obedecem a critérios ambíguos para que os advogados, quando pagos para tal e em conformidade, possam manusear as leis e chafurdar na jurisprudência, para assim, obterem os respetivos dividendos financeiros e políticos. Os advogados na Política apodrecem o sistema, tal como é patente com António Costa. Não têm princípios, não têm visão estratégica, não têm rigor informativo ou científico, são por natureza incompetentes para entender qualquer assunto que envolva números ou matemática, não têm espírito crítico ou analítico, não passam, pois, de espécimes que se regem unicamente pela fachada da indumentária, da oratória e do ardil, aquilo que há de mais podre e moralmente miserável na raça humana, tentar convencer o outro não pela razão mas pela mera emoção. Os advogados são por isso excelentes manipulares da plebe, são, tal como Sócrates de Atenas referia, excelentes domadores de bestas de circo, sendo que a besta é a plebe. Poderíamos eventualmente referir que ser um excelente domador de besta de circo é uma virtude, mas não o é. Devemos valorizar mais o matemático, o filósofo, o cientista ou aquele que domina com destreza uma besta violenta, que conhece os seus caprichos e sabe quando e o que falar, consoante o seu estado irascível ou apaziguado?

O advogado corrói a Política, pois desprestigia-a, faz com que a Política desça ao nível mais medíocre dos soundbytes, das frases feitas, dos aforismos do twiter, onde o conteúdo racional é menorizado e onde a análise e a razão são desprestigiadas. Por isso, combater politicamente contra um advogado, é como lutar contra um suíno num chiqueiro intelectual. Reinam sempre os argumentos básicos, carregados de demagogia, emoção nacionalista, paternalista ou socialista, sendo que a ideologia, as ideias recheadas com conteúdo, são amiúde desprezadas. André Ventura líder do Chega não é advogado, mas formou-se no mesmo covil intelectual de onde saem os advogados, nas escolas que em vez de lecionarem que o Direito é uma Ciência, transmitem aos discentes que o Direito é todavia uma Arte, e por conseguinte, deve obedecer aos critérios estéticos, subjetivos e maleáveis de qualquer arte. Um dito professor universitário de um desses vespeiros que forma advogados terá dito a frase lapidar que define a própria raça: "tudo é defensável, basta argumentarmos"!

Porque a Bolt é melhor que a Uber


Com a Bolt fica quase sempre mais barato e sem surpresas,
ajudamos a economia da União Europeia
e ainda ajudamos os motoristas a serem menos taxados
Com a introdução e regulamentação dos denominados TVDE, sigla que significa de forma sucinta "Transporte individual e remunerado de passageiros em Veículos Descaracterizados a partir de plataforma Eletrónica”, surgiram no mercado nacional mais empresas a operar para além da Uber. Aliás, é esta a grande vantagem da concorrência de mercado em contraste com o monopólio preconizado pelos táxis, que além de terem tido o monopólio do transporte individual remunerado de passageiros, havia um número limitado de licenças impossibilitando a entrada de novos operadores. Com a introdução do quadro legal e regulamentar que possibilitou a utilização totalmente legal dos TVDE por parte dos consumidores, surgiram, naturalmente, como se requer numa economia de mercado sã, outros operadores. No presente caso operam em Lisboa e Porto: a Uber, a Bolt e a Kapten. De acordo com o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), já existem mais de 6900 motoristas certificados para transportar passageiros numa destas plataformas.

Por conseguinte, agora, como consumidores temos a liberdade de escolher a plataforma que mais nos convém em termos de conforto, acessibilidade e preço, e aquela com a qual nos identificamos caso sejamos consumidores com uma preocupação não meramente mercantilista na satisfação dos nossos interesses pessoais. É necessário realçar que os motoristas credenciados normalmente operam em todas as plataformas, e por conseguinte não há diferença na acessibilidade e tempo estimado de espera, visto que os motoristas têm todas as aplicações abertas nos seus telemóveis e aceitam os pedidos em conformidade. Tal é particularmente verdade para a dualidade Uber vs Bolt, visto que ambas têm na sua aplicação respetiva uma experiência para o utilizador muito boa e deveras similar. O mesmo já não acontece na Kapten.

Assim explico porque motivo agora, em Lisboa, para TVDE, só uso a Bolt. A Uber cobra 25% aos motoristas enquanto a Bolt só cobra 15%. A Bolt é unicamente europeia, mais precisamente da Estónia, enquanto a Uber é americana sendo que muitas das suas ações são detidas por sauditas. E mesmo assim, cobrando uma comissão mais baixa aos motoristas, a Bolt é mais barata que a Uber para o consumidor, pois o custo por km e por minuto é mais baixo na Bolt. Ademais, na Bolt o preço é definido à partida em função da origem e do destino, enquanto na Uber o sistema de pagamento funciona como um taxímetro, vai depender do trajeto e do tempo realmente efetuados. A Bolt, tal como a Uber, também tem carros totalmente eléctricos a operar consigo, e tal como na Uber, o preço é o mesmo em comparação com os carros com motor de combustão interna.

Conclusão: com a Bolt fica quase sempre mais barato e sem surpresas, ajudamos a economia da União Europeia e ainda ajudamos os motoristas a serem menos taxados pela plataforma. A aplicação da Bolt é tão funcional quanto o é a da Uber e em Lisboa a oferta é similar visto que os motoristas operam nas duas plataformas.