Mar Salgado


Pessoa foi o Místico
foi o Profeta
foi o Mago
foi o Poeta Iniciado

Bocage foi desregrado
foi eternamente exuberado
foi arrojado
e mal amado

Florbela escreveu um verso apaixonado
e um soneto enamorado
enquanto Ary em Abril plantou um cravo
com um texto revoltado

Pessoa no Martinho está opiado
e embriagado
enquanto escreve D. Sebastião, o enublado
O desejado

Florbela escreve um verso mal fadado
Ary plantou um cravo

Camões é o excelso, é o Augusto
O Lusitano, o iluminado
escreve a epopeia do navegante
que atravessou o cabo

Pessoa foi o Mago
Deus o agente, D. Sebastião o adorado

E Florbela,
seu cruel fado

E Bocage, um homem dado
aos prazeres do vinho e do pecado
e às belas sereias do Sado

Pois sou eu o Poeta Augusto
O Combatente
Uso a caneta ilustre
Sou o fiel crente

Que vencerá os déspotas do Mal
Que aos gentios dará o nobre sinal

Que cumprirá o mar salgado
e Portugal

À casta e sensual Lúcia


Sois Lúcia, nome de casta santa beatificada
Amar-vos-ei, minha mulher, para a eternidade
quando o nosso matrimónio, celebra a trindade
Sois bela, voluptuosa, exuberante e a mais amada

E os abraços que trocávamos, na madrugada
Cheios de paixão fogosa e mutualidade
do primeiro beijo, que nos remete, para a saudade
Sempre fostes a ansiada, e a desejada

Sou José, o pai biológico do Messias
Sois Lúcia, a nobre mulher mais formosa
Por ti venço batalhas, titãs e até Golias

Por ti executo a acção mais dura e mais honrosa
Amo-te Lúcia, em nossas sacras eucaristias
Das Mulheres, és Afrodite, a eleita, a mais briosa.


José Pinto Camargo

Bom Natal


Caríssimos

Queria apenas aproveitar esta efeméride natalícia claramente festiva para evocar os fenómenos astronómicos do solstício de Inverno, cristianizados com o nascimento do Messias, e com os valores da família, da paz e da harmonia, posteriormente deturpados com a forte divulgação e comercialização da coca-cola e do pai Natal vermelho.

Sendo o Natal um fenómeno essencialmente de ausência natural de luz pois decorre perto do solstício de Inverno, o dia cuja luz solar é a mais diminuta do ano, remete-nos naturalmente para a introspecção e para a interioridade, para o egocentrismo altruísta e para a reflexão interior, que por abrangimento lógico podem ser generalizados para a paz, harmonia, felicidade e num sentido mais colectivo para a família, a caridade, a solidariedade e a filantropia.

No seguimento deste raciocínio queria desejar-vos a todos vós um santo Natal junto daqueles que mais amam e estimam e não se percam em prendas desmesuradas nem em azáfamas em centros onde o comércio e a moeda são profícuos, pois lembrai-vos que o Natal é esotericamente uma efeméride da família e da harmonia, e não uma celebração do comércio. 

Que a dádiva natalícia seja muito mais que apenas a vulgar prenda!

A todos vós um harmonioso Natal e um próspero ano Novo


João Pimentel Ferreira
+351 934138888

Davi e Golias


A besta soltar-se-ia
na efeméride milenar
e no auspício lunar
o Profeta surgiria

Ridicularizar-no-iam
E no auge solar
propalando o verbo amar
a sacra batalha venceria

Relembremo-nos de Davi
Como venceu Golias
Vejam os homens o que eu vi!

Ó grão-vil quem tu ferias
lembrar-se-á de mim,
Sou Cristão nas Mourarias

Duas Torres


As duas austeras torres ruíram
a mando da ímpia secreta ordem
causando o horror e a desordem
E os fiéis do Islão, eles puniram

Os generais do império agiram
com bombas, mísseis e desdém
contra todo aquele que a Fé tem
e o Afeganistão invadiram

Um acto de auto-flagelo
para que todos os observassem
queriam servir de modelo

para os párias que passassem
Tornaram-se num pesadelo
Para os livres Homens que indagassem.

Pequena egobiografia Polaca


João Pimentel Ferreira é um poeta exuberante, e permitir-me-á o douto leitor versado na língua Polaca, que eu faça a escrita desta missiva sem público alvo na primeira pessoa do singular, mas eu confesso que com as paragens e doutrinas polacas guardo memórias contraditórias e díspares emocionalmente. Eu considero-me um excelso e magno Poeta pois fazem parte de mim as características que eu próprio em tempos defini como caracterizantes do Poeta augusto: Inteligência, Plebeísmo, Literacia e Feminilidade.

Em tempos fui plebeu, nasci num humilde bairro de Lisboa à beira-mar denominado Marvila, as gentes eram pobres, os miúdos agressivos provenientes das ex-colónias africanas do império Luso, e outros de paragens beirãs, bucólicas do interior mais pobre de Portugal. Da infância na escola pública pouco há a reter, apenas momentos de extrema agressividade e violência, que por certo marcaram o homem que hoje sou, moldaram a personalidade que formo, não para melhor ou para pior, mas para diferente. Alguém disse em tempos que a guerra não torna o homem mais nobre, torna o homem num cão selvagem e agressivo. Resta-nos a razão e a consciência para moldar estas maleitas da memória cognitiva e transformar-nos em homens superiores, tal como preconizavam os filósofos alemães. Mas sempre plebeu, pois esta condição de parca abundância e de vivência humilde serviu bastante para valorizar as relações interpessoais e colocá-las no altar mais sacramental dos valores humanos.

Considero-me moderadamente inteligente, não sendo um génio nem genial. Sempre tive boas notas na escola pública nas turmas onde fui discente mas tal não seria tarefa difícil dadas as condições menores que a turma proporcionava do ponto de vista lectivo. A discência decorreu com normalidade nos moldes que foram apresentados. Os tutores oscilavam entre o medíocre e o soberbo, típico de uma escola pública, os alunos não respeitavam o mestre e a assimilação do saber fazia-se com cautela e moderação. No entanto formou a minha condição humana e a escola pública deu-me os pilares estruturais e basilares para assimilar muito mais conhecimento dada a minha nata curiosidade. Considero-me moderadamente inteligente, sem ser génio ou genial. Em tempos ganhei um prémio de umas olimpíadas de Matemática, matéria que sempre gostei e apreciei.

Considero-me literato, um homem plebeu deve a sua literacia à República. Sendo eu completamente avesso a todos os princípios maçónicos pois estas ordens perpetraram os maiores genocídios do mundo e conspiraram para destruir tudo o que estava harmoniosamente estabelecido, no entanto se hoje sou um homem literato sendo plebeu devo-o à República, pois esta instituiu o saber como pilar mestre do estado. Os patrícios e os aristocratas já tinham acesso ao saber, mas os plebeus, o povo, começou a ter educação com a república e sendo eu um mero plebeu, devo a minha literacia à escola pública. Depois a curiosidade nata fez-me querer saber mais e muito mais, fez-me querer saber a verdade e tão-somente a verdade e apenas a pura das verdades realmente interessa tal como preambulava Schopenhauer na sua metafísica do amor. A literacia advém da curiosidade pelo saber.

A feminilidade advém da terna educação que fui tendo da minha adorada progenitora, que me marcou fortemente e da sua personalidade ora forte, ora frágil, e por vezes emocionalmente conturbada que me influenciou bastante e que me tornou neste homem emocionalmente arrebatado e de sensações fortes e extremas.

Caro leitor Polaco, já visitei diversas cidades europeias, diversos países e também já pernoitei por paragens polacas em casa de uma acolhedora amiga que habitava em Varsóvia. Mas Varsóvia tornou-se num trauma, como se eu tivesse sido invadido por uma Blitzkrieg que me assolou a espinha e o sistema nervoso central, desviei-me dos princípios basilares que me tornam num homem são e metamorfoseei-me num qualquer moribundo que deambula na cidade completamente perdido e sem apoio. Parece que me queria esconder num gueto, encrostar-me em mim mesmo para me proteger em Varsóvia, mas o ataque Nazi ao gueto de Varsóvia foi tão letal e sanguinário que fiquei completamente destroçado pela experiência varsoviana. A minha mente adulterou-se e perdi os sentidos e o trauma formou-se.

Não nego no entanto que a beleza das mulheres polacas exubere quaisquer erógenos sentidos masculinos, pois os seus traços corporais e faciais indo-europeus obedecem aos mais nobres tratados da beleza universal. Os olhos azuis e os cabelos loiros caracterizam a candura e a pureza.

Sou um magno Poeta viajado, tendo habitado um ano por paragens nórdicas em Estocolmo, que me possibilitaram muito conhecer diversas esplendorosas cidades europeias.

Espero que tenha apreciado esta biografia na primeira pessoa, pouco ortodoxa e volte sempre ao meu sítio cibernético caro internauta polaco, ou mero conhecedor desta magna língua eslava.

Extremamente agradecido pela sua cordial visita, desejo-lhe que volte sempre.

Força libertária


Instigam os homens à clausura
ao terror, ao ódio e à chacina
Há mil anos escreveu Deus a minha sina
“Destronarás o titã da ditadura”

Incutem-me a folia e a loucura
Presentearam-me com uma menina
que muito amo, moça tão fina
Não cumpro os pactos da diabrura

Libertarei os povos do Cosmos
As algemas serão cortadas
Os Baptismos por mares mornos

Pelas minhas mãos consagradas
Vinde ricos, vinde pobres
Encontrareis as alvoradas



Filipe Pimentel

Repto público ao mui execrável e vil grão-mestre da ordem maçónica americana e internacional


Não vos tratarei por caríssimo, pois não mereceis a insígnia com que trato todos os meus confrades ou meras figuras a quem dirijo a palavra.

Tratar-vos-ei de adiante por execrável, pois sei-o bem que sois um homem execrável. Sei o género, não sei a idade, pois por certo tem havido uma certa regeneração maléfica no comando da ordem que liderais. Tens praticado maldades mundiais, sois tudo o que os ecuménicos religiosos em tempos definiram como satânico. Sois despótico, imundo, ditador, sanguinário, maquiavélico e terrorista.

Tentais a minha destruição desde 2002, e tendes aniquilado muitas pessoas de boa índole para o conseguirdes, julgais que mantereis a vossa impunidade para a eternidade, mas assim não o será, pois vós, assim como a ordem que liderais é efémera, é caduca.

Sois um homem, sei o género, falais Inglês e Francês, lestes os grandes clássicos da literatura, tivestes uma infância feliz, devereis ter sido um nobre sem carências que se tornou num adulto abominável.

Tentais a minha aniquilação desde 2002 aquando da minha estadia anual por paragens hipér-bóreas. Viestes do outro lado do Atlântico para me aniquilar e torturar os membros das ordens nórdicas.

Um dia ver-vos-ei de frente, pois sois um cobarde execrável que não mostra o rosto. Nos vossos festins orgiásticos escondeis a face, no entanto passais como anónimo por mim para me observardes e nunca vos identificais. Sois um homem execrável, um grão-mestre de uma ordem abominável que tortura e terrifica os homens e mulheres livres do mundo. Sois pior ainda que Hitler ou qualquer doutrina Nazi.

Faço-vos um repto: Encarai-me de frente. Não vos escondais por detrás de máscaras ou palácios, ou meros fantoches e marionetas negros que me apresentais. Mostrai-me a face, pois quero ver-vos de frente. Quero aniquilar-vos. Bem sei que provavelmente já não sois velho, já vos rejuvenescestes corporalmente, mesmo assim quero ver-vos de fronte, para vos aniquilar, pois o que tendes feito à sacra humanidade é contrário a todos os postulados e tratados que os mais excelsos e magnos homens têm escrito ao longo da História Universal, desde o apóstolo João, até Voltaire.

Julgai-vos rei, julgai-vos sacro, mas há um rei que está por de cima de vós, um rei em quem não credes, invisível aos vossos olhos mercenários.

Enfrentai-me de frente, em vez de me enviardes os vossos lacaios terrificados que tudo fazem para vos obedecer pois temem-vos grandemente. Os vossos lacaios intelectualmente superiores não vos amam, temem-vos pois torturastes-os de forma horrífica e horrenda.

Deixai de me enviar os vossos lacaios ou subordinados, enfrentai-me de frente em arena pública ou privada.

E relembrai-vos de David e Golias!

Com os piores cumprimentos

Aónio Eliphis