O espírito astronómico do Natal


Ontem fui ao centro comercial Vasco da Gama! Estava apinhado de gente que gastava o subsídio de Natal que não recebeu, em frivolidades importadas do Japão, dos EUA, da China e da Alemanha. Ainda dizem que há crise!

A efeméride natalícia, que foi expropriada no princípio do primeiro milénio pela Igreja, aos povos pagãos que celebravam em 21 de dezembro o solstício de inverno, expropriação essa que foi usada pela Igreja para celebrar o nascimento de Cristo (há quem diga que o Messias até nasceu no verão), veio depois mais tarde a ser novamente expropriada, desta vez pelos judeus comerciantes, para fazer do Natal, uma época de consumo desenfreado de bens importados, ainda por cima numa economia sem produção industrial. Mas ladrão que rouba ladrão....


E que tal, simplesmente passar o Natal junto dos que mais ama, perdoar a quem vos tem ofendido e pedir perdão a quem ofendeu. E se tiver algum crédito para gastar, oferecer a quem mais precisa, e quem mais precisa não são os fabricantes de telemóveis, os fabricantes de plasmas, nem muito menos o Eng. Belmiro de Azevedo!

Pois o dia 21 de dezembro é o dia mais curto do ano, ou seja, com menos tempo de luz, e tal remete-nos para a interioridade, para o conforto da família, para a introspeção, para procurar o mais próximo, ao contrário do verão em que se procura o festim do ar livre e da natureza!

Repare ainda neste dado interessante: segundo o INE, o dia em que nascem mais bebés em Portugal, é o dia 21 de setembro, e este padrão tem-se repetido praticamente constante desde que há dados estatísticos em Portugal sobre natalidade. Ou seja, considerando nove meses de gestação, a maioria dos casais lusos fecunda, exatamente a 21 de dezembro, no solstício de inverno. Como grafava Margarida Rebelo Pinto: "Não há coincidências!"

Goze esta efeméride astronómica com quem mais ama.

Saudações natalícias!

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