Compromisso de Salvação Nacional dos Sofistas, perdão, Socialistas


AJS: uma nulidade, um sofista,
o seu argumentário mais não é que
um saco de generalidades e lugares comuns
Li agora grande parte do Compromisso de Salvação Nacional do Partido Socialista, que surge no âmbito da crise política que assolou Portugal. Tudo na mesma, nada muda.

O dito compromisso é tudo menos um compromisso. Normalmente as pessoas comprometem-se com metas claras e objetivas, mas este "compromisso" está repleto de generalidades, generalidades, e muitas mais generalidades, lugares comuns, onde o compromisso é muito pouco.

Sobre a despesa devemos, segundo o PS, "parar com os cortes de 4,7 mil milhões de euros", "parar com os despedimentos na função pública, com mais cortes nas pensões atuais, parar com a contribuição de sustentabilidade do sistema de pensões e com a redução de vencimentos." Ou seja, mais despesa, muita mais despesa para os cofres públicos! Deve-se ainda (no meu entender bem) "fazer um aumento do Salário Mínimo Nacional".

Sobre o investimento público (leia-se despesa) deve-se ainda fazer uma "ligação ferroviária do Porto de Sines a Espanha, o alargamento dos terminais de contentores do Porto de Sines e o desenvolvimento de um Programa de Qualificação das Áreas de Acolhimento Empresarial". Num Estado praticamente falido, o PS propõe mais despesa!

Do lado da receita, qual a solução do PS? Claro! Baixar impostos, e incentivos fiscais, que mais seria? Assim o PS propõe a "redução do IVA da Restauração, repondo a taxa intermédia de 13%", e "em 2014, uma redução progressiva do IRC". Refere ainda que "deve ser igualmente considerada a revisão do Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAInv.) e o Regime Fiscal de Apoio à Internacionalização (RFAInt), para apoiar o desenvolvimento empresarial, em particular das PMEs." que na prática significa ou mais dinheiro público ou menos impostos, i.e., mais défice!

Quem lê este compromisso, deve pensar que Portugal tem um superavit nas contas públicas de milhares de milhões de euros, mas não, tem défice, e muito alto. Então como propõe o PS resolver este problema? Claro, a mendicância à Europa! Os alemães e os holandeses, que nos paguem o Estado Social, mesmo considerando que por exemplo Portugal é dos países da Europa com mais investimento público em autoestradas, um autêntico arrombo nas contas públicas, que fazem do norte da Europa um vila rural em termos de qualidade do "asfalto", autoestradas desenvolvidas nos tempos da governação socialista.

Assim, na dita carta de compromisso é dito a propósito da dívida que "a parte da dívida soberana superior a 60% do PIB deve ser gerida ao nível europeu, assumindo cada país a responsabilidade pelo pagamento dos juros correspondentes". Nós criámos a dívida, mas os outros que a giram. Sobre os juros o PS defende "o diferimento do pagamento dos juros e a redução das taxas de juro, para garantir a sustentabilidade da dívida pública". Diferir taxas de juros, implica sempre pagar mais juros, mais dinheiro, e a redução das taxas de juro, só se os credores aceitarem!

Tudo o que nos diz respeito a nós Portugueses, resolver, o PS agrava, piora, deixando as soluções para os outros. Como dizia Confúcio "um homem superior é aquele que exige muito de si e pouco dos outros; um homem inferior é aquele que exige pouco de si e muito dos outros". Há muito que o PS se tornou um partido muito "inferior" no seu ideário para o país.

Assim, o PS entrou na fase de colapso populista final, na decadência total, um "compromisso" que mais não é que um saco de generalidades, de lugares comuns, de "consensos", com enfoque em palavras poéticas e de enlevo emocional. Do lado da despesa, apenas e somente mais despesa, do lado da receita, apenas e somente menos receita! Como o país está com um défice abismal, o resultado é simples de achar até para uma criança que aprende os primeiros conceitos de álgebra: mais défice, muito mais défice! E como resolver o problema? Paguem os outros! Afinal para que é que serve a Europa? O mesmo pensa Jardim do Continente!

Pois eu iria mais longe. Acho que os portugueses têm direito ao conforto e à felicidade e ao bem-estar. Proponho um bailarino cubano para cada portuguesa e uma dançarina do leste juntamente com um ferrari, para cada português. Porque o direito à felicidade e ao bem-estar dos portugueses deve ser uma premissa de toda a classe política. Proponho também aumentar os funcionários públicos em 500%, uma medida que incentivaria o consumo interno, alavancando a economia nacional. Do lado dos impostos, baixaria o IVA para a restauração para 1% pois é um sector que gera emprego, muito emprego. E para concluir cobrava uma taxa de 1000€ a todos os políticos, por cada vez que proferissem a palavra "portugueses".

Epílogo: Fernando Pessoa, quando pensava o título para a sua obra "Mensagem", quis chamar-lhe "Portugal", mas achou por bem não o fazer, pois referiu que o termo já se encontrava prostituído de tanto uso desmesurado!

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