Terezinha de Chico Buarque e Maria Bethania - Código da Propriedade Emocional de uma Mulher


Meus caros excelsos amigos homens com ou sem companheira marital, caríssimos cibernautas desta inter-rede que nos incute a lascívia e a exuberância libertária primordial.

Se compreenderem a metafísica latente por detrás destes sacros versos que estão plasmados nesta música, se indagarem a transcendência simbólica, se compreenderem esta Mensagem, compreenderão as rotinas algorítmicos que regem a mulher, e conseguirão conquistar e possuir qualquer mulher que desejarem, qual sacro manual da conquista feminina dos magnos galãs.

Se entenderem a Mensagem destes versos sacrais, a mulher deixará de ser aquele estranho, complicado e complexo ente que por vezes nos causa a nós homens tanta inquietude e perplexidade.

Deixo aqui o código da propriedade emocional feminina apenas para vós abençoados e iluminados internautas masculinos.





Terezinha

O primeiro me chegou como quem vem do florista
Trouxe um bicho de pelúcia, trouxe um broche de ametista
Me contou suas viagens e as vantagens que ele tinha
Me mostrou o seu relógio, me chamava de rainha
Me encontrou tão desarmada que tocou meu coração
Mas não me negava nada, e, assustada, eu disse não

O segundo me chegou como quem chega do bar
Trouxe um litro de aguardente tão amarga de tragar
Indagou o meu passado e cheirou minha comida
Vasculhou minha gaveta me chamava de perdida
Me encontrou tão desarmada que arranhou meu coração
Mas não me entregava nada, e, assustada, eu disse não

O terceiro me chegou como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada também nada perguntou
Mal sei como ele se chama mas entendo o que ele quer
Se deitou na minha cama e me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro e antes que eu dissesse não
Se instalou feito poceiro, dentro do meu coração


Chico Buarque

1 comentário:

  1. gratíssimo pelo que me palavreaste!

    e é pelo que me entra pela boca, minha incontornável gula! que eu me perco antropófago mesmo... todo amor é uma deglutição do outro. e no paraíso em que vivo onde bundas tantas me atordoam, o meu desejo mais imperioso é devorá-las, comê-las todas! ai, lascívia...

    e devo isto a vós, ou a vossa pátria - que da maior parte de meu coração é dono (exceto talvez pela aquela parte que ama profundamente as mulheres - se bem que as portuguesas... pelamordedeus!). e pois bem perscruto que tu também és doido por bundas, ah! não negas o sangue, porque, como eu dizia, a culpa é dos portugueses pela beleza desenvolvida do lado de cá do atlântico...

    e falando em bundas, ótima a sua obsessão metafísica! enquanto eu, na mais ingênua visão vejo sorrisos e gargalhadas lunares das Graças e das Nornes escandinavas, tu desvendas o mistério! conheces Carlos Drummond de Andrade? se não, leia dele o "Amor Natural", ele também ama bundas e esse livro de poemas é todo dedicado a sacanagens do tipo e outras mais.

    visite-me novamente que em breve vou postar o primeiro canto de minha epopéia pornográfica, e como eu não nego o sangue, bundas não hão de faltar...!


    abraços!

    f.f.

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