RR e RFM, as rádios anglicanas


Os católicos lusitanos indignaram-se recentemente, e muito bem, contra a decisão do Exmo. Sr. Presidente da República, Cavaco Silva, ao promulgar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, cujo termo mais corrente e amplamente mais de acordo com os princípios da grafia lusitana é homossexuais.
Ainda não percebi a aversão que os média têm ao termo homossexual, ou denominam casamento gay, cujo termo não é condicente com a filologia lusíada, ou referem casamento entre pessoas do mesmo sexo, expressão que vem apenas suavizar o acto, que realmente é de forma crua e áspera, um casamento entre dois homossexuais.
Não vou agora divagar sobre as questões filosóficas do casamento homossexual, por certo fá-lo-ei mais tarde.

Refiro-me tão somente às indignações dos católicos portugueses, contra a promulgação do Exmo. Sr. presidente. Será desprestigiante, será anacrónico?

O que é mais desprestigiante ainda na cultura lusitana e natural e historicamente cristã é a música que passa na Rádio Renascença e no outro canal da Renascença, a RFM. A RR e a RFM são certamente as rádios da Igreja Anglicana mais protestante que católica dadas as profusas músicas cantadas em Inglês que ouvimos nestas rádios. A Santa Sé sempre respeitou, disseminou e valorizou as culturas autóctones, já a RR e a RFM fazem o antagónico ao proliferarem música de traços anglófonos no espaço radiofónico lusitano.

A RFM é a rádio da Igreja protestante anglicana, como tal é mais dada ao anglicanismo que ao Vaticano. Na RFM ouvimos por vezes, por espaços curtos de tempo, breves homilias de presbíteros, de santos e castos homens enquanto se ouve uma música quase enfadonha e maçuda. É a isto que o português corrente associa à Portugalidade; mas de seguida sem quaisquer complacências faz-se ouvir na RFM, Mika, Shakira, e Katy Perry, por certo católicos dedicados e fervorosos defensores da Santa Sé. Já para não falar que não são raras as vezes em que se ouve na RFM Madona, a cantora americana que mostra o corpo desnudo e canta alegremente como uma virgem, talvez mesmo como a virgem Maria, e se auto-intitula a Madona italiana, a figura metafórica da Virgem Maria do santo catolicismo.
A RFM é a rádio que mais exacerba os espíritos laicos, maçónicos e desprestigiantes do catolicismo português, pois renega completamente a Portugalidade e a língua portuguesa.

Se fizermos uma estatística sobre o que se ouve no espaço radiofónico Lisboeta e Portuense só ouvimos, quando em Português, falantes, ora ásperos, graves ou maçudos, e na musicalidade, que exacerba as almas e os espíritos do ser humano, só ouvimos a fria língua Inglesa. Cantar em Inglês é um paradoxo filológico. A língua Inglesa não foi elaborada para ser cantada, é típica de mações racionais e é muito fria e de difícil dicção. A língua Inglesa não tem musicalidade natural, como tal os iniciados do mundo anglófono, carentes de sentimentos disseminaram pelo mundo a musicalidade anglófona, na maior parte das vezes pobre e de sentimentos banalizados. A RR, rádio do catolicismo português, abraça esta banalização, abraça o anglicanismo protestante musical.

Na RR e na RFM, a missa ouvimo-la em Português, mas a música estonteante e pulsada temos que ouvi-la em Inglês.

A RR e RFM, são as rádios dos anglicanismos protestantes que tanto desprestigiam as línguas autóctones lusitanas do santo catolicismo português.


4 comentários:

  1. Meu caro João.
    Até que enfim que alguém escreve tão a propósito, como tanta seriedade, mas também com bastante humor à mistura, sobre o excesso de música anglo-saxónica que passa na RR e na RFM. Na verdade, meu caro João, quantas vezes tenho pensado nisso quando oiço estas 2 rádios. Em relação à RFM, tal como a MEGA FM, ainda se pode perceber - elas pertencem ao Grupo Renascença, mas são mais recentes e estão destinadas a um público mais jovem. Agora a velhinha RR, com 73 anos de vida, que apostava tanto na música e cultura nacionais...realmente, não estou a perceber porque se descaracterizou de forma tão gritante.
    Fico triste com isso, podes crer.
    Durante anos e anos, desde a minha adolescência, o meu despertardor acordava-me sempre de manhã na RR. Presentemente, por causa da sua Set List insuportável, que se repete diariamente de forma obsessiva, já não a consigo ouvir. Não consigo mesmo, tenho pena. Estou farto sempre da mesma música, estou farto da nossa cultura ser tão desrespeitada, diria até, enxovalhada.
    Ó Renascença, volta á tua identidade!
    Olga Cardoso, volta que "tás" perdoada!
    Sou jovem mas, desculpem, ainda quero
    voltar a acordar com o "Despertar".Que saudades!

    João Carlos Azevedo

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  2. Olá caro amigo

    Concordo inteiramente contigo. Talvez a RFM e a Mega-FM não tenham de propagar a cultura portuguesa pois o público alvo são os jovens, se bem que se pode incorrer num erro cultural crasso ao supor-se que como é para jovens já podem ouvir tudo em Inglês. Tal é falso, pois todos os impérios souberam que é nas gerações mais jovens que se encontra o futuro. Se os jovens Portugueses não ouvem música em Português, as gerações vindouras, dentro de 30 ou 40 anos não ouvirão música nacional, e os jovens de então talvez nem sequer saberão o que é música cantada em Português. Por isso há que começar a incentivar os jovens a ouvir em Português porque é que nos mais novos que se encontra o futuro da nação e do mundo.

    E a música é extremamente importante. É na música que se imiscuem os espíritos pulsados apaixonantes da alma, e o mundo anglo-saxónico utiliza a música como um dos seus tentáculos para a sua disseminação e hegemonia cultural. Há-que fortemente parar esta influência maçónica anglo-saxónica

    Cumprimentos clericais meu caro amigo João Carlos Azevedo

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  3. Obrigado, João, pelo teu comentário.

    Primeiro que tudo, retira lá os "cumprimentos clericais". Felizmente, já me deixei disso há alguns anos, até porque creio que Clericalismo e a simplicidade do Evangelho (Feliz Notícia, em grego) são duas forças completamente antagónicas. Bem, mas claro, se já te conheço um pouco, penso que usaste essa expressão em tom jocoso e não a sério. Por isso, estás desculpado, amigo!!

    Em relação ao receio que tens de que os jovens, presentemente, não ouvindo música em Português, as futuras gerações também não a irão ouvir, não sou tão pessimista assim. Sabes porquê?
    Porque, durante a nossa adolescência e início da juventude, a maior parte da música que ouvíamos, se calhar, era estrangeira, e, quando chegamos aos 30's, acabamos quase todos por reconhecer o valor de alguma da música feita na nossa língua. O mesmo se passou com a geração de 60 e 70 dos nossos pais. Acho, pois, que são fases passageiras. Como tenho visto que, no geral, assim tem acontecido, sou verdadeiramente optimista.
    Mas, de qualquer forma, há coisas que me deixam um pouco apreensivo. Conto-te uma. Hoje vi um pouco do Festival Eurovisão da Canção na Tv. Presentemente, pelo que percebi, todas as canções têm de ser cantadas uma parte em inglês, sendo que alguns países optam por a cantar a sua canção na totalidade em língua inglesa.
    Mas porque raio é que isso tem de ser assim?
    Eu sei que a Língua Inglesa é fácil de ser cantada e tem até uma certa musicalidade. Mas, se cada canção representa o seu próprio país, porque têm de cantar numa lingua que não é a sua? Mas o que é que a língua inglesa tem de mais importante que as outras?

    O Língua Portuguesa é falada em Portugal, América do Sul, África, Oriente...quando é que nós começamos a bater o pé e a meter essa gente no lugar? A nossa lingua é falada no mundo por algumas centenas de milhões de pessoas. Quando é que nós assumimos de uma vez por todas a grandeza da nossa língua, cultura e identidade, deixamos de nos a vender e subjugar a outros?


    Acho que a nossa nação ainda não "agarrou o touro pelos cornos" de uma vez por todas. Temos, definitivamente, de nos deixarmos de obras cosméticas "para inglês ver" e passar a Ser (contrário de parecer) e a Fazer "coisas" para nós, em ordem ao assumir de um verdadeiro desígnio nacional que terá com meta a nossa Vitória como nação e como Povo que se orgulha do que foi, do que no presente é timidamente, e do que será em excelência no futuro.
    Viva a Língua e a Cultura portuguesa!
    E vivam, também as outras Línguas e culturas, claro (não sou nacionalista). Mas cada um assuma aquilo que é, a sua própria identidade, e exponencie-a.
    Para terminar a minha partilha, pergunto-te, João: porquê, recorrentemente, em muita da tua reflexão escrita, esse bode expiatório da maçonaria?
    Não será isso também um tal "sagrado" que precisarás de destronar, para se entender que as responsabilidades do que quer que seja não estão ligadas a ninguém em particular, nem a nenhuma instituição, mas a todos e a cada um de nós?
    Desta afirmação que acabo de escrever, estou profundamente convicto, e isto é profundamente libertador. Quando deixarmos de apontar dedos, assumimos a nossa quota-parte de responsabilidade. Que liberdade interior!
    Um abraço, João.

    João Carlos Azevedo

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  4. Olá João

    Depois de ler atentamente o texto que me enviaste cujos excertos coloquei aqui na mensagem anterior, devo dizer que concordo em parte contigo sobre algumas questões.

    Há uma que discordo plenamente. A língua Inglesa não tem mais sonoridade que a Portuguesa, pelo contrário, é bem mais complexa em termos de dicção. A sua grafia é muito mais complexa, se bem que não tem acentuação. O Inglês, é uma língua germânica e como conseguinte, hiperbórea, sendo assim não está tão impregnada de sentimentos primários como as línguas dos homens do sul, a que a plebe denomina erroneamente de latinos. O Português, o Espanhol e o Italiano têm muito mais sonoridade musical que as línguas germânicas, têm sim mais complexidade gramatical, mas muito mais simplicidade em termos de dicção e de fonia. A título de exemplo refiro os termos ingleses "thought", "though", "tough", termos cuja grafia é muito similar, mas cuja pronunciação é totalmente diferente. A língua Inglesa tem uma discrepância enorme entre o que é escrito e o que é falado, e a sua filologia simbólica é completamente racional e anti-emocinal.

    Por isso caro Carlos é completamente erróneo as fundamentações que a língua Inglesa é a mais usada no mundo porque é mais simples e de fácil aprendizagem. Dou-te outro exemplo clarificador. Estudei um ano na Suécia e acredita que nunca vi uma língua tão elementar e simples de ser falada como é o Sueco em termos de gramática e de dicção por exemplo, e quem é que fala Sueco no mundo? Quase ninguém à excepção de suecos e finlandeses.

    O Inglês é a língua mais falado no mundo, porque existe uma ordem invisível despótica e sanguinária sediada no novo mundo, com características maçónicas, que quer propagar a sua língua por todo o mundo, e fá-lo através do cinema, das músicas, da tecnologia, da história e de outras ciências. Não por serem os mais qualificados, mas sim por serem os mais musculados, mas brutalmente musculados sem quaisquer género de piedades.

    O Inglês está neste momento a suplantar as culturas autóctones europeias, sendo que Inglaterra é o país que mais ignora os desígnios europeus, talvez por serem ilhéus.

    O Festival Europeu da canção revela isso mesmo.

    Rejeito a maçonaria, pois esta revela uma perversidade insustentável que vai até contra os próprios princípios que esta sempre defendeu ao longo da história. Os EUA, que são o epicentro maçónico, impõem ditatorialmente a sua hegemonia sobre o mundo, e sabe-se que a maçonaria ao longo da história sempre defendeu a soberania dos povos.

    Um grande abraço caro João Azevedo

    Cumprimentos anti-jacobinos :)

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