O aquecimento global e os incêndios


Não é preciso ser-se académico nem meteorologista, para se constatar que o Aquecimento Global tem um papel muito importante no fenómeno dos incêndios que têm devastado o país. Entretanto, continuaremos todos com o mesmo estilo de vida e com hábitos motorizados, a criticar, eventualmente de forma injusta, o governo pela sua eventual incompetência, desconsiderando que hoje temos muito provavelmente o mesmo número de pirómanos do que tínhamos há dez anos a esta parte, tendo forças de combate aos incêndios muito mais bem preparadas e com melhores equipamentos do que tínhamos nessa altura.

Os especialistas em climatologia citados pelo jornal Público referem que cada vez mais estarão reunidas em Portugal as condições da regra dos três trinta. Ou seja, mais de 30 km/hora de vento, 30% ou menos de humidade e 30 graus Celsius ou mais de temperatura. Esta regra dos três trinta é um perigoso condicionante de incêndios, condicionante esse que é acentuado pelo fenómeno do Aquecimento Global e alterações climáticas, visto que o efeito de estufa, coloca mais energia no sistema climatérico, aumentando não só a temperatura média anual à superfície, mas também a velocidade dos ventos, que com o aumento da temperatura, tornam-se ventos mais secos, ou seja, com menor humidade. O gráfico seguinte é da NASA e apresenta a variação da temperatura média anual à superfície do planeta Terra.


Já o gráfico seguinte apresenta a frequência de tempestades tropicais no Atlântico Norte, havendo por conseguinte uma determinada correlação com a velocidade média dos ventos, ou pelo menos, com a forma como a variação da velocidade dos ventos está distribuída ao longo do ano, principalmente para o caso em apreço, no verão.


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