A propósito do custo das ciclovias de Lisboa


Aprecio a exigência financeira, de alguma direita portuguesa, nas contas públicas e na forma como cada político ou cidadão deve lidar com os dinheiros públicos, desde o erário público das administrações centrais à gestão financeira do poder local. Tal revela uma exigência e rigor, à qual a cultura mediana portuguesa não está propriamente habituada, não é por acaso que muitas vezes nos países nórdicos somos conotados como perdulários. No entanto, bem mais grave que ser perdulário, é fazer passar-se por financeiramente rigoroso, e ser todavia mais perdulário que aqueles aos quais acusamos de serem perdulários. Foi o caso do PSD-Lisboa que acusou a edilidade de alegadamente gastar 5 milhões de euros em 210 km ciclovias, quando um simples túnel com 1,7 km custou aos cofres públicos cerca de 27 milhões de euros, ou seja mais de 5 vezes mais. Caso para perguntar: rigor financeiro ou hipocrisia?



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