Como poupar realmente nas compras para casa


A análise ao consumismo, à publicidade e ao embuste do estudo da DECO

A DECO (Associação de Defesa do Consumidor) é um embuste enquanto instituição na defesa daqueles que querem realmente poupar, pois a DECO existe enquanto entidade que defende os consumidores, e para se ser consumidor é preciso fazer isso mesmo, consumir. E quando se consome, incorre-se num custo. Por isso a DECO é uma excelente entidade para saber onde e como se há de consumir e gastar dinheiro, mas é DECO é um embuste, uma tanga, uma orquestração maquilhada de puerilidade, um ardil, se por acaso quiser realmente poupar a sério.

A DECO não sabe o que é temperança ou frugalidade, a DECO não sabe o que é poupar dinheiro, a única coisa que a DECO sabe fazer é recomendar onde deverá gastar o seu dinheiro, mas terá sempre de o gastar, pois a DECO não defende as poupanças de uma forma séria e sólida, a DECO assenta os seus ideais numa sociedade neoburguesa, fundeada no consumismo como única alavanca para o crescimento económico. Sou hippie, sou anarca? Não, meus caros, não se iludam, sou só filósofo e pensador livre, então explico-vos a minha dialética.

A grande arma para se conseguir verdadeiramente poupar, está na psique, apenas e tão-somente na psique. Então a primeira regra de oiro para começar a poupar é: deixe de ver publicidade. Eu sei que dir-me-á imediatamente “mas eu não sou influenciado pela publicidade”. Todos dizem, na sua soberba intelectual ao nível da psicanálise e do estudo do ego, que são "imunes" à publicidade, mas o certo é que as grandes empresas gastam milhões de euros todos os anos, apenas em publicidade, e por norma um bom gestor não gasta dinheiro só "por acaso", é porque deve realmente funcionar!  Claro, vai dizer-me que é uma pessoa plenamente consciente das suas escolhas e que não se deixa influenciar por aquilo que os outros querem que faça. Façamos então um teste muito simples, pense em vermelho, numa bebida fresca e no pai Natal, em que pensa? Pense no belo champô que lava o cabelo do Ronaldo, em que pensa? Ou melhor ainda, onde guarda o Mourinho a sua fortuna? Claro, no banco que em meia dúzia de meses perdeu milhares de milhões de euros em desvalorização bolsista, isto é que é solidez! Porquê, porque as aparências iludem e a publicidade vive das aparências, dos sentimentos. Para se começar a poupar terá de eliminar publicidade na Internet, usando ferramentas como o AdBlock, e muito mais importante ainda, terá de vender a sua televisão, o maior emissor de publicidade. Acha que a publicidade é inofensiva? Pondere friamente e verá que a televisão dá-lhe entretenimento, a troco de escravatura.

Eu falo por mim, vendi a televisão e não tenho publicidade na Internet, de repente os meus instintos de consumidor, que provêm dos nossos antepassados enquanto caçadores-recolectores, passaram a ser esfriados pela razão. Devemos acima de tudo ser racionais, quando decidimos comprar algo. Quer isto dizer que não devemos procurar o prazer e a satisfação? Não, claro que não, mas a publicidade incute nos nossos inconscientes a necessidade primária de algo que racionalmente não precisamos. Os publicitários, a par com os advogados e os políticos corruptos, são a parasitagem da sociedade, um antro de mercenários, que vende a sua arte, a sua criatividade, em prol de produtos, que na sua maioria, nada têm de especial. Um bom publicitário e um bom advogado transformam uma pérfida numa santa, um corrupto num altruísta e um Judas em Cristo, basta pagar-lhes. Ou seja, fazem parte da elite mais asquerosa e repugnante de gente: mercenários (lede o Príncipe de Maquiavel)

E sejamos objetivos, por que é que a DECO é um embuste nas suas análises? Porque a DECO não vê para lá do que realmente interessa. Li o estudo da DECO com atenção e segundo o mesmo, para se poupar deverá ir às grandes superfícies, pois é lá que estão os produtos mais baratos. No estudo em primeiro lugar aparece o grupo do Jumbo e Pão de Açúcar e em terceiro o Continente. Nos últimos lugares aparecem lojas como o Lidl ou Minipreço, ou lojas mais pequenas de comércio mais local. É o maior embuste que se pode dizer às pessoas que querem realmente poupar, ora vejamos.

Externalização dos custos de transporte

As grandes superfícies vendem alguns produtos mais baratos, porque fazem uma coisa muito simples: externalização de custos de transporte dos produtos. E para quem os externalizam? Para si. Em vez de os produtos irem até ao seu bairro, vai ter você que os ir buscar ao Colombo ou ao Vasco da Gama. Já pensou quanta gasolina gasta e quanto tempo gasta para se deslocar até ao Continente ou uma grande superfície? Pois comprar localmente, pode sair mesmo muito mais barato, pois poupa tempo e dinheiro, é por isso que quase nunca vou ao Continente, pois não tenho carro e não sustento chulos de gasolineiras (que você sustenta para ir ao Continente comprar “mais barato”). E tempo, tempo é dinheiro, ou não é? Sempre que vou às grandes superfícies, saio de lá com calafrios, de tanta confusão, de esperar tanto tempo em filas nas caixas, de ver aquela gente amuada, que faz um sacrifício estoico para ganhar o salário mínimo. Perde-se muito tempo para se deslocar até a uma grande superfície, contabilize quanto tempo gasta entre os instantes que sai de casa até que volta a entrar. Por isso, faça bem as contas, antes de “consumir” estudos de entidades supostamente idóneas, que no meu entender são extremamente redutores.

Tudo se resume a uma estória que o meu pai me conta desde puto. “Havia um tipo em Sacavém, que ia cortar o cabelo ao Montijo, porque era cinco tostões mais barato”.

Ímpeto ao consumismo, através da mostra massiva de produtos

Se for ao Minipreço ou ao Lidl, vai encontrar bons produtos, mas apenas e tão somente o que precisa para ter uma vida saudável e próspera. Lembremo-nos que o Lidl é alemão, o país mais rico da Europa, ou seja, a cadeia de supermercados do país mais rico da Europa, apresenta-se com temperança e frugalidade. Já as cadeias nacionais de supermercados, de um país a ser regido por credores e falido, têm produtos de “excelência” parecendo uma autêntica feira de produtos de luxo. No Continente encontra coisas “baratas” como a Poltrona Castanha Madison em Napa, que custa a módica quantia de 819€, o Camarão Tigre Gigante Congelado que custa apenas 50€ o quilo, ou o robô de limpeza da Vileda que custa 194€. Para o bebé pode encontrar ainda o Conjunto Rua Baby Sport por apenas 429€. Tudo no Continente, o “mais barato”. Teria de comprar estas coisas? Claro que não, você é soberano e senhor das suas escolhas, mas o que é certo é que elas estão lá para que você as veja, e olhe que eles nãos as metem lá em mostra por acaso.

Depois as grandes superfícies têm sempre aquela agradável musiquinha, que é tão deprimente no Natal, que nos impele ainda mais ao consumo. Têm sempre os produtos mais caros nas prateleiras que estão aos níveis dos olhos, pois são os produtos que agarramos mais facilmente. Por isso, é um embuste dizer que se poupa no Continente ou no Jumbo, é um embuste do tamanho da Via Láctea e um filósofo tem de repor a verdade. A mercadologia deste tipo de cadeias é tão vincada e tão forte, que mesmo que você conscientemente julgue que não comprará o que não precisa acabará sempre por levar um produto mais caro de marca ou um produto que por lá viu.

Qual então a análise comparativa?

Esqueça a tanga do cabaz "mix" que supostamente faz um comparativo de produtos essenciais entre várias cadeias de supermercados, o teste que tem que fazer é outro bem mais simples. Durante três meses compre apenas no Continente, durante outros três meses compre apenas no Pingo Doce, durante outros três meses compre apenas no MiniPreço, durante outros três meses compre apenas no comércio local e por aí em diante, ou seja durante três meses compre apenas num único estabelecimento. Compre aquilo que acha que precisa para viver bem e para a sua família e não se sinta inibido na sua consciência. Em cada trimestre contabilize exatamente quanto gastou em cada caso, depois compare. A conclusão é simples: poupa no comérico local e em cadeias como o Lidl ou o MiniPreço, sem passar carências ou necessidades.

Por isso, compro sempre localmente por duas razões. Poupo muito tempo e poupo muito dinheiro. Poupo tempo pois fica mesmo ao pé de casa, e poupo dinheiro pois tempo é dinheiro e porque não preciso de me deslocar para ir até ao bazar do Eng. Belmiro, que para lá chegar, normalmente só de carro e estacionando o mesmo, num parque subterrâneo colossal que nem sempre é gratuito, perdendo-se obviamente, tempo e dinheiro. E mais importante ainda, não sou bombardeado com milhares de produtos de marca, que racionalmente não preciso.

O problema deste país, é que ninguém faz contas, ninguém usa a cabeça para pensar, ninguém se dedica ao pensamento, e vai tudo atrás do que dizem os mercenários dos políticos da elite, dos advogados e da publicidade, do que é “in” e “cool”. É a sociedade “orgasmo”, que apenas pensa no imediato e a curto prazo, composta por entes escravos cuja única missão é “trabalhar e consumir”.

Epílogo: A expressão “advogado do Diabo” é um pleonasmo. Qualquer advogado é do Diabo, pois a sua primeira vítima é a Verdade.

1 comentário:

  1. A finalidade da DECO é o lucro. Infelizmente fui dos que acreditei que eles ajudavam mas rapidamente cheguei à conclusão que não. Utiliza marketing agressivo e publicidade enganosa para vender as suas revistas.

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