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A criação divina criou a verdade, a verdade, a verdadeira, aquela una, indivisível, inalterável, supra humana e supra nacional, supra animal, que transcende a própria existência do Homem enquanto ser pensante. A Verdade, crua, nua, desnuda, despida dos preconceitos que o bom senso e a moral impõem. A Verdade, insocial, apolítica, filosófica, divina, a Verdade, apenas, e simplesmente verdadeira, aquela que todo o ser dotado de alma anseia, perscruta, procura, e vasculha através das infindáveis fráguas do cosmos, as estrelas, os buracos profundamente obscuros e carentes de amor e de massa gravítica. A Verdade Verdadeira, o duplo V proscrito na língua lusa, no entanto adorado pelo mundo. Aquela veracidade, verdadeira, verosímil que evoca o verbo dos meus verborreicos versos e prosas. O Verbo verbalizar, versa com o averbar. O V, quinta letra da numeração romana, vigésima primeira do alfabeto português e vigésima segunda do alfabeto dito latino, duplo V, vinte e dois, número transcendental e sagrado
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, esotérico e puro, a repetição do primeiro número par não nulo. Visto a verdade que me veste de veracidade, vejo a primeira vez, a PrimaVera, e nasço na segunda vez, no Verão. Verbalizo o verbo ver. O V, o falo invertido, antítese do A.
VÁ meus caros, vede a Verdade Verdadeira
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